04 maio, 2010

Fotografias tiradas a olho

Seguido da publicação do André este post faz ainda mais sentido. Quando falamos de música falamos de um universo infindável que abrange outras expressões artísticas.
A fotografia poderá estar a ser banalizada pelo via facilitada do digital. No entanto, não deixa de ter um papel importante, quanto mais não seja,  enquanto suporte capaz de projectar um acontecimento ou um momento a uma escala global.  Tendo em conta a facilidade com que se pode tirar fotografias poderá cada um de nós ser um fotógrafo, desde que tenha um equipamento razoável, ou é esta uma área que continua reservada a um olho especializado por detrás de uma máquina fotográfica?

Neste contexto, deixo aqui algumas fotografias que considero virem de “olhos sensíveis”.

Tom Wright
ELVIS COSTELLO

Ami Barwell

Floria Sigismondi
WHITE STRIPES VIDEO CLIP
EUA

Caroline Traitler
DARK SUNS | 2007
Áustria

Rita Carmo
WHITE STRIPES | 2007
Lisboa | Portugal

Rui Oliveira
HOUR OF PENANCE | 2008
Swr Barroselas Metalfest | Portugal

Peter Beste
KVITRAFN OF WARDRUNA
Bergen | Noruega

11 Comments:

At 4.5.10, Blogger António M. Silva said...

o trabalho do peter beste é simplesmente bestial. fiz um trabalho para a faculdade totalmente ilustrado com as fotos dele.

 
At 4.5.10, Blogger jorge silva said...

ser fotógrafo qualquer um pode ser, assim como qualquer outro tipo de "artista", mas obviamente que há quem o consiga ser melhor do que outros.
olho para a fotografia como o desafio de conseguir cristalizar numa única imagem um momento que resuma tudo o que pretendia transmitir, e continuo em busca dessa imagem sempre insatisfeito com as que tirei até agora.

 
At 5.5.10, Blogger Priscilla Fontoura said...

acho interessante tirarmos da fotografia o sumo que está além da imagem.

 
At 5.5.10, Blogger Rodolfo said...

eu não acho que qualquer um possa ser fotógrafo; é uma coisa que requer aprendizagem e uma bastante aprofundada. qualquer um pode tirar umas fotos, isso sim; o que não quer dizer que sejamos todos fotógrafos.

na fotografia sou como o Man Ray: "gosto de fotografar o que não consigo pintar e pintar o que não consigo fotografar" :D

 
At 5.5.10, Blogger ravenwermut said...

Floria Sigismondi <3 <3 <3 <3 <3 <3

 
At 5.5.10, Blogger Priscilla Fontoura said...

Rodolfo concordo contigo. Mas não achas que técnica a mais, não só na fotografia mas em tudo, poderá danificar a criatividade? Além de requerer aprendizagem requer também certo talento (na minha opinião). Man Ray... que grande homem! O que é que me adiante fazer uma bela exposição e composição de uns lápis de cera se aquilo não me transmitir nada?

 
At 5.5.10, Blogger Priscilla Fontoura said...

*adianta. Já agora conheces Chuck Close?

 
At 5.5.10, Blogger Rodolfo said...

apf: técnica a mais não existe :)
a meu ver, nunca o domínio de uma técnica consegue prejudicar a criatividade, pelo contrário, ajuda a dar "corpo" àquilo que a mente/musa/etc concebeu em "espírito".

de qualquer modo, o meu comentário não foi bem nesse sentido; a criatividade é essencial mas sem a técnica, dificilmente se conseguem obter bons resultados.

todos nós podemos comprar um carro de fórmula 1 (hipoteticamente) e ter em nós o daimon que nos impele a percorrer o asfalto a 320Km/h mas... sem a técnica, quando chegarmos à 1ª chicane espetamo-nos mesmo.

o mesmo se passa com a fotografia. podemos comprar uma grande máquina e ter um grande feeling para a coisa e depois chegamos a um concerto (por exemplo) e fazemos as fotos todas com a mesma objectiva (que era a que vinha com a câmera) ou sem a mínima noção de conceitos como exposição e profundidade de campo (e estes são básicos) e, ao compararmos as nossas fotos com as do André da Ah!Photo (lembrei-me dele porque o conheço) achamos que as nossas não valem nada...

ainda que tivessemos os mesmos pontos de partida, os mesmos enquadramentos e as mesmas oportunidades, a técnica aqui faria toda a diferença.

mesmo aqueles fotógrafos que fazem coisas cruas e sujas e que parecem mesmo absolutamente espontâneas, têm lá dentro das suas cabecinhas toda a sua aprendizagem técnica que lhes permite capturar esse momento de espontaneidade de um modo convincente.

e já agora, clarificando, eu não sou um fotógrafo, sou um tipo que gosta acima de tudo de polaroids e de processos alternativos (cianotipos em particular) e cujos temas são quase invariavelmente documentais e sem grandes ambições artísticas...

 
At 5.5.10, Blogger Rodolfo said...

Chuck Close não conhecia até há bastante pouco tempo mas gosto muito das coisas que faz... lá está, mestria técnica ;)

 
At 5.5.10, Blogger Priscilla Fontoura said...

Este comentário foi removido pelo autor.

 
At 5.5.10, Blogger Priscilla Fontoura said...

eu sei perfeitamente do que falas, sou formada em som e imagem. a mestria técnica não te leva ao trabalho mais criativo, poderá levar-te mas não significa que vás ter um resultado criativo. nunca desprimorei a técnica, para seres um profissional na área tens que saber, como é óbvio, e subentende-se isso no post. agora se achares que um 2012, exemplo estúpido, é o filme que muda a história do cinema, não acho. poderá ser uma mais-valia por causa do desenvolvimento dos efeitos especiais mas fora isso não há muito mais a dizer, em termos criativos.

 

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