Rapidinhas
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O prolífico Sanford Parker (Minsk, High Confessions, Nachtmystium) e Bruce Lamont (Yakuza, solo) juntaram-se na sua terra natal para mais um projecto. Acompanhados de bateristas como Steve Shelley (Sonic Youth), Dave Witte (Municipal Waste), John Herndon (Tortoise) e John Merryman (Cephalic Carnage), Destroy the Light é uma homenagem ao industrial de Chicago dos fins dos oitentas e aposto que nos intervalos das gravações punham Ministry a tocar. Nada de errado com isso, mas tirando um par de temas realmente interessantes, fica uma sensação agridoce ou então eu é que esperava mais dos dois juntos. De qualquer maneira, que não se espere um disco imediato, pede tempo e tempo lhes devemos.
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No mundo da música, não há nada como ouvir uma banda a explorar o seu próprio trilho. Foi o que fizeram os Intronaut neste novo disco que em vez de se proporem a cavar ainda mais o buraco do post-metal ou do post-qualquer coisa, optaram por um caminho genuíno e daí tirarem o seu melhor. A mescla entre o sludge, o progressivo (Justin Chancelor dos Tool é convidado), os momentos jazzísticos, a voz seca, fazem deste o melhor álbum dos Intronaut. Não é uma obra-prima, mas do artwork à dinâmica dos temas, é um disco altamente recomendável.
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Tudo que é experimental pede uma boa dose de disponibilidade. Neste disco da “miúda” Magda, é preciso a já referida disponibilidade, ouvidos bem abertos e um coração forte. A aventura pelo piano é grande e em cada audição que passa ainda fico admirado pelo facto de ir descobrindo novos sons. 31 anos de idade, não pode haver limites para quem já toca assim…
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No processo alquímico da transformação, o fogo e a água devem ser entendidas como uma "união de irreconciliáveis". O fogo a luz radiante da nossa mente consciente e a água as profundezas insondáveis do nosso inconsciente. É um álbum difícil, mais Cult Of Ruins que The Die Is Cast, mas mais noisy, mais drone, menos canção e mais “peça”. Avant-garde-black-metal-drone-ambient-noise com letras cujos títulos são deliciosos baseadas no ocultismo, misticismo e afins. Isto das tags está cada vez mais ridículo, mas digo isto: tanto os fãs de Burzum como de Nico vão adorar.
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Drone ctónico de uma dupla apaixonada por filmes de terror. Esperava (muito) mais, sobretudo quando um dos elementos pertence aos fabulosos ZOMBI.
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Passeio em pleno Trás-os-Montes profundo acompanhado de canções da lavoura (a música sempre esteve ligada aos trabalhos rurais) onde a Gaita de Foles (Fole?) portuguesa e as suas escalas é a estrela. Vale obviamente pelo peso histórico e cultural.
6 Comments:
e o novo dos Heirs - Fowl? :D
http://www.youtube.com/watch?v=tN41wPczwOg
http://www.youtube.com/watch?v=Mwp8uoKEmi4
a magda mayas foi aluna do misha mengelberg, calculo que ele deve ter tido um grande papel no desenvolver da linguagem dela tão cedo. o heartland é imenso mesmo :)
já tenho o master do disco que te falei e está enormissimo tb.
ainda não tive tempo para os menance ruine...
que VA é essa? tenho uns 10-15 lp's que desenterrei este fds de field records + musica tradicional e folk portuguesa arcaica para ouvir...
recomendo-te que oiças este: http://www.folkways.si.edu/albumdetails.aspx?itemid=921
e se andares com muita vontade, o publico está a lançar as segundas a filmografia toda do Michel Giacometti, já sairam os 2 primeiros tho..
menace ruine e dos meus discos do ano. acho fabuloso...vao estar no roadurn. ao vivo deve ser uma viagem daquelas...
Ouvi só o de Intronaut. Gostei imenso. Ouve o novo de General Lee André. Está exelente
Nunca achei Intronaut muito ligado às malhas dessa "droga" (de agora!!) que é o post. Sempre achei uma banda muito mais virada para o metal progressivo com toques de sludge. Este álbum terá sido culminar disso mesmo, tal como dizes. Mas rótulos à parte este álbum está do caralho!!
Tá fixe Adriano? Passou-me ao lado...
João, a editora é francesa creio mas não há muita mais info disponível. Tenho que te passar isto.
Quanto à Maya, acelera isso!!!
Vais ao Roadburn, Tiago? Por falar nisso, os bilhetes já esgotaram, não?
Leandro: nem mais!!
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