Rapidinhas
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Sou fã do trabalho do Nate Young, sobretudo como elemento dos Wolf Eyes, mas se acompanhasse tudo o que faz acabaria por perder o entusiasmo. Neste projecto com Steve Kenney (Hatred, Isis & Werewolves), a dupla explora sintetizadores partidos e meio avariados para criar um drone também ele meio avariado (elogio). Dizem que ao vivo é que é…
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Que jarda! Apanhar-me a ouvir grindcore é um momento raro, mas raro também me parece ser este álbum dentro do espectro que é. É sujo, é duro, é rabugento e muito acessível ao mesmo tempo. Para fãs de Nasum, Mistress, Napalm Death… E todas as bandas da vossa colecção. Sim, todas! Um gajo com bom gosto vai reconhecer que este é um álbum do coiso. Ah, e não aconselhado a meninos!!
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A Hidden Hive anda numa de juntar bandas/ músicos à lá In the Fishtank. O casamento aqui é perfeito, as vozes de Fog acariciam as guitarras típicas de Broadrick levando as suas composições para outro nível. Imaginem Jesu para fazer o amor, pena não ter mais que oito minutos. Doomgaze!
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Enquanto me preparo mentalmente para devorar a caixa – Necro Acoustic - que acabou de ser editada, e porque o Drumm apesar de mencionado aqui e acolá nunca teve uma crítica (salvo seja) aqui no tasco, rodei este disco recentemente numa curta viagem de trabalho para me relembrar do essencial que é em qualquer prateleira. Apesar de outros grandes registos na sua obra, é aqui que encontramos o seu trabalho mais completo. Tal como o nome sugere – e por aí fora poucos são aqueles baptizados com o nome ideal – uma autêntica emanação pura e infernal. Repito: essencial!
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Nasceu em Damasco na Síria em ‘81, a sua família é iraquiana e vive em Londres onde foi levado pelos pais aos 9 anos de idade. Nunca esqueceu as suas raízes, mesmo antes de emigrar já sentia o fascínio da sua cultura e hoje em dia dedica o seu tempo à investigação sobre a música no Médio Oriente e ao seu alaúde. Khyam Allami vai dar que falar e estes dois temas com o percussionista italiano Andrea Piccioni estão lindíssimos. É uma questão de mente aberta, de disponibilidade. Saquem-no gratuitamente no próprio site do Khyam.
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Trio finlandês numa espécie de kraut ora num ritmo contagiante ora numa onda mais cinemática. Tem os seus momentos bons - 18 Hours (of love) por exemplo – e chega a divertir, mas assim que o álbum acaba fica a sensação que algo importante está a faltar. É o debut, talvez no próximo.
2 Comments:
Fukpig!! É isso tudo, sujo e acessível. É grind mas com cheiro a crust punk e rockalhada desenfreada, yeahhh \m/
E a lead de homenagem aos Maiden no 3º tema? :D
Do resto não conheço mai nada.
Tenho de checkar fukpig!
Concordo com tudo o que disseste sobre o disco do Kevin Drumm, o noise nunca foi tão bom!
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