06 janeiro, 2010

Os helicópteros de Stockhausen


"Stockhausen proclama o desejo de apropriar os ruídos do mundo na sua música, em última instância encarando (ou habitando) o mundo como uma gigantesca composição musical. Tal atitude atribui ao artista um estatuto que, em tudo e por tudo, contraria a imagem "tradicional" do eremita mais ou menos fechado no seu território criativo. Stockhausen encara o mundo, não como o receptáculo da sua arte, mas sim como o território que importa ocupar, devolvendo-o à singularidade dos gestos artísticos. Músico, arquitecto, visionário."
João Lopes in DN

4 Comments:

At 6.1.10, Blogger António M. Silva said...

ele que disse que o 11 de setembro foi a maior obra alguma vez composta pelo homem.

 
At 7.1.10, Blogger ::Andre:: said...

Não sabia, mas também não duvido. Imagino o desiludido que ele deve ter ficado por a Al Qaeda não o ter contactado para fazer a banda sonora :P
Mas gosto muito do gajo, estou neste momento a ouvir o Kontakte.

 
At 7.1.10, Blogger Crestfall said...

Singular, sem dúvida alguma. Interessante? errr.

 
At 7.1.10, Blogger ::Andre:: said...

Singular e interessante Crestméne. O Stockhausen questionava-se muito sobre o som, a sua natureza e possibilidades e aquilo que podia ser feito. Por vezes demorava anos (décadas até) a completar um trabalho, mas deixou uma grande marca e foi pioneiro em muitos aspectos que hoje encontramos na música. Esta peça em concreto foi um sonho que ele teve em que imaginou quatro helicópteros a andar às voltas com um músico lá dentro e o público cá em baixo assistia ao resultado em directo através de colunas e ecrãs. Foi um desafio e ainda hoje, mesmo sem a sua presença, lá vai acontecendo aqui e acolá. Este video é de Janeiro, Roma.

 

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