Ulver - Shadows of the Sun [2007]
Se há algo a que os Ulver nos habituaram desde sempre foi a esperar o inesperado. O percurso desta entidade é tão peculiar e singular que se torna redundante tentar compará-los a outros projectos ou tentar enquadrá-los dentro de algum género. Têm sido exímios exploradores de diversas paletes sonoras e artífices de ambientes envolventes e intrigantes, que em Shadows of the Sun conseguem ser particularmente arrepiantes. Muito mais intimista do que o esquizofrénico Blood Inside, podem-se notar inspirações na música clássica e em música de câmara. Logo nas primeiras notas do disco que seguem como em extensão cinemática de Svidd Neger numa toada muito frágil e serena, com um órgão em drone pesaroso a ser gradualmente acompanhado por orquestrações que ecoam uma melancolia arrasadora sob o comando da voz solene de Garm. Tal como a press-release anunciava muito "low-key, dark and tragic". O 2º tema - All the love - introduz novas variáveis, nomeadamente o saxofone e a bateria, mas a panóplia de recursos usados é enorme e por todo o álbum vão surgindo pequenos apontamentos de diversos instrumentos de sopro, corda, percussão, teclas, e ruídos/efeitos electrónicos. A componente electrónica é bastante mais reduzida do que em trabalhos anteriores, e também usada muito subtilmente, como acontece com a contribuição dos glitches e white noises de Fennesz em Vigil. Mas são estes pequenos toques artísticos e as pequenas nuances que enriquecem e adensam as composições que assentam em fundações de concepção minimalista. Aquele Sax que conduz a soberba interpretação de Solitude dos Black Sabbath... Há muitos pormenores para descobrir, muitas texturas, muito sentimento, e também há classe, muita classe!
11 Comments:
andei indeciso durante uns tempos se o havia de sacar ou não e até agora está a ser uma grande surpresa. ainda não ouvi vezes suficientes mas é provável que daqui a uns dias venha aqui deixar um comentário do género "que grande álbum..."
o primeiro tema é do caraças...
Tava a ver que não... Pois é, do caraças mesmo ;-)
Excelente review Crest. Já sabes que adoro Ulver, pelo menos tenho mantido esta opinião ao longo das mutações sonoras da banda. Irei ouvir este disco e de certeza que vou gostar! \m/
Inda n aprendi a lidar com ulver, e so agora os comecei a ouvir, n conheço nada da sua fase black metal.Vou ter de dar mais atençao a este album e ao blood inside.
Quanto a review do concerto de dimmu borgir, n tenho mt jeito pa escrever, e ultimamente a eng.civil n me tem dado mt espaço, ate curtia tentar escreve-la, mas de momento n consigo tenho msm mts trabalhos, pode ser que va a algum concerto interessante num futuro proximo e que voces na e quem sabe eu possa dar o meu contributo.
a fase black metal tb e boa :) ha uma cena portuguesa muito inspirada em ulver, arcturus etc..do ivo conceição ja nao sei se era os biogeneticsun se outros k nao me lembra o nome depois confirmo :)
era sim
pedro: ai de ti que não gostes :-p
biogeneticsun? Nunca ouvi falar :-s
myspace.com/biogeneticsun i think
que grande...
E vão editar o 1º álbum e tudo.
Influences: Lovage, Blasted Mechanism, Portishead, Ulver, Arcturus
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