31 outubro, 2007

Amp + Lovers = Suma + Chang Ffos no Porto

É isso, unimo-nos mais uma vez com a Lovers & Lollypops para mais uma noite de grande som. Apareçam e apoiem que o sacrifício e o entusiasmo das bandas bem merece. A entrada é livre mas fica aqui desde já o convite para um donativo. A Amplificasom e a Lovers não vão ganhar nada com isto, já as bandas precisam de viver. Aqui fica a info:
Suma (sue) + Chang Ffos (cro)
15 de Novembro, 19h30 (sim, é mesmo para começar/acabar cedo)
Casa Viva (Praça Marquês de Pombal, 167 Porto)

SUMA
Cinco gajos suecos apostados em mesclar a apoteose de uns agora mais do que badalados Sunn O)) com uma percussão pesada e inumana. Para além das menções ao clã sagrado de O'Malley e companhia, os Suma oferecem ainda um sem número de riffs clássicos na linha de uns saudosos Eye Hate God. Esperem um doom pesadíssimo mesclado com aquele estilo crust dos norte-americanos. Mas ainda há mais, esperem a calmaria inquietante dos Earth e a insanidade ácida dos Electric Wizard. As referências por mais claras não são mais do que isso mesmo; referências porque aqui há sons carnívoros de droga consumida e de vikings em rituais hindus até de madrugada.

Chang Ffos
Directamente da Croácia, os Chang Ffos captam simultaneamente momentos de rock psicadélico, hardcore, sludge, doom. Imaginem a obscuridade densa dos Neurosis, a energia dos Converge, a insanidade dos Today Is The Day e o psicadelismo dos Kyuss. No mapa desde 97, depois de algumas demos, lançaram no ano passado 'Trust This Arcane Device', álbum masterizado pelo senhor Steve Austin (Today Is the Day).

Divulguem e apareçam!!!
\oo/

The Great Deceiver - Life is Wasted on the Living [2007]

Como eu curto esta malta! A Deathwish Inc, co-fundada por Jacob Bannon, é a nova editora dos The Great Deceiver. O nosso amigo Tomas Lindberg aka Tompa aka o gajo dos At the Gates, também presta serviço vocal nos Disfear. O novo disco dos Disfear está para breve e teve a produção a cargo Kurt Ballou.
A julgar pela sonoridade e até pelo próprio trabalho gráfico, este é o disco certo para os The Great Deceiver estarem na Deathwish. O ritmo mais acelerado e frenético de Life is Wasted on the Living contrasta com a toada mid-tempo da generalidade do material anterior. As composições são muito mais directas e nesse aspecto estão mais próximas do conceito Disfear. A veia punk/hardcore está mais saliente do que nunca e a ponta cibernética foi descartada, restando os efeitos, delays e ruídos das guitarras com tonalidades mais pós-industriais. Salvaguardando as mudanças rítmicas, o único tema que entra em colisão com o resto do disco é Discontent, bem mais introspectivo, mais longo e com a cadência Sludge/Doom que não lhes é estranha. Este é sem dúvida o trabalho mais violento [experimente-se Running with scissors] que já fizeram mas não é por isso que incorpora menos melodia, e, se anteriormente nunca fez sentido associá-los aos At the Gates apenas por serem liderados por Lindberg, há por aqui um inegável aroma melódico que se fica a dever em parte à utilização do léxico da NWOSDM, particularmente em temas como Lifeline lost e 21st century heartburn. Life is Wasted on the Living continua a exploração crossover e é integralmente viciante.

Panopticon


A foto não é minha mas dá para ter uma ideia da beleza deste disco. Duplo, azul, 12”, gatefold e com um artwork diferente do cd, é uma rodela maravilhosa. Foi remasterizado pelo Sr. James Plotkin por isso também na música há que esperar diferenças sobretudo na dinâmica dos temas. O único aspecto negativo é o facto de se ter que mudar de disco entre uma “Wills Disolve” e “Syndic Calls”, por exemplo, é uma quebra inevitável mas que se sente. De resto, PERFEITO!

Before the Guilt

Dois grandes álbuns de duas bandas portuguesas que só há pouco tempo descobri. "Renounce" dos Process of Guilt e "...One Day Less" dos Before de Rain, ambos editados pela Major Label Industries. Descubram-nos!!!

30 outubro, 2007

The Pax Cecilia, contribuam


O Pedro já tinha falado neles aqui mas como só agora é que eu dei a devida atenção ao disco e como isto vale mesmo a pena, vejam lá se contribuem com qualquer coisinha:
http://www.paxcecilia.com/donate.html

E já sabem, quem quiser o cd só precisa de lhes enviar um e-mail a solicitar que eles enviam completamente de borla.

Home

Finalmente deram notícias!!!

We know that we have been kind of silent recently. The reason for this is that we are writing new material at the moment. Don't ask when a new album is coming out cause we don't know either...but we are working on it!

29 outubro, 2007

A vagina de Puscifer

Está disponível para escuta no myspace da banda. O pouco que ouvi deixou-me indiferente.

Hoje há Sea and Cake

Latitudes



In Rainbows: a capa alternativa

Desculpem-me o machismo mas não resisti...

26 outubro, 2007

Radiohead - In Rainbows [2007]

Já há por aí tanta tinta e tantos caracteres que não estou com muita vontade de escrever estas linhas. Aliás, o álbum saiu dia 10 e no dia 11 já se podia ler críticas sobre o mesmo. Impressionante, não é? O histerismo à volta dos Radiohead é tanto que deve haver quem escreva “reviews” mesmo antes dos álbuns saírem. Bem, o que interessa é que eles estão de volta…
Quatro anos depois de “Hail to the Thief”, os 'head regressam aos originais com uma excelente estratégia de marketing (sim, não passa disso não vem mudar nada e já havia músicos menos conhecidos a fazê-lo). Eu confesso que não fiquei muito entusiasmado, levei um certo tempo até encontrar o timing certo para colocar os phones nos ouvidos, inclusive nas primeiras audições dei por mim a carregar no stop mais vezes do que seria de esperar. Mas agora, umas dezenas depois, tenho a dizer que de facto temos álbum. Cheguei-me a perguntar se este seria mesmo um álbum no seu todo ou apenas um conjunto de canções solitárias, mas sim, sinto que elas se interligam e fazem deste “In Rainbows” um estado de espírito. Um estado de espírito que apesar do péssimo nome, do artwork um pouco desinspirado e de ser menos experimental, é um grande álbum de canções que abrange diferentes estilos - rock, pop, folk, reggae, shoegaze, jazz - com uma identidade apenas. Não há temas fracos, não há momentos em demasia, é os Radiohead em grande forma embora me sinta forçado a destacar o maravilhoso Thom Yorke, um dos melhores vocalistas que já ouvi e mesmo assim continua-me a surpreender.

Confesso que não é o meu disco preferido, consigo imaginar algumas destas canções mais longas e experimentais mas os Radiohead são uma das melhores bandas deste universo musical, fazem de cada álbum uma experiência obrigatória ainda que nem sempre nos agrade completamente. No mundo perfeito, os putos teriam aulas de Radiohead na escola ou no mínimo aulas para se ouvirem grandes álbuns, álbuns como este. Tenho dito. Agora venha esse concerto em Portugal, estarei lá!

A tocar: Reckoner

Modern Life Is War - Midnight in America [2007]

Tinha grandes expectativas para este 3º álbum dos Modern Life is War. Como é que eles poderiam elevar, ou pelo menos manter, o nível de um disco tão curto [27 minutos], eloquente, intenso e melódico como o anterior, Witness?
Midnight In America não me esmurrou da mesma maneira, provavelmente derivado às expectativas que já tinha sobre o disco, enquanto que Witness se me tinha revelado do nada. Mas o poder catártico mantém-se, a chama está cá toda. Varia é em intensidade porque o disco é mais diversificado. Servindo-se das fórmulas mais básicas do hardcore e do punk rock que se quebram por entre ritmos sincopados e vão mutando para ornamentações mais metálicas e post-hardcore. Essas texturas mais metálicas são particularmente bem exploradas nas duas últimas músicas - Humble streets e Midnight in America. Gosto da energia condensada de Pendulum e da urgência reprimida de Big city dream, mas também gosto da dimensão mid-tempo de These mad dogs of glory e da personalidade empregue na narrativa do conto folk de Stagger Lee, bela surpresa. Com um conteúdo lírico [inspirado em vivências e histórias americanas] e uma prestação vocal convincentes não há como fugir, sou compelido a juntar-me à causa e elevar a voz.
"No, this is not what we wanted. Yes, this is all that we've got.". Digamos que não é bem wanted é mais expected, e o tudo que temos não deixa de ser melhor do que a concorrência.

Logo na RTP 2

"O primeiro documentário de longa-metragem sobre a vida de Bob Dylan realizado por Martin Scorsese. Trata-se de um documento fantástico sobre o cantor e autor que abrange praticamente toda a década de 60. Uma biografia fascinante, com imagens inéditas e entrevistas a cantores e artistas que interagiram com Bob Dylan no seu trajecto de musico “folk” a cantor de protesto. Com o toque e a visão de Scorsese, este documentário não se limita a ser apenas a vida de uma estrela do rock. Transforma-se antes num extraordinário retrato musical e social de uma época única do século 20. Uma obra muito premiada e exaltada em todo o mundo."

Semana 03


Aqui ficam os sons da minha semana:

The Hospitals - The Hospitals (In the Red; 2003)
Ter visto um concerto de vinte minutos destes gajos não deixou grandes memórias. Tal foi a intensidade que fiquei a pensar no que realmente se tinha passado à minha volta. Quanto à música é pegar no lado mais cru duns Stooges ou Birthday Party e adicionar uma cacofonia de ruídos numa produção quase lo-fi. Rock e Noise cuspido a toda a velocidade.
Myspace
Música: The Hospitals - Again & Again

Old Man Gloom - Christmas (2004)
Por este grupo passaram músicos como Aaron Turner ou Nate Newton e por aqui gravaram alguma da melhor música das suas carreiras. Em Christmas há espaço para quase tudo, desde temas ambientais, ataques viscerais Sludge ou Drones maquinais... A cada música que passa surgem sons e ambientes diferentes fazendo deste disco uma excelente viagem e um compêndio do que se pode ouvir em bandas como Cave In, Lotus Eaters, Isis, House of Low Culture etc.
Myspace
Música: Old Man Gloom - Skullstorm

The National - Boxer (Beggars Banquet; 2007)
Muito se tem escrito sobre este grupo, palavras justas para o melhor disco rock deste ano. Excelentes temas que por vezes lembram uma mistura entre Tindersticks e Interpol. Um trabalho intenso que perdurará no tempo sem apagar a chama.
Myspace
Música: The National - Mistaken for Strangers

Benighted in Sodom - Plague Overlord (2007)
Mais um disco de Black Metal, mais riffs gelados e ataques primitivos remontando aos primeiros trabalhos dos Darkthrone. A repetição de algumas passagens levantam ventos melódicos ao jeito de bandas como os Drudkh ou Burzum. Um disco que não é suficientemente bom para sair do buraco negro onde foi gravado, mas aqui fica uma excelente versão dum tema de Sargeist.
Myspace
Música: Benighted in Sodom - Satanic Black Devotion (Sargeist Cover)

Morrissey - Live at Earls Court (2005)
Já não falta escrever muito... Morrissey é a minha fraqueza, sempre gostei e isso não irá mudar. A música dos Smiths acompanhou-me desde que me lembro de gostar de música e o resto é história... Este disco ao vivo é uma excelente entrada para conhecer o passado do Morrissey e dos Smiths. O alinhamento e a prestação de todos os músicos (moz incluído) é quase perfeita.
Myspace
Música: Morrissey - First of The Gang to Die (Live)

25 outubro, 2007

Garden of Light

I fell asleep in a world dressed in grey
Only to awake in a garden divine
There was song and dance and unfinished flesh
A feast for the body and the eyes
It was you who brought me here
Yours, whose face greeted me
In the garden of light
You are the face of God
You are my breath
My life, my death

The Mars Volta: nomes é com eles

Eis o alinhamento do próximo álbum "The Bedlam In Goliath" (29/01/2008):
Aberinkula
Metatron
Ilyena
Wax Simulacra
Goliath
Tourniquet Man
Cavalettas
Agadez
Askepios
Ouroboros
Soothsayer
Conjugal Burns

65daysofstatic em Portugal

A banda de Sheffield estreia-se no nosso país a 8 de Março na primeira parte dos The Cure. Quer dizer, a não ser que haja mesmo uma "Lisbon" em Espanha mas parece-me que é só a ignorância a falar...

24 outubro, 2007

Down - III: Over the Under [2007]

O supergrupo está de volta. Muita água passou debaixo da ponte desde o seu último encontro discográfico, nomeadamente aquela que resultou da devastadora passagem do furacão Katrina por New Orleans, terra natal desta malta. Evidentemente, a trágica morte de Dimebag Darrell também deixou marcas, muito particularmente em Phil Anselmo, apesar de, ou se calhar por, na altura, eles andarem de costas voltadas e por nem lhe ter sido permitido assistir ao funeral. Os Down são a tábua de salvação e rejuvenescimento de Anselmo, agora que se terá livrado definitivamente das drogas. Os Pantera acabaram como se sabe e os Superjoint Ritual nunca me convenceram, enquanto que as [outras] bandas da restante pandilha mantêm-se activas, principalmente os Crowbar e os Corrosion of Conformity que ainda há 2 anos lançaram bons álbuns.
Ao fim de um par de audições precipitei-me a concluir que este seria o pior disco dos Down, coisa que por si só não seria sinónimo de falta de qualidade porque os 2 trabalhos anteriores são grandes, Nola > A Bustle in your Hedgerow. Agora o que não tinha qualidade era a porcaria da cópia que arranjei e que foi, provavelmente, a principal responsável pelo primeiro impacto menos positivo.
Mantendo a toada southern stoner com muita inspiração nos 70s e mais infusões de alma bluesy, é verdade que há poucas novidades por aqui, mas é coeso como o caraças e transpira emoção. E também por que novidades ansiava eu? Gosto deste som, por isso desde que a qualidade das músicas se mantenha elevada...
Os Riffs de Pepper Keenan e Kirk Windstein são de mestre e complementam-se como alicerces de fusão, ora de inspiração mais hard rock, ora mais sludge lamacento, ora de memórias sabbathianas, muitas vezes incorporados na mesma música, numa cadência pesada, nunca muito rápida, e com controladas mudanças rítmicas. Anselmo está mais versátil e convincente que nunca conseguindo ser responsável por grande parte da melodia incutida nas músicas, eclipsando memórias de prestações menos conseguidas. Já não tenho dúvidas, Over the Under está lá, está muito lá. É um grande disco.

23 outubro, 2007

A lição de Matt Pike

Logo há concerto no Theatro

21 outubro, 2007

PJ Harvey – White Chalk (2007)

"...please don't reproach me for how empty my life has become..."

Não sou um grande entendido na discografia da PJ Harvey e provavelmente este foi o trabalho ao qual dediquei mais tempo. A primeira coisa que me tocou após várias audições foram as palavras, depois a simplicidade e a forma etérea como estes temas se tornam intensos. Longe do calor das guitarras, aqui é o piano quem ilumina as músicas (nos poucos arranjos surgem bateria, banjo, harmónica e pouco mais). As colaborações contam com nomes como John Parish ou Jim White dos Dirty Three.

"...the words are tightening around my throat..."

White Chalk é um disco de solidão e saudade. Cantam-se diálogos interiores com Deus, com Demónios, fazem-se muitas perguntas - torna-se até comovente quando PJ Harvey fala das saudades que tem da avó, que gostava de se deitar ao lado dela...na sepultura. Despede-se de amores, fala daqueles que ama, da família, do passado. Este disco é uma PJ Harvey despida, sozinha a querer refugiar-se no piano. A voz soa frágil e sem medo de explorar os seus limites (o registo é quase sempre em tons mais agudos que o normal que já conhecíamos). PJ tenta encontrar os seus fantasmas, dialoga com eles, transforma-se num deles...

White Chalk é um disco que me acompanhou várias vezes nos últimos dias, é um disco muito bom, mas provavelmente não voltarei a ouvi-lo tão cedo...

"...my friends that last will dance one more time with me..."

19 outubro, 2007

Soluções alternativas para a Indústria Discográfica



Ler artigo

Stars of the Lid em Portugal



Segundo o myspace da banda, será no dia 6 e 8 de Dezembro, Lisboa e Braga. Mais um grande concerto certamente.

2007: o ano de Jesu


Os Jesu estão a viver o ano mais produtivo da sua carreira. Primeiro foi “Conqueror”, seguiu-se o EP “Sun Down/ Sun Rise”, o split com Matthew-Eluvium-Cooper, a primeira tour do outro lado do atlântico, a compilação de lados-b “Pale Sketches” e agora este “Lifeline”.
Sem surpresas, Broadrick (para mim ele é os Jesu) trilha os mesmos caminhos já percorridos anteriormente mas evitando repetir-se em demasia. Creio que nós fãs já sabemos o que esperar, mas esperamo-lo sempre com ansiedade, estamos viciados. “Lifeline” é sereno mas pesado, é optimista mas melancólico, é tudo o que já ouvimos anteriormente e ao mesmo tempo não é nada. Soa sempre fresco, a cada audição ouve-se algo novo. Destaque para a colaboração com Jarboe em “Storm Comin’ On”, belíssima canção que parece ter sido composta propositadamente para a diva. Seguem-se tours no Reino Unido com Mono e pela Europa fora com Fear Falls Burning. Este é o ano de Jesu, este é o momento para ver Jesu e daqui a um mês estaremos lá.

Lifeline a 3.74£ / 5.37€
aqui.
Entrevista na última
Underworld

Curtas...

Quem decidir ficar por casa logo à noite, a RTP2 vai transmitir “Brava Dança”, “um filme-retrato da música moderna portuguesa depois do 25 de Abril, que conta a história dos Heróis do Mar”. 23h30.

Sea and Cake: Os bilhetes para o concerto do próximo dia 30 já se encontram à venda na Jojo’s / cdgo.com, 10€ é o preço. Antes do concerto, às 17h30, vai haver sessão de autógrafos.

A Bor Land faz 7 anos e para festejar vêm aí dois novos lançamentos: “Mudar de Bina” de Norberto Lobo e “Sexually Transmitted Electricity” dos Lobster. 22 deste mês na Jojo’s por 9 e qualquer coisa. Parabéns!

O Uptown tem nova morada: Rua de Breiner, nº 59. Reabre amanhã às 17h.

Também amanhã às 17h há gongos tibetanos no Quintal. Espreitar:
http://www.blogdoquintal.blogspot.com

A nossa Rock-A-Rolla já se vende na
Lost Underground.

A
Crónica está a fazer uns saldos…

Gaia em Peso de 31 de Outubro a 3 de Novembro:
aqui

Programa da segunda edição do interessante Trama (2, 3 e 4 de Novembro): http://jpn.icicom.up.pt/documentos/cultura/trama_2007.pdf

Barreiro Rocks, um dos melhores fests portugueses já tem cartaz: http://www.myspace.com/barreirorocks

Control, o biopic sobre Ian Curtis, foi adiado para 15 de Novembro.

Um dia antes, a
pesada noite no barco vai custar 12€ (venda antecipada) e 14€ (próprio dia). Mais info brevemente.

Gente Sentada: o festival de Santa Maria da Feira vai-se realizar nos dias 23 e 24 de Novembro. Ainda não há nomes…

Abrantes no mapa e Men Eater de regresso ao Porto


Semana 02


O sol persiste e afasta os ambientes mais negros. Aqui ficam os sons da minha semana.

Joanna Newsom - Yarn and Glue EP (2003)
Não sei bem porque gosto da música da Joanna Newsom. Uma voz estranhamente infantil e sonhadora. O telintar da Arpa, Folk em tons primaveris...
Info
Música - Joanna Newsom - Bridges and Balloons

Grails - Black Tar Prophecies, Vols. 1, 2 & 3 (Imprec; 2006)
Surpreendente. Uma miríade de estilos e influências que vão da World Music ao Art-Rock, Jazz ou Rock Progressivo. Um disco quase espiritual e que cresce a cada audição. Teria sido um dos melhores do ano se o tivesse ouvido mais cedo.
Myspace
Música - Grails - Back to The Monastery

Jackie-O Motherfucker - Freaker Pipe (aka Assignment: Jackie-O Motherfucker) (2007)
Três longas composições captadas ao vivo em três cidades diferentes. Experimentalismo que se vai transformando no corpo do drone, ritmos tribais, vozes alienadas por pedais e outras máquinas, música do mundo, ragas e muitos outros sons que se libertam até à loucura, até ao caos.
Myspace
Música - Jackie-O Motherfucker - Buffalo, New York 2006

William Basinski - El Camino Real (2007)
Talvez demasiado longo e estático. Mesmo assim temos um disco ambiental e minimalista que se refugia em tons melancólicos sob um cenário de solidão. A música dá a sensação da ausência de espaço, como se movimentasse sob forças gravíticas... Os tumultos são quase silenciosos como um mar adormecido mas profundo...
Myspace
Disco - William Basinski - El Camino Real

Earthride - Vampire Circus (Southern Lord; 2005)
Os Earthride refugiam-se no som quente vindo dos amplificadores de bandas como os Blue Cheer ou Black Sabbath. Southern rock, Doom e uma voz que parece um cruzamento entre o Anselmo e o Lemmy - ou seja - muito Jack Daniel's a inflamar a música e a mente destes músicos.
Myspace
Música - Earthride - Vampire Circus

Terrorizer 163 - Portugal Scene Report


18 outubro, 2007

AmplificArte

No mínimo surreal,

Cai Guo-Qiang, Head On, 2006 | installation of a pack of 99 life-sized wolves barreling in a continuous stream towards—and into—a constructed glass wall



Mais imagens e detalhes

Logo, separados por uma rua

The Allstar Project
God is an Astronaut
Passos Manuel
22h30
10€

Vert
Maus Hábitos
23h
2€
www.myspace.com/vertvertvert

BOMBA!!!

17 outubro, 2007

The Austerity Program - Madonna negra [2007]

The Austerity Program is two people from New York City and their drum machine. Thad Calabrese plays bass and Justin Foley sings and plays guitar. Neither have taken any instructional courses on playing their instruments. Not even a "how-to" video.

Foi precisa 1 década para que estes marmanjos editassem o 1 álbum, Black Madonna. Tal como aconteceu com o EP de há uns anos, sai com o selo Hydrahead. Estas coisas levam o seu tempo e eles até construiram o seu próprio estúdio, além de terem de conjugar o tempo dedicado à música com uma carreira profissional e com a vida familiar.
Pelo menos não devem ter despendido muito a titular os temas [Song 12, Song 17b, Song 19...], já no processo criativo de composição acredito que tenham gasto mais um bocadinho. Apesar da variedade não abundar por aqui, a relação entre guitarra, baixo e drum machine é bastante animalesca. Por entre passagens mais arrastadas e repetitivas surgem algumas explosões de intensidade. Não é uma maravilha, mas é muito bom. Gosto da constância militarista e das fórmulas math-rock. Lembram-me uns Godflesh e Killing Joke com convulsões de Lightning Bolt. A Madonna tá melhor que nunca.

http://www.myspace.com/theausterityprogram
http://austerityprogram.com/biography/index.htm

Má Fama @ Antena 3

O bom trabalho da Má Fama a ser recompensado:
Quarta-Feira iniciamos, a convite do Henrique Amaro, uma colaboração quinzenal dedicada à música portugesa, na Antena 3. Na primeira emissão celebramos a música dos
LOOSERS e estaremos à conversa com o Tiago Miranda - vocalista e multi instrumentista do trio lisboeta. Quarta-Feira, 20 minutos de Má Fama, entre as 22h e as 23h, na "Portugália" (Antena 3).
http://mafama.blogspot.com/

"One band to rule them all..."

15 outubro, 2007

The Angelic Process: RIP?

"During the last few weeks, I have had to face a very difficult reality...as it stands, I can no longer make music. The break to my already damaged right hand has not healed correctly. As of now, I can't play drums at all and I only have a limited ability to play guitar (and I cannot bow at all). Even with surgery, a recovery that would allow me to play well enough to continue the band is not assured. Such a surgery would also require extensive muscle reconstruction and bone resetting and will take an estimated year and a half to 2 years to heal."
Continuação desta triste notícia no myspace da banda.
Review do último álbum aqui.

Contagem decrescente

F e n n e s z

I am Seamonster - The Sea Was Here... [Universal Tongue, 2007]

Taylor Holdgraf é o nome que está por trás deste projecto. Começou a editar a sua música há cerca de um ano e desde aí que tem vindo a acumular uma série de edições interessantes. “The Sea Was Here…”, editada pela portuguesa Universal Tongue, é mais uma. Em 18 minutos, este texano de San António, demonstra-nos a sua visão sobre o desaparecimento do mar através de sons quase sempre claustrofóbicos como se nos encontrássemos no fundo deste, sem saída possível. Aconselho este 3” a qualquer fã de drone por diversas razões: pela música, pelo conceito, pelo belíssimo formato, pelo preço e pela própria UT que bem merece e já tem planeada uma edição com um músico muito respeitado pela malta deste blog. Edição limitada, toca a mexer. http://www.myspace.com/iamseamonster

Ulver - Shadows of the Sun [2007]

Se há algo a que os Ulver nos habituaram desde sempre foi a esperar o inesperado. O percurso desta entidade é tão peculiar e singular que se torna redundante tentar compará-los a outros projectos ou tentar enquadrá-los dentro de algum género. Têm sido exímios exploradores de diversas paletes sonoras e artífices de ambientes envolventes e intrigantes, que em Shadows of the Sun conseguem ser particularmente arrepiantes. Muito mais intimista do que o esquizofrénico Blood Inside, podem-se notar inspirações na música clássica e em música de câmara. Logo nas primeiras notas do disco que seguem como em extensão cinemática de Svidd Neger numa toada muito frágil e serena, com um órgão em drone pesaroso a ser gradualmente acompanhado por orquestrações que ecoam uma melancolia arrasadora sob o comando da voz solene de Garm. Tal como a press-release anunciava muito "low-key, dark and tragic". O 2º tema - All the love - introduz novas variáveis, nomeadamente o saxofone e a bateria, mas a panóplia de recursos usados é enorme e por todo o álbum vão surgindo pequenos apontamentos de diversos instrumentos de sopro, corda, percussão, teclas, e ruídos/efeitos electrónicos. A componente electrónica é bastante mais reduzida do que em trabalhos anteriores, e também usada muito subtilmente, como acontece com a contribuição dos glitches e white noises de Fennesz em Vigil. Mas são estes pequenos toques artísticos e as pequenas nuances que enriquecem e adensam as composições que assentam em fundações de concepção minimalista. Aquele Sax que conduz a soberba interpretação de Solitude dos Black Sabbath... Há muitos pormenores para descobrir, muitas texturas, muito sentimento, e também há classe, muita classe!

12 outubro, 2007

Propostas para o fim-de-semana

JOZEF VAN WISSEM
Serralves, 18h
7,50€ / 3,45€

JOZEF VAN WISSEM é um alaúdista, compositor e improvisador, cujo trabalho pretende trazer uma verdadeira dimensão contemporânea ao instrumento renascentista, nunca esquecendo as suas raízes, técnicas e timbre únicos. Reconhecido internacionalmente pelas suas peças para alaúde compostas a partir de uma desconstrução radical de peças clássicas, composições em palindromas e espelho, improvisações e pontuais apontamentos de electrónica, Van Wissem cria música não restrita pelas regras, mas evocativa e experimental. Será provavelmente o único músico da actualidade a ligar as características típicas de um idioma nascido no século XVII e a improvisação do século XXI, cruzando ainda influências de Coil, Current 93 e Morton Feldman. Colaborador frequente de Tetuzi Akiyama, Gary Lucas e Elliot Sharp, é certamente um músico completamente único.

http://www.jozefvanwissem.com/
http://www.myspace.com/vanwissem
http://www.esquilo-records.com/

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TUXEDOMOON + FENNESZ
Casa da Música, 23h
20€ / 16€

O Clubbing está de regresso à Casa da Música, trazendo à Sala 2 dois grandes nomes da música experimental internacional. A mítica banda norte-americana Tuxedomoon, fundada em São Francisco por Blaine Reininger (violino e guitarra) e Steven Brown (saxofones e teclados), em 1977, mantém-se como um ícone do avant garde. Com Peter Principle (baixo) e Luc Van Lieshout (trompete), já na Europa, foram pioneiros na fusão do rock e do jazz com a electrónica. Ao longo de 30 anos, criaram êxitos incontornáveis como No Tears, In a manner of speaking e Desire, com sonoridades que passam pelo pós-punk, new wave e pelas bases electrónicas primitivas com influências étnicas, pop ou clássicas. Os Tuxedomoon apresentam esta noite o novo álbum Vapour Trails. Entre a guitarra e o computador, Fennesz cria um universo sonoro único, baseado na electrónica mas com referências que vão da canção pop à música concreta ou sinfónica. Transcendendo as limitações ou a linguagem idiomática do instrumento, o músico austríaco explora o discurso improvisado sobre material gerado digitalmente. Christian Fennesz tem mantido, a partir de Viena, colaborações com vários músicos de vanguarda, com destaque para Ryuichi Sakamoto - este ano foi editado o álbum Cendre, em dueto, pela Touch - ou o trio Fenn O'Berg.

http://www.myspace.com/tuxedomoon
http://www.myspace.com/fennesz
http://www.casadamusica.com

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[Edit - para hoje]
Equaleft + BudHi
Fábrica de Som, 23h
3,50€

http://www.myspace.com/equaleft
http://www.myspace.com/budhiband

11 outubro, 2007

Oh pra ele

Tão genericamente bonito

Semana01

Como não tenho escrito grande coisa, aqui ficam os sons da minha semana:

Dirty Three - Live! At Meredith (2006)
Gosto bastante dos Dirty Three. Liderados por Warren Ellis também conhecido por tocar nos Bad Seeds, ou seja, as más companhias do cavernoso Nick Cave. Músicas sobretudo instrumentais e com o violino como "voz" principal. Um grande disco ao vivo. Myspace
Música - Dirty Three - Some Summers (They Drop Like Flies)(live)

Boris / Choukoku no Niwa - More Echoes, Touching Air Landscape (1999)
Um dos meus discos preferidos dos Boris. Sobretudo pelo contraste e experimentação que pautam os longos temas deste trabalho. Dos drones espirituosos, ou mantras, passando pelo Heavy Rock como só eles sabem fazer - entre outras surpresas.
Música - Boris / Choukoku no Niwa - Fukurou

Thurston Moore - Trees Outside the Academy (2007)
Já tinha aqui confessado que não sou profundo conhecedor da obra dos Sonic Youth. Conheço alguns discos a solo dos seus membros, sobretudo aqueles mais experimentais e barulhentos... De qualquer forma gostei deste trabalho, ou como o André me disse, mais orientado para o formato "canção". Pavement, Neil Young... Myspace
Música - Thurston Moore - Wonderful Witches

Bergraven - Dödsvisioner (2007)
A Hydrahead vai dando passos firmes no terreno do Black Metal. Um disco interessante para quem não está muito familiarizado com o género, já que por aqui passam outras influências aliadas aos sons ardentes, Post-rock, Shoegaze, Ambiental... Lembram os Diabolical Masquerade quando eles gravaram o genial Death's Design. Myspace
Música - Bergraven - Den Svarta Angstens Essens

Bardo Pond - Amanita (1996)
Uma das minhas bandas preferidas. Ainda não conheço toda a discografia deles mas estou próximo disso. Ninguém cria riffs pesados e bonitos como estes gajos. A voz feminina dá-lhe outro brilho. Myspace
Música - Bardo Pond - Be a Fish

Memórias de uma banda

"This is it, we quit. transmission0 is no longer".

Triste notícia, o último "Memory of a Dream" é um grande álbum. Esperava coisas grandes destes gajos... R.I.P.

Blackwaves - 012 [Forgotten Empire Records, 2007]

Depois da excelente estreia dos Omega Massif, eis que surge mais uma banda alemã com um primeiro álbum bastante recomendável. "Instrumetal" equipado com riffs bem conseguidos, "012" (aka "II") tem todos os ingredientes para apreciadores de bandas como os seus compatriotas já aqui referidos, Capricorns ou os vizinhos Knut. Não me ofendem se disserem que é mais do mesmo mas vale bem por si só. Blackwaves é um nome a ter em conta...

10 outubro, 2007

Fear Falls Burning: Vintage guitar drones

Fear Falls Burning, projecto do belga Dirk Serries, é uma das revelações deste ano. Drones intensos, paredes cheias de efeitos, uma imensidão sonora. Esta épica e marcante caixa de 5 LPs foi motivo para uma pequena conversa. E não, não vou traduzir para português.

When did the idea of making this come up?
I always like collaborating and I since I felt I easily could work on several collaborative albums, I decided to compile them and make it one huge collection of collaborative pieces. Since I like fading out boundaries between genres and styles, I thought it might be interesting to invite some of my friends who have been not only active in the experimental music scene but also who were doing more metal/rock orientated music. This is why I invited musicians like Steven Wilson (of Porcupine Tree), Steve Von Till (of Neurosis) and Johannes Persson (of Cult of Luna) in the hope they might produce a fusion which would not be possible if I would do a solo drone album.

Here between us, what are your favourite tracks? Or what were the most interesting artists to work with?
Difficult to choose, actually, as I do like them all because of their significant style and contribution but I've to choose a few I think I would go for the drones with Bass Communion, Harvestman and Stefano Pilia. At least at this very moment but again I'm really happy with how everything collided and turned out to be. But every artist has been wonderful to work with, they all supported the epic concept from day one and never doubted my selection. It truly has been a smooth process from start to finish.

Have you been in the studio with some of them?
None, I played live with Johannes of Cult of Luna during the tour we did together and did one concert together with Nadja where we improvised a 20-minute drone or so but for this 5lp set all works were created through mail and at their own studios and mine.

What other musicians would you like to collaborate with?
I think with this 5lp set I already covered a great selection of artists I admire and appreciate for their vision but I definitely would like, when the time is right, to expand the collaborative exchange to a full-length album with Harvestman (Steve Von Till) and Justin Broadrick (Jesu, Final). But meanwhile I already did full-length collaborations with Nadja and more recently Birchville Cat Motel. And in the near future there might be a collaboration with Grey Daturas, especially since we had such a blast of performing a improvisational set together at the latest ZXZW festival in The Netherlands.

What do you expect of the forthcoming tour with Jesu?
It goes without saying that I'm very proud and happy to be part of the European Jesu tour. But to be honest I just don't know how people will respond to my live drones as it's still something different from what Jesu plays live. But I like the challenge and most of all I just look forward to hang out with Justin Broadrick as it seems we've been appreciating each other's work since the early days (when I was still doing vidnaObmana).

What’s on your stereo right now?
Kinski - Down Below It's Chaos
Andrew Chalk - Goldfall
Lotus Eaters - Wurmwulv
Grey Daturas - Path of niners


01 - ffb vs bass communion (steve wilson/ porcupine tree)
02 - ffb vs final (justin k broadrick/ jesu)
03 - ffb vs freiband
04 - ffb (steve von till/ neurosis)
05 - ffb vs birchville cat motel
06 - ffb vs byla (dysrhythmia)
07 - ffb vs aidan baker (nadja)
08 - ffb vs johannes person (cult of luna)
09 - ffb vs jefre cantu-ledesma (tarentel)
10 - ffb vs stefano pilia (3/4hadbeeneliminated)