26 janeiro, 2010

“Sou a primeira farmacologista musical”

Vera Brandes tem um vasto currículo na área musical, inclusive como produtora de eventos, mas foi um acidente de viação que a fez chegar aqui. Após esse mesmo acidente que a deixou com algumas vértebras partidas, Vera foi avisada pelos médicos que teria que passar cerca de três a quatro meses no hospital. Estranhamente, ou não, ao fim de quinze dias estava a caminho de casa e isso deveu-se, segundo ela, aos amigos do seu companheiro de quarto (monge budista) que todos os dias vinham cantar para ele. Stefan Koelsch, neurologista na Universidade de Sussex, concorda: “Fisiologicamente falando, é perfeitamente plausível que a música afecte não só as condições psiquiátricas, mas também as desordens endócrinas, auto-imunes e do sistema nervoso autônomo”. Hoje em dia, Vera receita aos seus pacientes leitores de mp3 com temas que devem ser escutados às horas certas tal e qual um antibiótico. Que vos parece? A música poderá ser considerado um medicamento?

11 Comments:

At 26.1.10, Blogger Crestfall said...

"Vera receita aos seus pacientes leitores de mp3" parece-me que começa logo por receitar no formato errado, mas td bem, não sou farmacologista.

 
At 26.1.10, Blogger Ricardo Guimaraes said...

AHAHAH :D

E genéricos existem?

Eu,muito francamente, acredito que medicamentos para tudo e para nada é um absoluto exagero, pois cada vez mais, acho que uma certa fatia do mercado dos medicamentos e equivalentes são apenas farinha branca e a substância que eles contêm, segundo a bula do medicamento, é apenas despoletada pelo nosso cérebro..


É como certas pessoas que dizem que um café lhes pões nervosas ou que se tomarem um café ficam logo cheias de speed...Isso é psicológico.

Eu acho que o melhor medicamento que se pode dar a uma pessoa é a de que a pessoa têm todo o poder para saber lidar com certas situações do foro psicológico ou neurológico (salvo casos crónicos ou gravíssimos) e que em nós temos todo o potencial para curarmos o que de mal está em nós.


Força a todo o Ser Humano, somos tão maravilhosos pah, deixem de nos bombardear com porcarias para ainda nos porem pior ou dependentes!

 
At 26.1.10, Blogger ::Andre:: said...

Não sejamos puristas ó crestméne, um mp3 a 320 tem uma qualidade decente.

E Ricardo, é bom saber que não és hipo - até tou para ver onde vou jantar na sexta, mas não fujamos ao assunto da música como efeito terapêutico :)

 
At 26.1.10, Blogger João Veiga said...

a música é excelente em muitas terapias. Agora, não serve para tudo :P Outra coisa gira da "música" é que se podem estimular ondas cerebrais muito específicas com o som certo. Acho que há uns anos (nos 80s) o pessoal se divertia a fazer aplicações que punham o monitor a piscar a uma freq que fazia com que as pessoas caíssem redondas no teclado a dormir.

Com a música isso é mais complicado, porque o som que teria esse efeito anda na ordem dos infrasons. Solução? Stereo desfasado nessa frequência :P Já experimentei com uns colegas e resulta mesmo :| há outras frequências altamente relaxantes ou estimulantes.

Claro que também já se tentou descobrir maneiras de estimular efeitos mais psicadélicos, mas não tenho conhecimento de sucessos por aí.

Como o Ricardo disse, nestes casos a resposta para melhorar mais depressa está mesmo dentro de nós. O "truque" é descobrir o que resulta em cada pessoa. Pode ser ouvir música, manter conversas, rezar, brincar com a pilinha...

Quanto ao ser a primeira farmacologista musical, tbh isto é coisa de psicoterapeutas :x

 
At 27.1.10, Blogger ::Andre:: said...

Um certo cepticismo desse lado portanto?

 
At 27.1.10, Blogger João Veiga said...

Eu não lhe chamaria cepticismo.

“Fisiologicamente falando, é perfeitamente plausível que a música afecte não só as condições psiquiátricas, mas também as desordens endócrinas, auto-imunes e do sistema nervoso autônomo"

Isto parece-me bastante verdade pelo pouco que sei sobre a matéria. O facto de poder estimular o Sistema Nervoso Central, abre todas estas portas. Agora, não é a banha de cobra :P

 
At 28.1.10, Blogger Uma Banda Com The said...

Farmacologista? Onde é que está a ciência por detrás disto? Uns monges cantaram-lhe uns mantras e em 15 dias ela ficou boa, espectacular. E daí?

A música evoca os mesmos "efeitos" e "sensações" em todos os que as ouvem? Ou ela limita-se a "receitar" tons maiores aos deprimidos e tons menores aos demasiado optimistas? Que melhorias apresentam os pacientes dela? O tema x tem a sua substância activa em que, na escala? E as vezes que eles a ouvem e a que horas é a posologia?

Isto é um "adjuvante" da psicoterapia, quanto muito. A música pode ser, por exemplo, a "ilha deserta" dos que vivem em stress, e isso claro que pode trazer benefícios não só psicológicos como físicos (descida da pressão arterial, etc que dependem maioritariamente do sistema nervoso autónomo e endócrino). Mas daí a ser um fármaco vai um grande, grande salto.

 
At 28.1.10, Blogger Uma Banda Com The said...

"É como certas pessoas que dizem que um café lhes pões nervosas ou que se tomarem um café ficam logo cheias de speed...Isso é psicológico." Amigo, psicológico? A resposta psicológica é que desencadeia a resposta física, e sendo o principal efeito da cafeína estimular do sistema nervoso central responsável, entre outras coisas, pelo estado de alerta mental, é perfeitamente compreensível que as pessoas se sintam "nervosas" ou "cheias de speed". A cafeína é um fármaco/droga. Já a música..

 
At 28.1.10, Blogger ::Andre:: said...

Há muitos ramos medicinais que não são aceites pela medicina ocidental, não vás por aí. A música provavelmente nunca será nem é isso que está em causa mas sim o seu poder e este pequeno passo mais oficioso que oficial. É lógico que ela não é reconhecida e os seus pacientes são voluntários, mas tens opiniões de especialistas como neurologistas e afins que reconhecem a capacidade medicinal e terapêutica na música. E, já agora, o que lhe aconteceu é apenas um de muitos exemplos. Não creio que seja um "adjuvante" da psicoterapia nem estou a dizer que agora passemos a ouvir música até recuperarmos duma costela partida, mas em certos casos poderá e deverá ser solução.

 
At 28.1.10, Blogger Uma Banda Com The said...

Eu não duvidei do poder terapêutico da música, aliás, até disse ali em cima que concordava com o que disse o neurologista, quando disse o "adjuvante". Dúvido é da capacidade desta senhora distinguir um fármaco de um som, já que músicoterapia e farmacologia não é nem remotamente a mesma coisa.

E quanto ao debate da medicina corrente e da medicina alternativa nem vás por aí, há muita, muita coisa dentro da medicina alternativa que não tem qualquer fundamento, como deves saber.

 
At 30.1.10, Blogger João Veiga said...

a medicina alternativa que realmente funciona basicamente é o mesmo que a medicina corrente, mas em vez de te receitarem princípios activos em cápsulas, levas com os plantas ou wtv que contêm esses mesmos princípios activos. Nada de alternativo aqui.

O resto, é mais psicoterapia que medicina :P (não estou a dizer que seja mau. Ambos contribuem para a saúde e bem estar, mas não se deve confundir)

tbh desde que não se comece a falar aqui das "terapias quânticas" e o raio, está tudo muito bem xD

 

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