Kindertotenlieder @Laboral, Gijón 03/05/2008
Um cemitério no Inverno, melancolia, obsessão e um concerto de black metal. Kindertotenlieder é isto e muito mais. Aqui, actores, músicos e fantoches confundem-se entre a realidade e a ficção.
Giséle Vienne, a francesa responsável por esta obra, acredita que o palco é um espaço límbico entre o sonho e a realidade, um espaço para se ressuscitar os mortos. Nem mais!
Inspirada entre várias coisas como contos antigos (na peça temos os Perchten, criaturas horríveis que diziam aparecer em pleno Inverno para oferecerem protecção contra os demónios e punir as almas amaldiçoadas) e no black metal, Giséle criou uma peça perturbadora mas bela. Narrativas escuras de Dennis Cooper balanceadas pela beleza da neve (nunca a morte foi tão bela de se ver), música de um dos duos mais fantásticos do momento (KTL de Stephen O’Malley e Peter Rehberg, e nem consigo exprimir o que é a “Theme” ao vivo, que estrondo!!!), actores jovens mas fantásticos e um cenário trágico mas belo belo belo (e desculpem-me a falta de adjectivos), esta “Kindertotenlieder” é uma peça visual e sonora obrigatória. Não é imediata, pelo menos para fim não foi, mas agora que já ando há uns dias a pensar nela começo-me aperceber do que assisti, não só visual como sonoramente mas também psicologicamente. Pode ser que um dia destes passe por cá, quem sabe, mas se tiverem a oportunidade de a verem num outro país qualquer então não percam. É, sem dúvida, uma colisão de fantasia, de ritual, de cerimónia e de realidade e, no fim... todos ressuscitamos…
Giséle Vienne, a francesa responsável por esta obra, acredita que o palco é um espaço límbico entre o sonho e a realidade, um espaço para se ressuscitar os mortos. Nem mais!
Inspirada entre várias coisas como contos antigos (na peça temos os Perchten, criaturas horríveis que diziam aparecer em pleno Inverno para oferecerem protecção contra os demónios e punir as almas amaldiçoadas) e no black metal, Giséle criou uma peça perturbadora mas bela. Narrativas escuras de Dennis Cooper balanceadas pela beleza da neve (nunca a morte foi tão bela de se ver), música de um dos duos mais fantásticos do momento (KTL de Stephen O’Malley e Peter Rehberg, e nem consigo exprimir o que é a “Theme” ao vivo, que estrondo!!!), actores jovens mas fantásticos e um cenário trágico mas belo belo belo (e desculpem-me a falta de adjectivos), esta “Kindertotenlieder” é uma peça visual e sonora obrigatória. Não é imediata, pelo menos para fim não foi, mas agora que já ando há uns dias a pensar nela começo-me aperceber do que assisti, não só visual como sonoramente mas também psicologicamente. Pode ser que um dia destes passe por cá, quem sabe, mas se tiverem a oportunidade de a verem num outro país qualquer então não percam. É, sem dúvida, uma colisão de fantasia, de ritual, de cerimónia e de realidade e, no fim... todos ressuscitamos…
fotos: Mathilde Darel
8 Comments:
O que faltou dizer:
Hola Nacho e Artur se estiverem a ler isto; "Sinking Belle" prolongada foi lindo de se ouvir; O'Malley no fim a puxar pelo público; não paguei bilhete, cortesia dos organizadores; o auditório ficava numa universidade magistral; e sim as Astúrias são um belo local para se passear e explorar...
soma a puxar pelo publico? :o
"nunca a morte foi tão bela de se ver"
Isto deve ser qq coisa, deve. As fotos são tuas? Isto passar por cá é bem improvável invelizmente.
SOMA a puxar pelo público indeed! E mesmo no próprio concerto o gajo estava a "delirar", headbanging e o caraças :P
Como deves imaginar, não deixavam tirar fotos nem nada disso. Um dia destes empresto-te o dvd.
isto como disse é um projecto temporário.
o soma em berlib(acho eu) nuns videos que vi tameme estava em alta. mas a puxar pelo publico nunca vi :p
Puxar pelo público no fim, não durante a actuação...
KTL rula á brava pá, espero que editem mais uns álbuns.
em principio só sai cenas do live archive, a nao ser que mudem de ideias. mas sempre teve só a ideia de serem akeles 3 albums.
Pena...
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