24 janeiro, 2008

Rapidinhas...

Behold...The Arctopus - Skullgrid (2007)
Apesar de instrumentais, os “Behold… The Arctopus” devem o seu som aos grandes DEP, referência mais que óbvia. Nada de errado nisso, antes pelo contrário, mas apesar das primeiras audições deste álbum de estreia serem interessantes, ao fim de algum tempo começa a cansar tal o desequilíbrio entre a técnica e a inspiração. Para já fica encostado na prateleira mas continuarei atento. Blood and Time - Untitled [Southern 2007]
Gravado especialmente para as Latitudes Sessions umas horas antes de um concerto londrino dos Neurosis, este é mais um trabalho paralelo mas muito recomendável para quem gosta da banda de Scott Kelly, aqui acompanhado pelos dois companheiros Noah Landis e Josh Graham. Cinco temas em cerca de 25 minutos que não serão novidade para quem já conhece o maravilhoso “At The Foot Of The Garden”. Território escuro e introspectivo. Obrigatório! Buried at Sea - Ghost [Neurot 2007]
Depois de terem terminado a curta carreira em 2004, nada fazia prever que voltassem. Mas, será mesmo que acabaram? Diz-se por aí que Sanford Parker (Minsk) e o resto da malta continuaram a compor e este “Ghost” é o resultado final, um tema de meia hora que respira doom e drone. Quando o ouvi, tinha o último de Overmars bem presente na mente por isso serve como referência para quem nunca os ouviu. Khanate e afins também são referências, mas digamos que este fantasma consegue ser mais acessível. E a capa, a capa é brutal. Compra obrigatória!Earth - The Bees Made Honey In The Lion's Skull [Southern Lord 2008]
Não gosto de escrever sobre discos que me marcam, sinto que todas as palavras acabam por ser inúteis, mas sim, preciso de dizer a toda a gente que este novo álbum dos Earth é brilhante. Depois de “Hibernaculum”, a banda regressa aos álbuns progredindo e evoluindo a obra que começara em “Hex…”. Mais rock, gospel e melódico que os dois anteriores, Dylan Carlson consegue sempre surpreender tudo e todos. Perfeito! Ele foi e continua a ser uma espécie de visionário e, sem dúvida, que está muito bem acompanhado. Outro destaque é a presença de Bill Friesel, arrisco a dizer que as texturas que o mesmo cria fazem falta nos temas onde não toca. Enfim, álbuns assim são raros e estou-me a guardar para o original, sai já no próximo mês. É que não há outra banda assim, não há. Dälek - Abandoned Language [Ipecac 2007]
Já o outro dizia: “não entendes o hip hop, não percebes o hip hop” e é verdade, não entendo nem quero entender. É um estilo que nada me diz e musicalmente falando pouco cativante. Mas como em tudo, há excepções, neste caso a mesma chama-se Dälek. Aqui não há bitches nem ouro, limusines ou provocações infelizes e a própria parede sonora vai para além do habitual no hip hop. É verdade que não tanto como em trabalhos anteriores, mas Dälek continua a ser um mundo à parte. De vez em quando preciso de álbuns assim…Daniel Higgs - Metempsychotic Melodies [Holy Mountain 2007]
Não hesitei em ouvir este disco, as edições da Holy Mountain são sempre interessantes e recomendáveis. Não sei é como o descrever. Talvez um free folk esquisito apimentado com meia dose de drones e dedilhados à John Fahey. Não sei. O que eu sei é que é muito bom, faz todo o sentido no catálogo desta editora, e dou cabeçadas na parede de arrependimento por não o ter conhecido mais cedo. Pelos vistos veio cá e… James Plotkin - Indirmek [Utech 2007]
James Plotkin é um dos gajos mais interessantes do metal moderno mas que continua a sofrer do síndrome Stephen O’ Malley. Não me interpretem mal, é um excelente músico/ produtor, mas só ao lado do SOMA é que atingiu o topo e ainda não voltou lá. É evidente que não vamos colocar tudo no mesmo saco, este é um álbum completamente diferente, mas apetece-me exigir mais dele. De qualquer maneira, é um disco interessante e vou definitivamente pegar nele em breve.Kalas - Kalas [Tee Pee Records 2006]
Projecto composto por músicos de S. Francisco em que Matt Pike é (apenas) o vocalista. Não é nada de outro mundo, mas é interessante qb para se dar um par de escutadelas, principalmente os fãs de High on Fire. Grower.Unsane - Visqueen [Ipecac 2007]
Provavelmente já não são novidade para ninguém, mas só com este “Visqueen” é que conheci esta instituição nova-iorquina com cerca de vinte anos. Abrasivo, sujo, sangrento, álbum de tomates para gente com tomates. Rock puro nas veias, quanto mais se ouve mais se quer injectar.

13 Comments:

At 24.1.08, Blogger João said...

buried at sea está lindo!!earth entao nem se fala... o daniel higgs tb gostei bastante pena o concerto ter sido tao curto e com más condiçoes..o plotkin mias uma vez tb mostra o k vale..kalas e sinceramente a pior merda k o matt pike já fez..nem gostei muito..apesar de ser do sr pike..blood and time ta engraçado..os outros nao tenho opiniao pois nao os ouvi assim tanto...

 
At 24.1.08, Blogger Crestfall said...

buried at sea tá qq coisa tá, não sei é se lindo é o adjectivo correcto ;-) \oo/
Behold tb me pareceu um bocado desinspirado, estava à espera de melhor, mas se calhar tb ainda não lhe dei a devida atenção... Earth comecei a ouvir e repeti os 2 primeiros temas, só que depois achei melhor parar e esperar por uma altura mais calma para o interiorizar do principio ao fim. Essa altura ainda não chegou. Há-de estar para breve :-s
Kalas não é nada de extraordinário mas ouve-se muito bem e Unsane não tá muito duro mas tá muito rock, quanto aos tomates... O resto ainda não ouvi nada.

 
At 24.1.08, Blogger naSum said...

nao ouvi nada sinceramente. os que me puxavam mais era buried at sea e unsane... mas ainda não

 
At 24.1.08, Blogger Unknown said...

Ja tinha saudds destas curtas!Ha aqui coisas q vou investigar!

 
At 24.1.08, Blogger Pedro Nunes said...

Não tenho muita paciência para os Behold.... The Arctopus, apesar de, por exemplo, no split com Orthrelm as coisas ficarem menos cansativas...

Blood and Time, gosto muito do At The Foot Of The Garden.

Buried at Sea só conheço o She Lived for Others but Died for Us e não gosto. Talvez vá ouvir esse para ver se há diferenças.

Earth ainda não ouvi devidamente....

Dalek têm algumas coisas porreiras... quanto ao hip hop não comento, gosto de vários discos deste género...

Na altura estive para ir ver o Daniel Higgs penso que chegou a tocar em Barcelos.... paciência...

Plotkin e Kalas para já passo.

Unsane é grande som. Grande disco.

Bons sons.

 
At 24.1.08, Blogger amebix said...

Behold nunca ouvi e pela tua critica também não me vou dar o trabalho(o número de downloads que posso fazer é limitado,não posso inventar muito).
Blood and time adora,mas se não tem músicas novas não vou ouvir.
Buried at sea ainda não ouvi este,fica na lista para download.
Earth:É o melhor disco deles.
Dalek:gosto de hiphop(herege)e acho piada ao dalek,mas ainda não ouvi este,fico pelo anterior.
Daniel Higgs não vou ouvir,passo.
James Plotkin também passo.
Kalas passo.
Unsane passo.
Gosto das rapidinhas,mas ve se mandas uma foda como deve ser ao disco dos earth que ele merece:)

 
At 25.1.08, Blogger Pedro Nunes said...

É isso, foda grossa nesse disco de Earth!

 
At 25.1.08, Blogger João said...

porque passam todos a frene o plotkin? o disco ta brutal! buried at sea esta ligeiramente difrente este, esta muito bom mesmo tb.
behold no split com orthrelm para mim ta pior...o disco tem o seu que de virtuosismo até, gosto mais deles k de orthrelm o ov era um loop de 35 min...

 
At 25.1.08, Blogger Pedro Nunes said...

Disse que o split com Orthrelm era um disco menos cansativo, não o acho grande coisa. Os Behold.... The Arctopus continuam a ser maus.

 
At 27.1.08, Blogger João said...

prefiro behold a orthrelm...embora tenham o se que de genial pelo menos reporduziram o ov ao vivo exactamente kuando tocaram com black dice em ny

 
At 29.1.08, Blogger ::Andre:: said...

joão, buried não tá lindo, tá fixe mas não lindo.

pedro, não tenho nada contra o hip-hop, simplesmente não gosto. fode lá o de earth pá!!!

 
At 29.1.08, Blogger João said...

eu acho lindo

ó andré olha o que eu tenho soma + attila csihar - 6ºfskyquake (mego , 2008 ) :D

 
At 29.1.08, Blogger ::Andre:: said...

vou-te pedir emprestado ;)

 

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