Rapidinhas...
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Nascida em 1893, Elizabeth Cotten foi uma autodidacta que aos oito anos aprendeu a tocar guitarra dando escapadelas ao quarto do irmão sempre que ele não estava. Não sendo destra, Cotten lá se desenrascou virando a guitarra ao contrário acabando por desenvolver um estilo muito próprio que só viria a ser descoberto cerca de quarenta anos mais tarde pois aos doze foi obrigada a trabalhar como doméstica e três anos mais tarde já tinha o primeiro filho. Felizmente, o seu patrão apercebeu-se das suas qualidades como guitarrista lançando o seu primeiro álbum cujo single “Freight Train” escrito aos doze anos foi top 5 no Reino Unido. A partir daí, Elizabeth Cotten tornou-se numa das figuras mais importantes da folk. Bob Dylan ou os Grateful Dead fizeram covers, John Fahey roubou-lhe tiques, e malta como Devendra Banhart provam que o espírito e intemporalidade da sua música continuam entre nós. Vale a pena descobrir a música e a vida desta Senhora, uma lição.
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Os Fushitsusha foram uma das bandas mais emocionais e criativas da cena japonesa que tinha como o seu mentor uma figura proeminente e inesquecível: Keiji Haino. Descrever o seu som não é fácil, mas pensem em ruído apaixonado e silêncio derramado. Música contemplativa e assombrosa, som na cauda do “japanoise”.
Este álbum ao vivo cujo título não consigo traduzir é (mais) uma prova da inconvencionalidade e da pureza da Música como forma de arte. É também História, é viajar dos sessenta com os Taj Mahal Travellers e os New Direction Unit (em breve falo de Masayuki Takayanagi), passar pelos Acid Mothers Temple e Ghost até a Zorn e aos Sonic Youth. Se estas palavras vos despertaram algum interesse, sugiro que comecem pelo duplo “Live II” e deixem-se levar…
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Tiago Teixeira escreveu via mail:
"Um projecto americano do texas, com grande flow psicadélico, drone e um cheirinho a blues, faz lembrar Earth. Experimenta, não te arrependes." Tinha razão, não me arrependi...
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Falei do Iancu aqui. Esta rapidinha é mesmo só para realçar que a sua esposa Ana-Maria Avram é tão boa quanto Dumistrescu e esta colaboração é uma prova disso. É pena é não se encontrar grande informação na net. Se alguém souber que apite, estou interessado.
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A PSF é a melhor editora japonesa, ponto. É verdade que conhecer todo o seu catálogo desde oitentas e tal seria uma aventura vitalícia, mas de vez em quando lá vou eu espreitar uma ou outra coisa só por ter o carimbo PSF. Foi o caso de Kazuki Tomokawa e o seu acid-folk. Interessante álbum do ponto de vista cultural, aprendemos algo com a sua maneira idiossincrática de cantar logo ao primeiro tema. Não é algo que rode muitas vezes, mas talvez venha a pesquisar mais sobre a vida deste senhor.
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Tenho a Ipecac em muito boa conta, se tenho, mas esta nova banda do ex-Mr.Bungle Trevor Dunn…. Não queria chamar-lhe “banhada” pois a culpa é provavelmente minha, mas se já ouviram p.f. convençam-me a dar-lhes uma nova oportunidade.
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E se a nossa avó assim de um momento para o outro começasse a compôr belos temas e a gravar discos? Malvina Reynolds, avó de alguém certamente, editou o seu primeiro álbum aos sessenta e picos. Não é que nunca tivesse demonstrado interesse, mas uma vida de “perseguição” (estamos a falar duma família judaica a viver na América e contra a primeira guerra mundial) aliada à época da grande Depressão onde judeus e mulheres dificilmente arranjariam trabalho levou a que a música tenha aparecido como forma de protesto e revolta numa campanha política onde Malvina acabou por tocar um tema seu ao vivo. Foi o início de uma carreira tardia, mas ainda a tempo de deixar a sua marca e temas como “Little Boxes” que todos nós conhecemos da série Weeds.
Escrever sobre um álbum que ainda não ouvi, aqui vale mesmo tudo. Tenho o Fennesz em grande conta tal como estas edições únicas da In the Fishtank, mas não ando com pica para este tipo de sons e talvez precise de algum entusiasmo. Se já ouviram digam-me coisas.
12 Comments:
André,
Deixa-te do fennesz e pega no último de Ben Frost. Esse sim, album do ano na sua categoria :-)
http://www.myspace.com/theghostofbenfrost
Bujarda equivalente ao último de converge só que mais viciante :)
E coisas de homem andré? HOMEM!!
Grande Elisabeth Cotten
Muita coisa interessante. Sobretudo as senhoras.
gostei de ler
pedro nunes
Estou de acordo com o primeiro comentário.
André... deixa-te do Fennesz!!! Já lá vai o tempo em que ele era o Jimmy Hendrix do Laptop.
E este disco é bastante fraco.
Fushitsusha.
Só descubro coisas boas aqui :)
Luís, define "coisas de HOMEM" p.f. :P
Coisas de HOMEM andré! Coisas de HOMEM!!!
Quanto a Madlove: ouvio-os no atp e fiquei mais ou menos com a opinião que escreveste. Não me suscitou interesse em ir ouvir em cd.
Fushitsusha chega para assustar muitos homens de barba feita ;)
ouvi por alto madlove e não me deu vontade de repetir, mas mesmo assim props po trevor dunn por ter as balls pa fazer o que lhe apetece
Não têm todos? Pelo menos dentro deste universo acho que todos fazem aquilo que gostam..
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