06 março, 2009

Blut Aus Nord

E já que se fala em Black-metal moderno (!?) não podemos passar ao lado de Memoria Vetusta II: Dialogue With the Stars, a novidade destes senhores, que são, sem qualquer dúvida, uma das bandas na vanguarda do BM. Este pode até ser um disco relativamente acessível porque é mais amigável do que o experimental e dissonante MoRT. Incorpora algumas orquestrações sinfónicas que remetem para os inóspitos ambientes criados pelos Summoning (Que tal a capa?), e contém também, inesperadamente, momentos extremamente melódicos (the meditant - dialogue with the stars), exibindo um soberbo manancial de Riffs e leads que tanto são subtis como épicas, ecoando no éter de uma forma hipnótica. Mais concentrado na riqueza das texturas do que na estranheza do experimentalismo é um trabalho notavelmente rico e consequentemente imperdível. André, estás à espera de quê? :p

7 Comments:

At 6.3.09, Blogger ::Andre:: said...

Nada caro amigo, nada. Estava à espera das tuas incentivantes palavras, mas agora já só espero que o download termine.

 
At 6.3.09, Blogger Scapegoatt said...

Summonig é banda de culto para mt gente. Realmente a capa parace retirada de uma obra do "Tolkien" =)

 
At 6.3.09, Blogger João said...

já a mts mts anos que blut aus nord, faz blackmetal de qualidade.

 
At 8.3.09, Blogger Unknown said...

The formless sphere (beyond the reason). Acho que essa música diz tudo. Pareçe que afinal as férias do Crest sempre deram para ouvir alguma coisa e não sei porquê mas pressentia que esse Memoria Vetusta II não iria ser nada indiferente a ele no meio daqueles nomes. A capa não me faz nada lembrar tolkien nem sequer deve ser essa a intenção da banda, acho antes que a banda pretende recuperar algo mais celestial de outros tempos mas mantendo o carácter introspectivo do género. Faz-me muito lembrar as capas usadas por algumas bandas da 2ª geração do black metal e que incorporaram elementos mais melódicos e atmosféricos na sua sonoridade. Se por um lado a banda pretende retomar o caminho deixado pelo memoria vetusta I noto que esse álbum consegue recuperar todo aquele espírito como à muito não ouvia, presente em bandas na altura como os Emperor, Arturus, Ulver, Abigor, Limbonic Art, etc. São nomes que trilharam por caminhos mais atmosféricos no género, que na altura era uma novidade, mas que mais tarde foi usado e abusado (e confundido) por muitas bandas mas que nunca recuperaram a magia que parte desses nomes tinham e que citei alguns em cima. Coincidência (ou não) os Blut Aus Nord evoluíram por outros caminhos à semelhança dessas bandas. Outras ainda hoje continuam, outras ficaram-se pelo caminho, mas agora, em 2009, os Blut Aus Nord recuperam algo que pensava que há muito estava esquecido e que nunca mais se iria recuperar com a mesma magia de outrora, e esse Memoria Vetusta II conseguiu isso, atrevo-me a dizer que superou até. Podem acusar-me de nostalgia, de querer forçar essas comparações para gostos mais individuais, mas não é por mal, considerem antes algo como extremamente positivo.

 
At 9.3.09, Blogger Crestfall said...

Verdade joão, verdade.
Oh pedro a mim lembra-me mesmo Tolkien e consequentemente Summoning mas compreendo o que queres dizer. Se tivesses que comparar a sonoridade deste disco com um outro, qual seria?

 
At 11.3.09, Blogger Pedro Mendes said...

Opah Crest, são vários até. Não é difícil de adivinhar e tu sabes de certeza que discos são. O bergtatt dos Ulver, o aspera hiems symfonia dos Arcturus, o moon in the scorpio dos Limbonic Art, , o nachthymnen (from the twilight kingdom) dos Abigor (daí entender a tua associação a Summoning), entre outros que mantém aquele sentimento mais celestial e porque não espiritual. E o filosofem dos Burzum (sem polémicas ou qualquer associação).E porque não o in the nightside eclipse dos Emperor. Emperor que para mim está muito presente. Sei lá, tantos que agora não me vêm à cabeça. E para mim esse Memoria Vetusta II vai estar guardado junto a esses discos assim que chegar o vale para ir levantar nos correios aqui da minha vila. Como já estava lá o I. Assim como toda a discografia da banda. =D Assim como os WITTR estão lá. ;) No que diz respeito ao Black Metal sempre fui um bocado esquisito (ou não), sempre senti a sonoridade como algo pessoal daí nunca comer (ou nesse caso confundir) tudo o que ouvia do género nem partilhar grande parte da palhaçada que muitas bandas (ou pessoas) apregoavam ao género. Nunca fui dono da razão como alguns parecem impor que são. Por isso sempre senti-me mais isolado em relação aos restantes quando ouvia black metal ou ia a um concerto de black metal. Pelos vistos não sou assim tão individualista!
Nos últimos dois anos vi Negura Bunget duas vezes e estiveram sempre lá o quê, 40 a 50 pessoas. E pelo que me disserem em Guimarães foi o mesmo. Onde estava o resto que enche os outros concertos do género? Somos uns trves do caralho pelos vistos. \m/ Mas pelos vistos existem mais trves após dia 07 de Fevereiro.

 
At 12.3.09, Blogger Crestfall said...

Yah, eu compreendo o que queres dizer, já partilhaste a tua visão do BM :) Há alturas que este disco até me cheira a Dissection. Agora deste-me vontade de ir ouvir Emperor! E eu que nunca vi Negura Bunget :( O Om é fabuloso. Deve estar para sair novo álbum, não?

 

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