25 janeiro, 2007

Therion - Gothic Kabbalah

Este ano é de festa. 20 já se passaram desde a formação da banda e pouco mais de 10 desde a importante revolução visionária de Theli. A cada novo lançamento eu antecipo com a convicção que será dessa que eles vão voltar a fazer a mesma coisa e que eu me vou chatear da grandiosidade sinfónica e das vozes operáticas e chutar para canto.
No entanto, cá estamos em 2007 e nada melhor que um 2 em 1 depois do 1 em 2 de 2004 para desincentivar qualquer reacção letárgica. Se a digestão inicial do disco não é imediata, torna-se bastante recompensadora após várias audições. Ja anda a tocar por aqui desde o ano passado...
Em Lemuria/Sirius B havia uma separação não muito acentuada mas evidente a nível estético e musical entre cada um dos discos, Gothic Kabbalah vem embrulhado em conjunto e oferece 85 minutos de maior preponderância das guitarras explorando mais uma vez o misticismo das runas. Há mais heavy metal, o que não é mau mas também não é imediatamente bom [para alguns será imediatamente mau :-s]. Tenho um problema com determinados Riffs simplistas por serem um bocado ranhosos [Tuna 1613], mas a harmonia geral compensa esses momentos menos conseguidos, até dentro das próprias músicas em que a ranhosice opera. há Riffs muito simples mas muito eficazes como em The Perennial Sophia ou The Wisdom & The Cage. A grandiosidade e a sinfonia épica não desapareceram, a orquestração é que deixou de ser tão operática.
Christofer Johnsson deixou de cantar e os coros quase não existem, desta vez temos dois vocalistas masculinos [inicialmente pensava que era apenas um gajo mega versátil :-s] e duas vocalistas femininas. Há vocalizações para todos os gostos. Os timbres distintos e a forma dinâmica como se revezam é extraordinária e contribui de forma decisiva para a qualidade do disco. O refrão de Trul (Na na na nanana na na) não é nenhum exemplo disso, mas é muito bom para sing-a-long :-)
Adicionando a isso as várias tonalidades do orgão e dos sintetizadores, algumas influências folk e orientais, algum 70s prog e uma despedida épica com Adulruna Redivivia, o mais longo e melhor tema do disco, temos os ingredientes suficientes para garantirem uma rotação regular e mais uma adição de qualidade na abrangente discografia dos Therion.

7 Comments:

At 26.1.07, Blogger Vítor Hugo said...

Ao que parece, o ou um dos vocalistas convidados neste álbum é o Snowy Shaw, que já foi baterista de Memento Mori e mentor dum projecto muito maluco chamado Notre Damme.

 
At 26.1.07, Blogger Crestfall said...

É 1 deles sim sr. ;-)

 
At 26.1.07, Blogger ::Andre:: said...

Aqui está um álbum que não quero ouvir :P


Ps: o que é uma reacção letárgica? :S

 
At 26.1.07, Blogger Crestfall said...

Que não queres já eu sei, podias-me ter surpreendido :-P

é uma não reacção, preguiçoso, apático :-s não me apetece.

 
At 26.1.07, Blogger naSum said...

já o tenho aqui á totil pa ouvir... mas nunca me apeteceu... e ainda não me apetece.... e não sei se me vai apetecer... e já chega...

 
At 26.1.07, Blogger Raquel Brandão said...

há totil?

 
At 27.1.07, Blogger naSum said...

não... á totil foi o que eu disse...lol...hmmpf... lá vem a teacher -_-

 

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