"E clamou com grande voz, como quando ruge o leão. Tendo clamado, os sete trovões fizeram soar as suas vozes”
Depois do magnifico album de Rorcal, surge por aqui mais uma banda pronta a mover os alicerces do atual movimento Post-Sludge e mexer um bocado com a nossa cabecinha, ou por outras palavras mais musicais, juntam o poder do drone mais ambiental com descargas de Sludge bem extremo.
Bem, não direi extremo ao ponto de uns Argentinum Astrum, nem de uns Overmars, mas a linha é um pouco a mesma embora aqui este quinteto americano pegue mais no legado mais basico do Doom e lhe adicione texturas mais atuais, ligeiramente mais progressivas e um pouco mais planantes, como se uma banda como Ketea ou Lesbian chocasse de frente Grief e depois lhes caísse em cima uma trovoada de EHG ou algo parecido..
Som duro e muito á base das guitarras e amplificadores onde se vão envolvendo diversos samples e sons que vão desde o feedback mais arrastado até ao dissonante som de violino, mostrando que aquilo que Roareth aqui nos oferece é uma autentica jornada por entre electrizantes pontes mentais e devaneios musicais que ora entram no lado mais divagante do Post como de seguida nos atiram sem dó nem piedade para uma espiral bem lamacenta de Sludge|Doom, gerando um estado de alma bem interessante para se ir acompanhado ao longo de uma hora de experiências laboratoriais bem pesadas e agrestes.
Musicalmente a banda é bem acima da media, já que os seus elementos conseguem criar e estando cada um no seu sitio, um som bem cheio e poderoso, embora não seja original (é certo) consegue cativar deste o primeiro minuto até ao ultimo segundo deste trabalho, sendo que a forma como conseguem subjugar os mais variados estilos musicais e lhes dar um toque pessoal é algo assumidamente bem conseguido.
Desolador sobretudo nas paisagens mais ((vibrantes)) mas ao mesmo tempo tempestuoso no lado mais agressivo, este unico tema é de facto um vendaval de excelência pelo meio daquilo que de melhor se vai fazendo dentro deste estilo musical e uma das coisas mais bem conseguidas que ouvi nas ultimas semanas do genero.
Mesmo sem o lado mais caotico que muita vez se associa a este estilo (e onde muitos por vezes se perdem), a banda consegue que as texturas mais naturalistas se envolvam e enquadrem no quadro que conseguem pintar ao longo destes Actos, tornando-as tão sufocantes quanto libertadoras.
Pode parecer um contra-senso usar tudo isto, mas se querem tirar conclusões escutem e sintam o vosso corpo a ser levado pelo vento deixando-vos á beira de um precipicio...para de seguida serem engolidos por um eletrizante tornado!
Uma excelente surpresa sem duvida!
5 Comments:
quem são? :x
Banda: Roareth.
Album: Act I-VI
thanks mate :) gostei, já agora, tanto disto como de borgne!
andas a ler o apocalipse?
A Biblia sempre foi uma enorme de inspiração...em todos os sentidos!
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