THORNS: Elite do Vazio Estelar.
Enquanto todos nós sabemos que o padrinho do bm norsko foi o Camarada Euro - o moço dos Mayhem que sabia a potes de marketing, louvava Ceaucescu em entrevistas, deu meia dúzia de tabefes a meia dúzia de adolescentes borbulhentos que tocavam déss métal para passarem a ser servos d'Aquele com Cornos, recorria a mão-de-obra escrava sueca, tinha uma gosto de vestuário bastante duvidoso (sem falar no bigode à dartacão - lamento imenso, hipsters) e andava a gravar ensaios das mesmas músicas desde o Deathcrush até ao DMDS - mas, arrisco-me a dizer, o verdadeiro criador do estilo norueguês de riffs d'O Grande Bode (aqueles tremolos piquings dissonantes e raio que o parta, de que eu pouco entendo mas reconheço a milhas) foi mesmo o Snorre W. Ruch com aquilo que fez entre 1989 e 1991 nas demos de Thorns.
Se não conseguem dar particular pertinência, podem sempre pegar na vossa pasta de mp3 e compararem a Lovely Children com a From the Dark Past. Surpreendidos? Na verdade, antes de ter sido chauffeur do Varg na noite dos canivetes longos, ele ainda foi segundo guitarrista de Mayhem aquando do De Mysteriis Dom Sathanas (assim como o(s) baixo(s) que se ouvem nesse disco são os mesmos que o Varg originalmente gravou). Portanto essa grandiosa obra de arte musical não veio só da cabeça do eurodancenymous nem das letras transilvanianófilas do Morto.
Muito por culpa disso, e por ter chibado o VV, passou os anos seguintes numa hotel de luxo norueguês cadeia e, mal se apanhou cá fora, pegou em material das demos e deu-lhe um toque Século XXI, no split com Emperrador.
Não satisfeito, convidou a ainda a elite dos mestres estelares (o pintas do Sapyr, o nosso já conhecido Aldrahn e o vidal sassoon Hellhammer) e lançou o auto-intitulado álbum de estreia, brindando-nos com uma frieza cósmica de riffs e batidas severa e clinicamente executadas, em ritmos rápidos e arrastados, que nos sugam a alma para o vazio e nos ligam directamente a Deus.
Entretanto anda por aí em exposições de arte com banda sonora espinosa e mais não sei quê, o 2º álbum está em fila de espera desde há uns anos.
1 Comments:
Lembro-me perfeitamente de ter visto uma critica muito boa ao disco quando este saiu, mas quando tive a oportunidade de o ouvir passou-me completamente ao lado...
Muito mais tarde ouvi-o outra vez e gostei muito! É um belissimo disco e todos os anos aguardo o lançamento do novo, que já está a demorar o mesmo tempo que o primeiro, sendo que desta vez o senhor Snorre não está preso...
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