22 março, 2011

Poetry as insurgent art

I am signaling you through the flames.
The North Pole is not where it used to be.
Manifest Destiny is no longer manifest.
Civilization self-destructs.
Nemesis is knocking at the door.
What are poets for, in such an age?
What is the use of poetry?
The state of the world calls out for poetry to save it.
If you would be a poet, create works capable of answering the challenge of apocalyptic times, even if this means sounding apocalyptic.
If you would be a poet, write living newspapers. Be a reporter from outer space, filing dispatches to some supreme managing editor who believes in full disclosure and has a low tolerance for bullshit.
Through art, create order out of the chaos of living.
Question “God” and his buddies on earth.
Be subversive, constantly questioning reality and the status quo.
Lawrence Ferlinghetti “Poetry as Insurgent Art”

Aproveitando o facto de ontem se ter celebrado o Dia Mundial da Poesia, e de depois de amanhã (dia 24) Lawrence Ferlinghetti celebrar os seus 92 anos, queria perguntar qual a “importância” da poesia na vossa vida. Isto é, se são leitores habituais ou não, se sim quais os autores que mais “mexem” convosco e, para aqueles que por aqui param e também escrevem, o que vos influencia, literáriamente ou não, e vos leva a escrever.

6 Comments:

At 22.3.11, Blogger Tiago said...

Por acaso poesia não é o que mais leio, mas gosto muito de um Oscar Wilde ou vários autores portugueses. É engraçado que já passei mais tempo a tentar escrever poesia que propriamente a lê-la.

Já agora, para amantes do Porto como eu, deixo aqui as belas palavras que o José Luís Peixoto usou, que podem honrar a cidade do Porto.
É só aceder ao seu site, aqui: http://www.joseluispeixoto.net/. É logo o último texto.

 
At 23.3.11, Blogger ::Andre:: said...

Tiago, coloca aqui o texto para os apressados como eu.

Quanto à poesia, conheço aqueles nomes que toda a gente conhece mas até hoje, e embora aprecie o potencial do género, não me seduzi o suficiente para explorar os autores que possam eventualmente "dar-me" algo. Aceitaria sugestões tuas, Jorge. Aliás, gosto muito dos teus poemas.

 
At 23.3.11, Blogger jorge silva said...

Tiago: não fazia ideia dessa "loucura" do José Luís Peixoto pelo Porto.
E das vezes que tentavas escrever o que te levava a fazê-lo? Consegues explicar a necessidade, o ímpeto?

André: antes de mais, obrigado pela parte que me toca.
Nomes, é sempre uma questão e tanto. Eu geralmente deixo-me ir um bocado à deriva e apanhar o que me surge e desperta algo. Foi assim que fui ter ao Antero de Quental, à Sylvia Plath, à Sharon Olds, ao Al Berto (um dos meus portugueses mais recentes preferidos, junto com o José Luís Peixoto). Foi em conversa, há já muitos anos, que me aconselharam os clássicos Blake, Rimbaud e Baudelaire. Foi fruto do acaso, ao ler um artigo, que "descobri" o Ginsberg e o Ferlinghetti. No meu blogue tenho uma coluna com a sugestão de vários autores, não necessariamente poetas, mas isto é como tudo, o que pode ser importante para mim pode ser banal para outra pessoa.

 
At 23.3.11, Blogger Tiago said...

André: Eu não colei porque é um tanto grande para se calhar meter aqui, é só acederes ao link e é logo o texto mais recente.

Jorge: Eu tinha uma ideia, sempre que fui a apresentações de livros dele no Porto, sempre demonstrou uma grande simpatia pelas pessoas e a cidade. Mas isto é uma declaração, sem dúvida. :)

Quanto ao que me levava a escrever é um tanto simples e complexo de explicar. Por um lado vejo isso como uma forma de me conhecer a mim próprio enquanto pessoa, desde ao processo criativo, conhecer as capacidades e limitações. Mas acho que a razão mais forte foi o facto de ser uma forma de desabafo, libertação espiritual. Tudo o que seja expressão de emoções faz uma pessoa sentir-se melhor, penso eu.

Vou procurar ler algumas das tuas sugestões, já agora!

 
At 23.3.11, Blogger jorge silva said...

Escrever coisas à pressa durante a hora de almoço dá nisto. Quando recomeço a trabalhar só penso “eich! Como é que me fui esquecer deste!...e daquele!...” Deixa cá ver agora se me emendo um bocado.
Herberto Helder (estou-me a dar estaladas por me ter esquecido deste), Fernando Pessoa e heterónimos (que vergonha, só aí há um mundo!), Maria Teresa Horta, Jorge de Sena, Manuel Alegre (esqueçam o político), Walt Whitman (quem já viu o “Clube dos Poetas Mortos” ouviu falar dele), Heiner Müller (escrevia principalmente para teatro, mas principalmente um poema dele foi uma descoberta para mim).
Apesar de não ser grande adepto de compilações, de uma maneira geral, por vezes são uma óptima forma de conhecer uma série de autores de uma só vez, para depois aprofundarmos aqueles que mais nos interessaram. Nesse campo, há uma muito boa compilada pelo Jorge de Sena intitulada “Poesia do Século XX”.

Tiago: revejo-me completamente nessa ideia de desabafo/libertação. Eu não sou uma pessoa que escreva intensivamente, isto é, mão me marco horários para tal, mas tenho memomentos em que se começa a tornar uma necessidade, e aí é seguir a maré...

 
At 24.3.11, Blogger Tiago said...

Jorge: Nem eu, Jorge, nem eu. Sou capaz de passar uns meses sem escrever. É só quando há mood para isso, e quando há, é como dizes. É seguir a maré.

 

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