Postais de Beirut
Pelos vistos, Beirut deu um dos concertos do Sudoeste para milhares de pessoas que inclusive sabiam as letras das canções. Eu confesso que às vezes não entendo os hypes. Corrijo: não é às vezes, eu basicamente não os entendo. Porquê Beirut e porque não outra coisa qualquer? Não interessa, não quero com isso tirar o mérito ao projecto de Zachary Condon, pelo contrário, é tão bom sinal...
Fico a pensar como é que um adolescente americano edita um Gulag Orkestar aos 20 anos de idade, disco esse que é uma autêntica viagem de comboio pela Europa de leste. Canções deliciosas e maturas, melodias cheirosas, a banda sonora ideal para um interail ali nos Balcãs.
Um ano depois, outro disco fantástico: The Flying Club Cup. Zach continua a deambular solitário por uma espécie de Europa perdida e aciganada subindo (de balão) até Paris não escondendo que a influência principal deste disco era Jacques Brel. Mais uma viagem, mais um disco riquíssimo e belo.
Espero novo álbum em breve, mas acima de tudo que regresse a PT, estou super curioso para ver como resulta ao vivo.
All I want is the best for our lives my dear
and you know my wishes are sincere
What's to say for the days I cannot bear
8 Comments:
Foi com enorme pena que não fui ao SW este ano, mas não deu mesmo.
André, muita gente já desesperava por eles, tinham cancelado duas vezes, já, mas finalmente estrearam-se mesmo.
Quanto a hypes, é como tudo, não sei explicar, mas aparentemente existem todas as condições para construirem uma porreira fanbase de culto em Portugal.
Ah, acho que o hype foi mais com os dois álbuns, principalmente o Flying Cup. Agora acho que foi a confirmação, só. :)
É um bocado isso. É como na cena dos songwriters: porquê o Bon Iver e não outro qualquer? Há aos milhares, poucos se destacam realmente dos demais e muitas das vezes as pessoas ligam a gente sem interesse. Porquê Beirut e não A Hawk and a Hacksaw?
Posto isto, gosto muito dos discos do rapaz. O último EP, então, é delicioso (na parte mariachi da coisa, não o EP electrónico).
Tudo se deve a uma conjugação de vários factores: talento, timing, trabalho, contactos...e no final sorte.
fui de propósito ao SW para os ver (e claro Mondo Cane) e não fiquei desiludido. Apesar das adversidades (som de merda e um palco claramente pequeno para uma banda tão aclamada) deram um concerto memorável. Não foi o festival nem o palco nem o som que mereciam. Espero que voltem em breve.
Porquê Mountain Goats e não Holy Sons?
Beirut em Paredes de Coura, gostava.
eu preferia no passos manuel :P
um concerto amplificasom
que seja no sá da bandeira, pronto
ehehehhe
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