Saramago
Mal os telejornais avançaram com esta triste info irritou-me ver que cada canal se dirigia a José Saramago como o Nobel isto e o Nobel aquilo. O Saramago não era Nobel nenhum, o Saramago foi um grande escritor, dos melhores que alguma vez tivemos e o "Ensaio..." não foi o seu único grande livro.
Desliguem a tv e partilhem aqui os vossos livros preferidos, com que trabalho o conheceram, momentos (a deliciosa polémica sobre o Caim, por exemplo), etc etc. R.I.P.
11 Comments:
Hm... O meu livro preferido foi talvez o Evangelho. Mas acho que o que mais admirava, mais do que a história, era a maneira como a contava.
Um escritor que gosto bastante. Falta-me pouco para ter todos os romances.
peace.
Pedro Nunes
Conheci com o Memorial do Convento (obrigatorio na escola) e quase ao mesmo tempo com As Intermitências Da Morte!
Um génio na escrita!
Portugal precisava de mais pessoas como este génio polémico e corajoso. Adorei tudo que li dele, e gostei muito deste último "Caim". Acima de tudo gosto e admiro a linguagem utilizada por ele. R.I.P. José Saramago, estamos contigo
Não me faz confusão apenas comichão, mas o homem acabou de morrer e a Fnac já colocou no seu site um separador só com livros do Saramago. Todos sabemos que quando alguém morre as vendas disparam, deve ser isso que me faz comichão.
O meu primeiro contacto com a obra de Saramago foi com O Homem Duplicado em 2004.
Abri o livro numa página à sorte e depois de ter finalizado um parágrafo apenas, tive que o trazer comigo.
Foi uma surpresa descobrir que Saramago tinha uma escrita tão genial e inteligente. Sinceramente não imaginava que assim fosse, pois apesar de perceber algumas das razões das declarações que fazia, e posições que tinha, conseguia por vezes roçar a ignorância.
A partir desse momento comprei todas as obras que se seguiram de onde destaco As Intermitências da Morte que achei deliciosa.
Um dos poucos artistas portugueses que teve a coragem de dizer as verdades que doem...
Tal como muita gente comecei a conhecer Saramago pelo Memorial do Convento. A polémica em relação ao último livro, o Caim, foi desnecessária e rídicula, mas que traduz o pensamento do povo que recebeu o Papa da forma que se viu.
Admiro-o em quase todos os aspectos, até mesmo no seu 'duvidoso' patriotismo, pois se um ministro da cultura tivesse vetado um prémio europeu de literatura a uma obra minha, faria o mesmo que ele, sentia vergonha do meu país...
Como o Filipe Santos disse, vai faltar (e falta) muita gente com o carisma de Saramago em Portugal!
Descansa em Paz!
Intermitências da Morte é genial.
Mas aquele livro que eu só queria mesmo saber como é que acabava foi o "Homem Duplicado". Depois de ler o fim só me lembro de ficar completamente parvo com a frase que lá estava escrita. Magnífico.
Não há um livro de José Saramago que não goste.
"A polémica em relação ao último livro, o Caim, foi desnecessária e rídicula"
Para além de ser a sua opinião (logo nunca rídicula), creio que também foi uma bela estratégia de marketing. Concordas?
Dcp André responder so agora :\
Eu penso que nao foi uma estrategia de marketing sequer, pois o que Saramago disse na altura não foi nada de mais impressionante com o que ele desde sempre afirmou...
Mas pronto, o contexto em que o disse talvez tenha ajudado à polémica...
O Saramago é muito querido e estudado aqui no Brasil. Sua leitura costuma até ser obrigatória em muitos vestibulares de acesso às Universidades. Sem dúvida, um grande escritor. RIP.
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