27 junho, 2007

Paradise Lost - In Requiem [2007]

As opções tomadas pelos Paradise Lost ao longo da sua carreira foram, aos olhos de muitos fãs, tudo menos consensuais. Apesar das óbvias mutações, a sequência de álbuns até ao Draconian Times poderia ser considerada como relativamente lógica. Mas a "evolução" musical a que se prestaram, levou-os a vestir diferentes máscaras e a percorrer caminhos algo inesperados, sendo que a viragem estilística que ocorreu por alturas do One Second e principalmente do Host, com a total dependência dos sintetizadores e das programações electrónicas à Depeche Mode, terá levado muita gente a abandonar definitivamente o barco.
Eu faço parte daquele grupo de pessoas que nunca deixou de consumir Paradise Lost. É óbvio que não considero todos os álbuns uniformes em termos de qualidade, alguns dos trabalhos mais recentes incluem temas que só deveriam ser disponibilizados como b-sides, a própria Forever after, que serviu de avanço ao álbum anterior - o homónimo Paradise Lost, era das mais fraquinhas, mas por outro lado, até o rock acessível e parcialmente desinspirado de Believe in Nothing continha bons temas.
In Requiem marca definitivamente o afastamento das estruturas mais pop e o regresso às sonoridades mais pesadas e sombrias de cariz melancólico que se tinha começado a vislumbrar no Symbol of Life. E no fundo, também acaba por ser a sequência mais lógica aos 2 últimos discos, com a assunção total da matriz de outrora assistida em referência pelas práticas dos últimos anos. A maior parte dos temas, como o inaugural Never for the damned, Praise lamented shade, Requiem, ou Sedative god, adoptam nos Riffs e Leads do Macintosh, e nas harmonias vocais do Nick Holmes, caracteristicas da sonoridade do Icon e do Draconian Times, enquanto Unreachable carrega alguma da subtileza contida no One Second, particularmente a nível dos teclados. O disco é todo ele percorrido por uma excelente atmosfera e consegue ser muito mais equilibrado do que qualquer um dos registos mais recentes, e apesar de alguns temas serem mais memoráveis do que outros, não encontro aqui fillers, todas as músicas têm o seu encanto. Dificilmente poderia pedir melhor.

18 Comments:

At 27.6.07, Blogger Vit said...

Tal como tu nunca deixei de gostar de PL e curiosamente adorei quer o One Second quer o Host(provavelmente por ser fã de Depeche Mode :-P) e considero-os dos melhores albuns de PL. De todos só mesmo o Believe in Nothing me deixou de pé atrás mas logo vi que as coisas melhoravam com o Symbol of Life.Com o Paradise Lost e o In Requiem eles estão de novo num ponto alto da carreira, ás músicas do In Requiem são viciantes e Praise Lamented Shade,Requiem e Unreachable estão certamente entre o melhor que já fizeram. Lá vamos ter que ir a Lx vê-los não é? :)

 
At 27.6.07, Blogger Vit said...

ah Lx, Madrid, Londres ou Estocolmo ;-)

 
At 27.6.07, Blogger ::Andre:: said...

Talvez o ouça, talvez o ouça...
Sinceramente acho que só conheço "aquela" música deles :S

 
At 27.6.07, Blogger Raquel Brandão said...

Com In Requiem a banda dá mesmo descanso às experimentações e regressa ao tempo de "Draconian Times". Confesso que me assustei com os ultimas incursões de PLost em território lusitano, com um Macintosh cada vez mais "high" e com o Nick Holmes cada vez mais afastado (arrogante???)... A "Unreachable" não pára de rodar na minha voiture :) "Can't you see tears won't wash out the rage?"

 
At 27.6.07, Blogger Raquel Brandão said...

Crest: Obg pela review! :D

 
At 27.6.07, Blogger Crestfall said...

Eheh a Unreachable está a ganhar muitos adeptos, mas ainda assim dou mais 1/4 de ponto à Requiem, aquelas leads de guitarra... \oo/

Mel, a postura no concerto do Koko já foi bem diferente ;-)

André: Tens muito por onde escolher.

 
At 27.6.07, Blogger ::Andre:: said...

Koko Koko, tá quase...

 
At 27.6.07, Blogger Vit said...

Os PL simpaticos em palco só vi mesmo na incrivel almadense, de resto coliseu de LX nada, 2 vezes no HC tava a ver q o concerto nem acabava, 1 vez por causa de 1 gajo a filmar a outra pq segundo o Holmes o Greg estava a tocar 1 tom acima, enfim...
ah... Kokooooooooooooooo

 
At 27.6.07, Blogger Crestfall said...

O da almadense foi um puto de um concerto, dos melhores de sempre!

 
At 27.6.07, Blogger Vit said...

eheh foi lá q te conheci, o frio q apanhamos de tarde xiça. Foi a seguir ao Draconian tinha que ser 1 grande concerto

 
At 28.6.07, Blogger Unknown said...

Bem eu fiquei surpreendido ao saber que Paradise Lost tocavam Metal (só os conheci na fase "estilo Depeche Mode". Aliás só soube quando vi na TV o vídeo da "The Enemy".

Se calhar ainda ouço este álbum.

Só uma coisa: eu estive em discussão com pessoal fã de metal, e dos poucos que ouviam Paradise Lost, eles consideravam isto Doom Metal, enquanto outros consideravam algo mais para o Gothic (incluse eu). Podem dar algum esclarecimento?

 
At 28.6.07, Blogger Vit said...

dizem q eles foram os inventores do gothic metal, isto não é de facto doom metal :)

 
At 28.6.07, Blogger Crestfall said...

Eheh o briole à tarde e a chuvada no fim quando um gajo ia correr para o autocarro... E eu andava para lá feito maluco que fiquei sem uma lente a meio do concerto.

Viste a the Enemy na tv? :-s
percursores do Gothic Metal com o álbum Gothic, como dizem o mesmo dos Type O com o Bloody Kisses, mas eu nunca compreendi isso do Gothic Metal. Os meus discos favoritos de PL continuam a ser o Icon e o Draconian Times.

 
At 28.6.07, Blogger Vítor Hugo said...

"Eu faço parte daquele grupo de pessoas que nunca deixou de consumir Paradise Lost."

Eu também!!! =D

Gostei muito desta pérola!
Da última vez que os vi, o Niquinho já estava mais acessível.

 
At 28.6.07, Blogger Raquel Brandão said...

"Shades of God" é um dos meus fav! Mas o "Icon", com o "true belief"... Esta música marcou a minha fase teen! Gothic Metal? A que propósito? Sempre detestei este termo... "Paradise Lost" foram, com Anathema e My Dying Bride, os percursores do Doom Metal e ponto final.

"All I want is the same
To be part of the game
All I want is a true belief"

 
At 28.6.07, Blogger Raquel Brandão said...

O Niquinho tem estado mais acessível, mas sinceramente parece q está a fazer um "forcingzinho"

 
At 29.6.07, Blogger Vítor Hugo said...

Na minha fase "teen" (fase que, para todos os efeitos, ainda não deixei! =P) tocava covers de PL, justamente a True Belief, e também a As I Die, a Once Solemn e a Last Time.

Já ouço falar do temperamento do Niquinho há anos. Por isso continuo sem perceber a surpresa da malta em relação a isso, de cada vez que vem dos concertos.
Surpresa é mesmo esse tal forcingzinho! LOL!

 
At 29.6.07, Blogger Crestfall said...

Tocavas nas covers? Dos cds? Pegavas nos booklets e tocavas neles para leres as letras? :-s

Vós sendes todos uns tines!

 

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