13 maio, 2011

Michael Massaia

O Michael Massaia é um fotógrafo norte-americano que parece ter nascido no tempo errado. Apesar de completar em 2011 apenas 33 anos de idade, ele cria o seu trabalho recorrendo a máquinas de grande formato (aquelas coisas enormes em madeira, com fole), sendo as suas fotos, como o próprio define, “true one shot”. Ele faz o seu trabalho depender inteiramente do momento do registo, sendo que a única técnica que ele usa posteriormente é o controlo do tempo de exposição das diferentes áreas da fotografia, conseguindo assim um efeito semelhante àquilo que hoje costumamos chamar de HDR, ou fotografia de alta gama dinâmica.
O resultado final são impressões de Paládio/Platina, com uma técnica que o próprio desenvolveu, e que é capaz de produzir aquilo a que se chama uma impressão que dura “para sempre” sem sinais de deterioração.
A técnica de impressão a que ele recorre, devido aos seus vários passos, faz com o processo demore duas semanas a estar completo.





Para mais trabalhos visitem o seu site.

9 Comments:

At 14.5.11, Blogger Scometa said...

Acho que para um bom fotógrafo a diferença entre o analógico e o digital é como a diferença entre um amplificador a válvulas e outro a transistores. E essa diferença é alma.

 
At 14.5.11, Blogger jorge silva said...

Apesar de fotografar em digital, é um facto que para mim o grão do filme preto e branco continua a ter um apelo extremamente sedutor. Tenho, no entanto, consciência de que, apesar de ter perdido a parte do "como será que saiu a foto?!", o digital fez-me desenvolver muito mais, por ser mais económico e também por eu poder ter mais controlo sobre o produto final.
O que eu acho também que se passa muitas vezes é que, de uma maneira geral, se passou a esperar que todas as imagens digitais teriam de estar absolutamente nítidas, focadas, definidas; mas ao analógico dão um certo "desconto" (veja-se o que se passa com as LOMO) e é nesse "desconto" que muitas vezes reside a mística da coisa (é como o caso do som começar a "quebrar" com a utilização de válvulas).

 
At 14.5.11, Blogger Ricardo said...

O jorge silva não só disse algo interessante como de certa forma muito verdadeiro.

Pessoalmente é uma guerra que nao faz sentido para mim. Cada um tem os seus prós e contras e o até hoje não há nada que mais goste de ver do que o bom fotojornalismo a analógico a preto e branco.

Agora nota-se um certo revivalismo do Analógico, mas infelizmente o que vejo mais é hypsters a tirar fotos com cores, foco e brancos deliberadamente incorrectos (isto é subjectivo claro) que vivem deste analógico manhoso.

A proposito do topico, fotografo interessante como todos os que têm vindo a postar. Pessoalmente aprecio o trabalho do português Rui Palha e do françês Julien Legrand.

 
At 14.5.11, Blogger Scometa said...

Eu não falei em guerra. Há muito boa fotografia digital, é certo. Mas há sempre uma certa mentira na fotografia digital, uma fotografia que não desculpa o erro, que procura a "perfeição" das formas de capturar a luz. A fotografia analógica permite o erro e abraça a imperfeição, e sentes isso tudo lá. Como com os pedais de efeitos analógicos e aquilo a que chamamos "corpo" ou "calor" que no efeito digital normalmente se perde. Mas claro, há quem goste mais do digital do que do analógico e isso é perfeitamente aceitável. Isto é só a minha opinião pessoal :D

 
At 14.5.11, Blogger Scometa said...

E sim V, o revivalismo arruinou a alma da fotografia analógicca, porque o hipster vai e compra uma câmara retro, tira uma foto meio desfocada a uma pomba a cagar na estátua do marquês, mete no facebook a dizer que foi tirada com uma Canon AE-1 de 35mm e já é grande ena.

 
At 14.5.11, Blogger Ricardo said...

Este comentário foi removido pelo autor.

 
At 14.5.11, Blogger Ricardo said...

Nao estava a dizer que tinhas sido tu a falar em "guerra" :D e acho que tens razão em tudo o que disseste. Relativamente à musica aí sim, prefiro o som do analógico de longe.

ohibernaculo.wordpress.com

 
At 15.5.11, Blogger jorge silva said...

V: obrigado pelos comentários e por me "apontares" para o teu blogue. Já andava à algum tempo para espreitar o trabalho do Rui Palha e gostei de ficar a conhecer o Julien Legrand (eu gosto imenso de street photography).

Quanto à cena do analógico: confesso que tenho pena de ter a minha Yashica Electro parada (a lente é bestial) mas a questão económica, e também as facilidades que o digital me dá, sobrepõem-se a tudo o resto. Mas é um facto que o analógico actualmente chega a ser mais uma cena "hipster" que qualquer outra coisa (há excepções, claro), é só dar uma voltinha pela Rua Miguel Bombarda em dia de inaugurações das galerias e ficas a perguntar-te donde saiu tanta máquina analógica. Desde "brigadas" LOMO a pessoal a ostentar relíquias com 30 ou 40 anos e até Polaroids, é uma farturinha!...

 
At 15.5.11, Blogger Susana Quartin said...

Estive a ver as fotografias no site e gostei muito :).

 

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