Sobre o Outono
Hoje escrevo aqui com delay de um dia, mas, felizmente, não devo fazer repetições. Espero que umas reverberações aqui e ali, talvez com modulação, depende do estado em que estão ao ler as linhas que seguem.
O outono chegou, oficialmente. Com ele, foram-se as paixões fugazes de verão, inexplicáveis mas incrivelmente bonitas, sempre com aquele toque especial do lo-fi. Não devo ter grande interesse em reouvir Washed Out, nem em pegar mais no que quer que Austra venha a fazer até ao próximo verão, e acho que só me vou querer lembrar do groove especial com que os Zechs Marquise se despediram do calor.
Visto que esta semana já fez o frio estalar os ossos, é impossível não pensar nos amores (musicais) que chegam para nos aquecer nos tempos difíceis, nem que seja com uma verdadeira amostra de tough love à boa moda do doom de pesca de arrasto, ou do drone sobredotado. Uma dessas bandas que descobri em pleno Dezembro de 2010 e que este ano já lançou um novo registo são os brasileiros Sobre a Máquina. E, neste mesmo ano, vão jogar muito bem no tempo frio.
O que quer que estejam a fazer, fazem-no com drone, um toque de post-rock, outro de electrónica-industrial, e agora até decidiram acrescentar um pouco de kraut à mistura. Uma receita pesada, urbana, mas que não faz mal aos estômagos alheios. Ou, vá, a mim nunca me causou azia. Eis um vídeo do quarteto, com uma perninha de saxofone e uma grande mão de experimentalismo:
O melhor, é que todas as suas edições estão disponíveis para download gratuito AQUI. Quem é que não gosta de música de borla?
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