A minha avó e o Schlippenbach
Não me lembro de em 2005 ter comprado muitas revistas, mas adquiri a Wire de Maio com as Electrelane na capa e, porque para mim há revistas que são autênticas bibliotecas e intemporais, guardei-a. Alex von Schlippenbach, o mestre alemão, uma das paixões musicais dos últimos tempos, tem o seu nome estampado na capa. Dentro encontram-se algumas páginas muito interessantes agarradas a excelentes fotografias, mas na altura passou-me completamente ao lado. O tal timing para as coisas…
No natal passado, a minha avó, um dos melhores seres humanos que alguém alguma vez pode conhecer e que por acaso hoje até festeja 74 primaveras, ofereceu-me a assinatura da Wire tanto em papel como digital. Ler em papel, para mim, não há substituto possível por mais iPads e Kindles que inventem, mas graças ao campo de pesquisa é possível ter acesso a um arquivo impressionante de cinco ou seis anos de edições. Assim que pesquisei por Schlippenbach descobri que afinal tinha a revista e lá fui eu à arrecadação buscá-la e ter tanto ou mais prazer a lê-la do que há uns anos atrás.
A minha avó nasceu em ’37, é um ano mais velha e não creio que alguma vez se tenham encontrado. Um dia destes meto-lhe um disco dele a tocar, talvez ela goste. Mas gostei da associação, foi a minha avó que me permitiu conhecer mais do seu trabalho.
Vocês têm esta necessidade de guardar as revistas? Não sentem que são um grande arquivo? E quem o faz, já tem montanhas de papel lá por casa?
19 Comments:
Bela história! E muitos parabéns à avó Mendes.
Tu já vieste aqui ao recanto Costa, mas não sei se já reparaste na montanha de revistas que andam para aqui espalhadas pelo casebre. TEnho que perder algum tempo e catalogar isto.
Se tenho... até bilhetes de cinema guardo ou guardava... e agora que leio o teu post vou ter de fazer uma grande arrumação. Sou uma coleccionadora de imagens por isso imagina... e nem sabes a quantidade daqueles bichos meios cinzentos (bicho do papel?) que tive de aniquilar :/ posso dizer-te que o material que tenho em casa dava para fazer muita pasta de papel!
é verdade, o que seria de nós sem as nossas avós??
caixotes e caixotes! e preciso de mais uns caixotes para guardar as que agora ainda estão por aqui. no outro dia andei a dar uma vista de olhos e descobri que comecei a comprar a terrorizer no nº5!
...e parabéns à tua avó, claro. a minha vai a caminho dos 92!
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As primeiras revistas de música que comecei a comprar na década de oitenta foram a revista pop alemã "BRAVO", por causa de uma página que vinha todos os meses dedicada a uma banda de Metal, e o jornal Blitz às Terça-Feira, tb pelo mesmo motivo. Não havia na minha zona revistas da especialidade, por isso...Tenho a impressão que os jornais e as revistas têm os dias contados, pq as novas gerações não tem o "culto do desfolhar", o prazer de pegar num jornaleco e borrar os dedos. Deitar revistas de música ao lixo? No way. Também as tenho em arquivo morto.
Ha! Tb gostava de ler os pregões na Blitz :P
É a avó dos panados?? Ainda estou à espera dessa grande competição de panados. Estás com medo que a minha avó ganhe?
A tua avó dá-te assinaturas de revistas? A minha dá-me meias...
14 anos de Wire...
a tua avó tem a idade da minha mãe, nasceram no mesmo ano... parabéns para ela!
também tenho montes de revistas cá em casa, em várias caixas e prateleiras (algumas bravo antigas, uns blitzs (e dos pregões era a leitura que não podia faltar), mas tenho sobretudo, Photo's e Premiere´s (quando esta valia a pena comprar), mas confesso que agora estou como os putos (sem ofensa), compro poucas revistas (tb pq já não posso como antigamente) e prefiro o digital. Mas o que compro, conservo, claro!
Alguém se lembra de uma revista chamada City que existiu por pouco tempo? tenho muita pena que tenha deixado de existir, até fui assinante. era uma espécie de timeout, mas a nível nacional...
acho é que não eram precisas mais caixas, mais sim mais uma divisão cá em casa...
confesso que por falta de espaco deitei muita coisa fora. lembro.me que tinha tds as revistas da riff que durou pouco tempo e com a qual descobri mta banda de metal, qd o acesso a net ainda era limitado. mas por falta de espaco foi tudo pa reciclagem. já nem sei onde devo meter tanto cd e lps lol
onde anda a mondo bizarre? sim também tínhamos (saturnia) muitas bravos e blitz, saturnia lembras-te as colagens e montagens que fazíamos com uma secção particular da bravo? ahahahaha o que há mais lá em casa é coleccionismo :) as casas também servem de museus :) e fotografias e slides e quadros e souvenirs e coisas :)
André muitos parabéns para a avózinha :) que goze a vida por muito mais tempo :)
Estou a imaginar a Saturnia com aquelas capas de arquivo cheias de gaijos bons da serie "Febre Em Beverly Hills". :P
A "mag" portuguesa que eu tenho mais saudade é mesmo a "Underworld".
A Mondo Bizarre!!!! Tu lias isso Fontoura? Tenho lá algumas, guardo-as até com carinho..
"Tu lias isso Fontoura?"
Não, lias tu Mendes!
Vou ver as edições que tenho e as que não tiver dás-mas... ahahaha :P
Tb me lembro da Underworld, gratuita tb né? Space não era só Beverly Hills ahahahaha
Ahh lias as gratuitas, já percebi :P
antes de andares a comprar revistas já eu andava a pedir escudos aos meus pais para o fazer :P
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tanto eu como a minha senhora, temos todos os nros da mondo bizarre. alguns deles, até em dupla ou tripla!
conhecemos o mentor da coisa há uns bons anos, mas só soubemos q era coisa dele depois de acabar.
foi uma coisa a dois c mto boa-vontade de uns mtos amigos q acabou qdo acabou o "casamento". ainda o desafiámos a reavivar a coisa, mas há coisas q só fazem sentido enquanto duram. se n para quem lê, para quem fez!
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