14 novembro, 2009

Não és tu Josh, sou eu


Apaixonei-me pelos QOTSA tarde, o "Songs..." já andava aí e só depois é que espreitei tudo o que estava para trás, Kyuss inclusive. Durante esses anos fui mesmo um fã compulsivo, mas já nada me parece agradar vindo de ti. Them Crooked Vultures é engraçadinho, mas cansei ao fim de três audições tal e qual o último dos Queens. Mas não és tu Josh, sou eu.

34 Comments:

At 14.11.09, Blogger Susana Quartin said...

O problema deste disco é que é rock/hard rock mnhé. Não tem psicadelismo, não tem elementos mais stoner. Muito fórmulaico e banal. É sem salzinho :|.

Deve ser uma boa banda para ver ao vivo, isso sim.

 
At 14.11.09, Blogger Unknown said...

Depois da surpresa inicial, o certo é que fui perdendo a fé nisto, e ainda nem ouvi o disco.
Foi mais ou menos o que me aconteceu com Shrinebuilder, no entanto que peguei neste, agarrou-me completamente.
Dos TCV sinceramente não espero nada. E acho que a culpa não é só minha, mas também do Sr. Josh... Fez grandes obras, mas aquele último disco de QOTSA parece querer indicar alguma coisa.... :|

 
At 14.11.09, Blogger João Veiga said...

Por que é que a culpa é do Josh? :( Isto n são só 3 senhores do rock a partir umas guitarras e a queimar uns Tweeters? :x ainda n ouvi o álbum mas do que vi dos concertos fiquei logo com essa sensação. Deixem os rapazes divertir-se vá! :P

 
At 15.11.09, Blogger Disasterpieces said...

Não achei grande piada, tem uns riffs engraçados aqui e acolá mas nada além disso. E simplesmente já não suporto a voz do Josh (excepto nos 3 primeiros albuns dos QOTSA). Next!

 
At 15.11.09, Blogger gangrena said...

digo o mesmo, comecei até a curtir a cena, a Elephants é gira, mas não puxa. um bocadinho como El Grupo Nuevo de Omar Rodriguez-Lopez... demasiadas expectativas.

 
At 15.11.09, Blogger b1p0l2r said...

Nah, não és tu, André. Não és tu...

Não fiques com esse sentimento de culpa. :)

 
At 15.11.09, Blogger Sarrabulho said...

O disco de El Grupo Nuevo é um petardo, superando qto a mim e em muito, uns tantos de Mars Volta.
TCV são uns tipos c algum tempo livre e diarreia incontida a quem editam tudo o q fazem.
Não me parece q queiram mudar a vida de alguém c esta bandola tal como ñ me parece q o queiram os Shrinebuilder.
São apenas tipos c mto talento e ideias a mais q se juntam p rockar e não dúvido q tirem o maior dos prazeres da coisa, mas só os nomes em si ñ fazem um disco do outro mundo.
É um bom disco (o de Shrinebuilder), mto melhor q muita coisa, mas ñ chega a ser o soco nas entranhas q mtos de nós esperávamos.

 
At 15.11.09, Blogger nuno Koglek said...

O Josh também tem culpa sim...
'Começando pelo ínicio', conheci Kyuss antes de QOTSA. Depois de consumir Kyuss até à última espinha, comecei a explorar QOTSA, e não consegui perceber como é que o Josh passa de riffs geniais (a par com o Brant Bjork, é certo) para uma banda que se apoia em power chords punks, e refrõezinhos.

Mais tarde apercebi-me que o Josh só queria fazer rock'n'roll como os seus ídolos, afinal ele ainda é novo.
Depois daquela banda em que ele toca bateria (não me lembro o nome, desculpem), monta agora os TCV. Ideia que pelos vistos já tinha muitos anos.
TCV é Zeppelin chapado(não sei como o Jimmy Page não os processa).
Tirando o John Paul Jones, que está ali a tocar o que sempre tocou (provavelmente está a recompensar a merda que fez nos últimos dois álbuns dos Zeppelin, mostrando que também sabe 'rockar'), o Josh e o Dave só querem curtir.
Foram músicos que conhecerem o sucesso e a genialidade (no caso dos nirvana, 'genialidade' é suspeita) muito novos.
Agora só querem fazer isso:
Rock'n'Roll
Deixem-nos lá ter a juventude que lhes foi roubada...

Ai Josh, só te pedia que reunisses os Kyuss, e fizesses uma tourné, só isso...

 
At 15.11.09, Blogger Carlos said...

"no caso dos nirvana, 'genialidade' é suspeita" - Diz o fã de Pearl Jam e AiC.

 
At 15.11.09, Blogger nuno Koglek said...

Ah ah, Carlos Gomes...
Ironia tua à parte, a verdade é que tens muita razão! Parabéns por esse raciocínio lógico...
O que acontece é que o contexto em que citei isso, era na comparação de Nirvana com Kyuss. E penso que é de senso comum que os Kyuss davam principal atenção à composição musical, enquanto a intenção do Kurt era outra, certo?
Além disso, a genialidade não é um factor único para se gostar duma banda. Eu já gostei muito de Nirvana e sempre soube que nunca chegariam aos pés em de AiC e Pearl Jam em termos de intelegência musical.
E a prova disso é por exemplo Queens of the Stone Age, que apesar de terem originalidade (e penso que foi isso que lhes deu sucesso), já genialidade não há muita (na minha opinião). Aqueles power chords a serem tocados infinitamente na mesma nota, é um atentado aos riffs que o Josh fez nos Kyuss.
Mas pronto, um grande abraço Carlos Gomes...

ass: o fã de Pearl Jam e AiC

 
At 15.11.09, Blogger Unknown said...

Mas a música genial mede-se por número de power chords??
Nirvana foi genial, trouxe muita coisa nova!
Hoje em dia nenhum de nós pega em discos de Nirvana pra ouvir, mas se por acaso uma música começa a tocar todos nós sentimos aquela coisinha...

 
At 15.11.09, Blogger Carlos said...

Inteligência musical? Se te estás a referir ao facto de tanto os Pearl Jam comos os AiC se terem vendido desde o início, concordo plenamente contigo. Não sei que intenções queres atribuir ao Kurt a não ser a música, mas os Nirvana só lançaram um albúm com um som mais "pop" e ficaram envergonhados. Prova disso é que a seguir foram gravar com o Albini.

 
At 15.11.09, Blogger Carlos said...

Eu ainda pego nos discos deles e estou convencido de que quem diz que não gosta de Nirvana está a mentir e a tentar parecer "verdadeiro".

 
At 15.11.09, Blogger nuno Koglek said...

Neuroticon,
a tua pergunta é excelente? De facto põe em questão algo muito antigo que é como se pode medir a genialidade. Infelizmente a história da música sempre trouxe críticas duras ao Punk, por exemplo, em que se construía uma música com poucos power chords. Mas a atitude do Punk era mesmo essa, pôr a genialidade musical e o tecnicismo em causa, 'acabar' com essa mentalidade. As t-shirts que os Sex Pistols usavam com 'Fuck Pink Floyd' eram um exagero, mas a verdade é que atitude deles ainda hoje é admirada. Não digo que a genialidade é medida pelos power chords, mas sim que a intenção do Josh Homme com os QOTSA era mesmo essa, fazer rock simples para 'curtir' (penso que ele o disse numa entrevista ao Rockpalast). Não sou eu que a meço atenção, quem sou eu para isso?...
Penso que a atitude dos Nirvana também seguia esse 'anti-composição inteligente-o-que-interessa-é-arrebentar-com-amplificadores', porque o Kurt tinha outras preocupações.
De qualquer das formas Carlos Gomes, também concordo que os Nirvana precisamente quando se estavam a preocupar mais com a composição (o In Utero parecia iniciar essa fase) o Kurt morreu...

Carlos Gomes, outra cena, e esta é uma opinião muito pessoal mesmo. Penso que está na moda não gostar de Nirvana, tipo, para seres muito intelectual dizes que não gostas de Nirvana pelo simples facto de haver muita gente a gostar de Nirvana e a escrever pirosadas nas paredes como 'Kurt quem me dera ir para o céu na tua vez' (isto é verdade!), e cenas assim.
Acho que tens razão, mas isso não se aplica a mim, já gostei muito de Nirvana, e fartei-me tal como aconteceu com outras bandas, são ciclos.

As intenções iniciais do Kurt penso que eram mais do género de chorar. Tipo 'post-rock vocal' percebes? Embora o Bleach tenha aquela atitude mais punk, não deixava de ser 'mundo-sou-tão-infeliz-apesar-de-ter-uma-filha-adorável-e-uma-esposa-boa-como-o-milho-e-ser-famoso'...

Os Pearl Jam venderam-se no inicio, mas acordaram a tempo, por isso é que ainda existem. De qualquer das formas, nada tem a ver com o facto de eles serem todos músicos com muita experiência, mau era se não fossem musicalmente inteligentes (embora a fórmula se comece a gastar). Os AiC nunca se venderam eu acho, apesar das baladinhas 'pseudo-depressivas-querida-eu-amo-te', nunca deixaram de fazer músicas metal, à excepção dos EPs, mas estes nunca tiveram direito a videoclip sequer (penso eu).

Pah, reparei agora que estou a escrever demasiado, desculpem lá. Estou a morar em França, e aqui não há muita música de jeito, de forma a que mal tenho oportunidade apetece-me falar muito sobre a música que admiro...

 
At 15.11.09, Blogger Carlos said...

Não me lembro de ouvir o Kurt a "chorar" e a queixar-se de ser infeliz, muito pelo contrário, ele dizia ser muito mais feliz do que aquilo que se pensava ou do que o que as revistas levavam a crer. Espero que tenhas percebido que ele usava a frase "I hate myself and I want to die" como ironia. Também não concordo com essa do Bleach, até porque na altura ele não tinha uma filha adorável nem uma esposa boa como o milho, e estava longe de ser famoso.

Quanto aos Pearl Jam acordarem, eu até concordava, até ouvir o Backspacer. Já os AiC sempre seguiram a moda, começaram como uma banda de hair metal e viraram alternativos quando aquilo começou a vender.
No entanto admito que também já gostei bastante de Pearl Jam e AiC.

 
At 15.11.09, Blogger nuno Koglek said...

Ah então ele dizia isso tudo na ironia...Obrigado pela informação, não sabia disso, estamos sempre a aprender...
Sim no Bleach ele não estava nessa situação, eu sei, mas a atitude penso que era a mesma...

Pah, a discussão tinha pano para mangas. Mas já agora, segundo percebi, comparas os pearl jam e os alice in chains áquelas bandas de pós-grunge como staind e isso que neste momento só fazem baladinhas para vender? Será que a atitude grunge sempre foi essa, e os intelectuais nunca o perceberam? Qual é a tua opinião sobre isso?

Pah isto é um post sobre o Josh Homme, mas não há problema falar de grunge pois não?
Afinal o stoner e o grunge são as correntes do rock alternativo dos 90's, embora a MTV escolhesse o grunge para ganhar uns trocos, penso que no fim foi o stoner que se ficou a rir...

 
At 15.11.09, Blogger tak said...

ou a minha música vem com 7 power chords ou mando pa trás

 
At 15.11.09, Blogger Carlos said...

Não considero Nirvana uma banda grunge, nem tenho a certeza do que isso é. Acho ridículo dizer que Nirvana e Pearl Jam pertencem ao mesmo género musical. Também não tinham uma atitude semelhante nem se vestiam da mesma maneira.
Acho que os Nirvana tinham mais a ver com bandas como Sonic Youth, Pixies e Dinosaur Jr. Sempre foram uma banda punk.

Grunge não era mais uma estratégia de marketing? Fosse música, roupa, comida, chamavam-lhe grunge e lá iam os putos comprar.

Também não gosto do termo stoner rock. Kyuss nunca foram uma banda de drogas, e segundo eles, nunca ouviram Sabbath, que pelo que entendi é o que define stoner rock. Foram basicamente influenciados por bandas punk e era mesmo isso que eles eram, um grupo de jovens punk.

 
At 15.11.09, Blogger Carlos said...

E não considero Pearl Jam e AiC tão maus como Stainds e Creeds mas é fácil ver onde é que estes foram aprender.

 
At 15.11.09, Blogger amebix said...

Ando a ler o livro "gimme something better" sobre o movimento punk na bay area(flipper,neurosis,green day,spitboy,etc).
Para seguir o debate deixo um excerto do livro-

Noah Landis
(neurosis,christ on parade):
Music is for anibody who feels it and want it.The angst against the darkness in Kurt Cobain song´s,they reached people.And you think about the youthful energy and freedom you feel listening to Green Day,that´s is for anybody who feels it.It´s not just for those who where there in 1997,or like me in 1982.It´s bigger than that,and that´s the beautiful thing about music."

Scott Kelly(neurosis):"Billie Joe is just as real as we are....He´s true blue.He´s one of those artists who is able to tap into a larger sort of general feeling"

No fundo o importante é se a música nos toca,seja ela tocada bem ou mal.

 
At 15.11.09, Blogger nuno Koglek said...

Exactamente amebix, isso mesmo...

Os kyuss nao teem culpa do termo que lhes etiquetaram, è verdade. No entanto eles ouviram Sabbath sim, alias, nos primeiros ensaios deles, tocavam covers de Sabbath e Black Flag.

Tak, se mandas para tras uma musica com sete power chords, deves ser um genio...Parabens! Nao mostres as tuas obras ao Josh Homme, que ele nao iria aceitar mais que 5 power chords...Mas tambem nao precisas de ficar frustrado...

 
At 16.11.09, Blogger João Veiga said...

nicotine valium vicodine marijuana ecstasy and alcohol :3

Será mais fácil fazer uma música baseada só num acorde ou em vários, com muitas progressões e partes diferentes? hmhm... De qq das maneiras, é fácil fazer música lol O que é difícil é fazer obras primas com o Lateralus por exemplo :P

 
At 16.11.09, Blogger João Veiga said...

Lateralus esse que é todo baseado no mesmo acorde D: tal como grande parte das músicas de Tool

 
At 16.11.09, Blogger Crestfall said...

Sobre os Them Crooked Vultures: Ainda não ouvi e nem tenho grande pressa/vontade.

Oh Carlos, AiC começaram como uma banda de Hair Metal? Conheces algum disco deles que eu desconheça?, tipo Motley Crew ou Poison? No máximo poderiam ter algumas influências de Skid Row, mas daí a Hair Metal :s

Faço minhas as palavras do amebix, "No fundo o importante é se a música nos toca,seja ela tocada bem ou mal."

 
At 16.11.09, Blogger Scapegoatt said...

Vou ouvi-lo esta semana. Não pode ser um album mau. Não posso acreditar. Li aqui algumas atrocidades, no entanto não vou comentar. Apenas vou dizer que a musica de facto tem a ver com sentimento. O Amebix disse tudo em poucas palavras.

 
At 16.11.09, Blogger Carlos said...

Crestfall:

http://escoladorock.files.wordpress.com/2007/10/staley_2.jpg

Se ouvires as demos da altura em que a banda se chamava Alice N' Chains vês do que estou a falar.

 
At 16.11.09, Blogger ::Andre:: said...

Respondendo ao Nuno, claro que não. Ainda há pouco tempo num post criado pelo Luís defendia que é saudável conversar e discutir sobre música. Era porreiro começarmos a ter debates antes dos concertos sobre determinado tema, que vos parece?

 
At 16.11.09, Blogger João Veiga said...

Isso soa-me muito bem :P

 
At 16.11.09, Blogger nuno Koglek said...

Parece-me bem, eu não sou muito assíduo neste blog, só há pouco tempo me meti nestas andanças, admiro o vosso trabalho...

Oh carlos gomes, essa foto ta demais, não a conhecia :p
Meu deus, aquele penteado do Cantrell...

 
At 17.11.09, Blogger Crestfall said...

Eu sei do que é que tu estás a falar, Carlos. E como referi acho que as influências que poderias encontrar nos tempos pré-AiC não seriam das bandas tidas como hair metal no sentido prejurativo de que o termo deriva. Eram tão Hair Metal quanto os Cacophony. E aí é óbvio que as escolas de Nirvana e AiC eram bem distintas, bem como as suas sonoridades. Não vejo como poderiam estar a seguir alguma moda, mas mesmo que estivessem, who cares, o que interessa é que a música.

 
At 19.11.09, Blogger Bruno Coelho said...

lol, parece que estás a acabar um namoro.

"O problema não é teu, amor. O problema é meu" :P

 
At 19.11.09, Blogger ::Andre:: said...

A ideia era essa, estava a acabar a minha relação com o Josh usando um cliché, mas só tu é que entendeste :P

 
At 19.11.09, Blogger Bruno Coelho said...

:P

 
At 20.11.09, Blogger Ron said...

Gosto da parte na discussão em que se fala na vergonha pop dos Nirvana. Acho que a vergonha é um excelente ponto de partida para música muito melhor e desafiadora. Os Nirvana incomodaram-se com a formatação do "Nevermind" e chegaram depois ao bem melhor "In Utero". Os Pearl Jam reconheçaram mais tarde o embaraço de canções perfeitamente monótonas como "Alive" e "Even Flow" e diversificaram as coisas com o "Vitology" (que tem um terço, pelo menos, interessado em ser desastre comercial) e gravaram um óptimo disco quando implodiram no "No Code".

Pode ser que o Josh Homme volte fazer grandes discos, com cordas e a orquestra da Disney, assim que ganhar vergonha dos Eagles of Death Metal e TCV. Não me atrevo a acrescentar QOTSA nesse lote.

 

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