Top 10 Cinema Low-Budget e Ultra Low-Budget (parte 1)
10 – Eraserhead (1976) – David Lynch
Filmado a preto e branco, minimalista e sob uma desconfortável e constante banda sonora industrial, é uma verdadeira orgia de surrealismo. David Lynch fez a festa com meia dúzia de tostões e os cinéfilos mundiais à procura de novas sensações e conceitos adoraram. Vi este filme em Coimbra, no tempo das salas de cinema majestosas acompanhado por 7 pessoas que no final do filme eram só 3. Foi a primeira vez que vi um homem assumir a paternidade de um frango assado. E talvez tenha sido também a última.
09 – Mad Max (1979) – George Miller
Um filme australiano intemporal e super-clássico, com um Mel Gibson diferente daquele que nos viola as TVs todas as tardes de sábado e domingo com filmes de humedecer vaginas a cinquentonas. Antes de Mel Gibson andar por aí bêbedo a distribuir bofetada a tudo o que é judeu. Antes de Mel Gibson ter sequer barba. Com um sotaque tão denso que teve que ser dobrado para estrear nos States. Baixo orçamento, grande força de vontade. Delicioso.
08 – El Mariachi (1992) – Robert Rodriguez
Pistolas de água pintadas, personagens criados na hora por transeuntes colaboradores e a cabeça fervilhante de Robert Rodriguez serviram para criar o primeiro blockbuster feito com menos de 10.000 dólares da História do cinema, usados na sua quase totalidade em filme 16mm. Semi-blockbuster, vá! O certo é que El Mariachi é um filme de acção de referência, que vem reforçar a teoria de que muito fogo de artifício só vem adicionar distracção e ruído num bom filme.
07 – Ninja das Caldas (2002) – Hugo Guerra
O sucesso de um filme só pode ser medido de uma maneira: a relação entre aquilo que se pretende e aquilo que se alcança. Sendo assim, Ninja das Caldas é um absoluto vencedor. Divertimento contagiante de amigos que se distraem a fazer umas filmagens com uma câmara VHS (ou similar), uma versão (talvez pirata) do Adobe Premiere e uma cópia do Rave Ejay. Mais do que low budget, este é um filme “No Budget”. A arte está na maneira como os criadores do imortal Ninja das Caldas conseguiram transformar a orientação do filme com um imenso sentido de humor. Uma solução airosa e divertida para cada contrariedade de produção. Um marco do cinema das Caldas da Raínha, que a partir de 2002 se tornou a terra dos caralhos de barro e dos ninjas.
06 – Los cronocrímenes (2007) – Nacho Vigalondo
Os cenários são simples, uma casa de campo e umas instalações secundárias, luz natural. Paisagens naturais, um argumento genial e a capacidade de criar um colosso a partir do quase zero absoluto.
To be continued... CinemaXunga
8 Comments:
Olha que arranjei o cronocrimenes há coisa de duas ou tres semanas para ver. Vai ser hoje!
isso do mariachi ter custado menos que 10k dolares é bullshit. assim como praí 90% das coisas q o rodriguez diz.
gostei do top! fiquei com vontade de ver o eraserhead e o cronocrimenes. o el mariachi é genial!
btw, clerks tem que estar aí :p
Eraserhead <3 Vou revê-lo na tela.
Eduardo, quanto ocupa esse filme?
No meu 1,5gbs. Dropbox?
A minha Dropbox é esquisita...
http://www.filemail.com
Clerks tem MESMO de estar aí ;)
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