O cinema no Porto é um filme parte II
Quando me queixei da saída de 80% da Medeia apresentando (fracas) alternativas, não me referi - nem era objectivo - ao cinema mais irregular mas igualmente interessante. Desde os pequenos grandes festivais como o Curtas em Vila do Conde até às sugestões que seguem em baixo, o problema é, repito, a regularidade. Ou a falta dela.Hoje, por exemplo, há o segundo filme do ciclo de Orson Welles na biblioteca do Palácio. A entrada é livre, o horário é que não é para todos. Mais info aqui. À noite, no Passos Manuel, há o documentário Via de Acesso. Info aqui. Já amanhã na Casa Viva há Cinema Mudo, trabalho de campo de João Cardoso junto de uma pequena comunidade africana existente no bairro muçulmano da Velha Jerusalém. O João vai estar presente e depois da projecção haverá debate. Info aqui.
Têm outras sugestões para dar? E o pessoal do sul tem ido ao cinema ver o quê?
posted by ::Andre:: @ 15.7.10
5 comments
5 Comments:
Epah isto com exames nem para o cinema se tem dado para ir...
Eu fui ontem ver o novo do Roman Polanski.
Filme engraçado, mas longe da melhor forma do realizador...
Excelente iniciativa:As próximas noites de terça-feira no Teatro do Campo Alegre vão ser preenchidas com “filmes que não se esquecem” e que nunca é de mais vê-los. De novo, ou (sempre) pela primeira vez. Serão as TERÇAS-FEIRAS CLÁSSICAS DO TEATRO DO CAMPO ALEGRE (retomando um título de célebres terças de outros tempos, com filmes de outros tempos, que serão sempre de todos os tempos).
Ainda no mês de Julho, e depois da exibição de L’Atalante de Jean Vigo na passada terça, em homenagem a Henrique Alves Costa no centenário do seu nascimento, continuamos nos anos 30, com 2 filmes de Josef Von Sternberg com Marlene Dietrich “a imagem animada de uma mulher [que] é a imagem da anima do seu criador.” [João Bénard da Costa, Os Filmes da Minha Vida, 2º vol].
No próximo dia 20, às 22h, será exibido DISHONORED / FATALIDADE (1931). Na semana seguinte, a 27, THE DEVIL IS A WOMAN / O DIABO É UMA MULHER (1935).
O Nun'Alvares está a exibir até dia 21 de Julho na sessão das 21h30 o Shirin do Kiarostami. Finalmente mostram alguns tomates.
O Nun'Alvares ofereceu-me um bilhete para o Shirin no meu aniversário. <3
Eu não acho que haja assim tão poucas actividades relacionadas com cinema... Para além de tudo o que foi referido no post (tenho de ressaltar a incrível organização do Curtas, que até serviço de babysitting e transporte grátis para o Porto depois da última sessão ofereciam), recordo que tivémos recentemente o Festival Internacional de Curtas Metragens do Porto. Decorreu no pequeno auditório do Rivoli, e a entrada era completamente livre. Bem sei que para muita gente era impossível ir às sessões da tarde, mas não consigo deixar de ficar chocada com o facto de numa das tardes eu ser a *única* pessoa na sala.
O que me parece é que há um desinteresse geral, e que cada vez mais no Porto as massas se deixam levar por modas. Acho que pouca gente tem noção do quão privilegiadas são em morar na segunda maior cidade do país, que tem, apesar das suas reduzidas dimensões e de uma série de outras condicionantes, uma oferta cultural bastante diversificada, e muitas das vezes, absolutamente gratuita.
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