Jornalismo musical, o futuro (ou a ausência dele)
Artigo sobre a perda da influência dos jornalistas no mundo da música. Os críticos profissionais ainda são relevantes? Muito antes de um disco sair, já toda a gente teve acesso a ele via download. Todos podem formar a sua opinião. Que função ainda resta às revistas e jornais de música?
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12 Comments:
Há pouco tempo vi a noticia dum estudo que confirma que a maneira de divulgação mais eficaz é o passa a palavra e não os jornalistas. De qualquer maneira, ainda funciona, mas nota-se que perderam algum poder.
As revistas já são coisas de melómanos...
" Os críticos profissionais ainda são relevantes?"
alguma vez o foram???
tshee, nao digam mal dos jornalistas :(
acho que os críticos de música na imprensa escrita (pelo menos os dos jornais/revistas de maior tiragem) tendem a assumir um estatuto de supra-sumo, de peritos incontestáveis, que tiram todo o gozo a qualquer análise feita por estes.
eu ainda me guio bastante por reviews e etc., mas cinjo-me à net (o que no fundo acaba por ser passa-palavra)
andré, acredito no poder do passa palavra, que não só acontece de uma forma física, mas através dos fóruns e dos blogs que permitem que toda a gente se possa fazer "ouvir". É mais fácil fazer chegar a palavra a um grande número de pessoas, assim como a música está mais acessível com a banalização do download.
em relação às revistas, o que me parece é que na generalidade, as vendas têm vindo a decair (não tenho números). Nos próximos anos vamos ver muitos históricos a "cair" ou a adoptarem uma nova vida exclusivamente online. Existem porém caminhos que foram tomados que logo veremos se resistem ou não. Algumas revistas estão viradas para nichos, Wire e Rock-A-Rolla por exemplo. Outras estão claramente viradas para o passado, optando por contar o que está para trás à "geração do download", Mojo, Uncut.. outras não se sabe o que são, tipo Blitz, uma espécie de transsexual dos media ainda com problemas de acne.
joão, existem e existiram vários jornalistas que são autênticos artistas. A questão é que as pessoas lêem cada vez mais informação na internet. Informação essa que pode ter sido escrita por um engenheiro ou por um puto do secundário. Isso é bom.
joana, trabalhas ou estudas na área do jornalismo (se não quiseres responder não há problema claro)?
zé, concordo com algumas coisas que escreves-te. Realmente as pessoas interessam-se mais por outras formas de comunicação, com outras virtualidades, que se encontra na internet.
Concordo contigo caro Nunes. Eu sou daqueles que confio em certos jornalistas/ revistas, mas sim, sou cada vez mais selectivo nessa escolha.
estou no último ano de jornalismo sim...ainda não tive tempo para ler o artigo.
acho que independentemente da democratização da informação que tem havido graças à internet e etc o jornalista (não estou a falar só em relação à musica, estou a generalizar) deve ser cada vez mais visto como alguém que estuda e trabalha os factos, que tem competências e hábitos que, por exemplo, um blogger pode não ter. pode ser uma profissão que tem vindo a perder poder nos últimos tempos mas acho que a ideia e os esforços que devem ser feitos devem ir no sentido de fazer com que a profissão seja vista pelo publico como uma fonte de informação fiável e válida, o que pode não acontecer no passa a palavra.
Concordo contigo joana. É importante que o profissional de jornalismo detenha e demonstre uma série de competências... Penso é que o jornalismo musical não terá dias fáceis....
sim, isso concordo. acho que já se nota bastante isso..pessoalmente acho que seria uma pessoa 100% realizada se vivesse de escrever sobre música, mas tenho noção do quão disparatado soa só dizer, quanto mais o resto.. por outro lado, há vantagens que há uns anos atrás não haviam, que é poder virar-me para outros lados. posso sempre criar um site, uma webzine, um blog, etc......
Isso é verdade. Os blogs etc., trazem algumas vantagens para aqueles que querem mostrar competências...
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