31 janeiro, 2007

Seminário

Não está relacionado com música... Mas sempre é uma proposta aliciante para quem anda nestas coisas "do Ambiente". A "entrada" é gratuita, apenas carece de inscrição através do site:
sintonia-ambiental@hotmail.com

Cult of Luna em Coimbra e Corroios

Apr 21 2007
9:00P
Cine-Teatro Avenida- Cult of Luna (Sweden) + Men Eater
Coimbra

Apr 22 2007
6:00P
Cine-Teatro de Corroios- Cult of Luna (Sweden) + Men Eater
Lisboa


http://www.myspace.com/coimbraofftherecord

30 janeiro, 2007

Neurosis: novo álbum

7 de Maio é a data que interessa, "Given to the Rising" é o álbum que interessa. Gravado pele mestre Steve Albini, é descrito como "muito pesado e sombrio". Já estamos à espera...

29 janeiro, 2007

Helios + Xela

Helios + Xela
27 de Janeiro - Teatro Passos Manuel
Porto


John Twells, patrão da excelente editora Type, apresentou-se sozinho em palco, como Xela, e com um arsenal de maquinaria à espera de ser manipulado. Ruídos começaram a ser deixados à solta, drones serviram de ponte para uma caminhada demasiado uniforme que por momentos até nos alienava a atenção para o que se passava diante dos nosso olhos. Tremores, electrónica disfuncional, sons vocais que se ampliavam e mergulhavam na massa sonora vibrante, Noise! A força dos ventos, cânticos do fundo mar, tons graves e uma carrada de efeitos nem sempre fáceis de assimilar.... vago, difícil de classificar e viciante. Talvez a besta enchesse o palco com a passagem de alguns vídeos, coisa que não aconteceu. De seguida actuaram os Helios, dupla de músicos com cara de geeks – ao primeiro pedaço de som transmitiram logo uma quietude. Em alguns temas vocalizados lembraram os Kings of Convenience, mas mais distantes, ficando a vaguear no espaço enquanto os Sigur Rós nos apontam para as estrelas, os Helios abrem-nos o céu. Batidas simples, pequenos cometas electrónicos que ameaçavam fazer estragos mas no seu rasto iluminaram-se guitarras pós-rock e um piano a gravitar. O duo foi trocando de posições, laptop, teclas, guitarra, bateria... revelaram-se inocências, fragilidades, quase não comunicaram com o público... A música dos Helios perde-se na musica ambiental, mantém tonalidades harmoniosas, temas que podiam servir para adormecer, mas prefiro olhar para eles como um convite para o sonho.

Cult of Luna em Portugal

Com notícias assim a semana começa bem. Depois do concerto de 2005 na Casa da Música os Cult of Luna regressam a Portugal desta vez para dois concertos:
21 de Abril Lisboa
22 de Abril Porto

O Amplificasom acrescenta ainda que uns dias depois haverá outro concerto de peso.....

26 janeiro, 2007

Hard Club

Sábado encerram as portas com uma festa a partir das 23h. O som será baseado em metal, rock e punk diz o Diário Digital. Chega então ao fim uma das melhores salas de espectáculos que o Porto alguma vez conheceu. Ficaremos orfãos de um espaço decente para concertos médios visto que a Casa da Música há muito se tornou num espaço de e para snobs. É lamentável mas pode ser que reabram brevemente num outro local e quem sabe com outra atitude. Entretanto, é aproveitar que a despedida tem entrada livre.

25 janeiro, 2007

Therion - Gothic Kabbalah

Este ano é de festa. 20 já se passaram desde a formação da banda e pouco mais de 10 desde a importante revolução visionária de Theli. A cada novo lançamento eu antecipo com a convicção que será dessa que eles vão voltar a fazer a mesma coisa e que eu me vou chatear da grandiosidade sinfónica e das vozes operáticas e chutar para canto.
No entanto, cá estamos em 2007 e nada melhor que um 2 em 1 depois do 1 em 2 de 2004 para desincentivar qualquer reacção letárgica. Se a digestão inicial do disco não é imediata, torna-se bastante recompensadora após várias audições. Ja anda a tocar por aqui desde o ano passado...
Em Lemuria/Sirius B havia uma separação não muito acentuada mas evidente a nível estético e musical entre cada um dos discos, Gothic Kabbalah vem embrulhado em conjunto e oferece 85 minutos de maior preponderância das guitarras explorando mais uma vez o misticismo das runas. Há mais heavy metal, o que não é mau mas também não é imediatamente bom [para alguns será imediatamente mau :-s]. Tenho um problema com determinados Riffs simplistas por serem um bocado ranhosos [Tuna 1613], mas a harmonia geral compensa esses momentos menos conseguidos, até dentro das próprias músicas em que a ranhosice opera. há Riffs muito simples mas muito eficazes como em The Perennial Sophia ou The Wisdom & The Cage. A grandiosidade e a sinfonia épica não desapareceram, a orquestração é que deixou de ser tão operática.
Christofer Johnsson deixou de cantar e os coros quase não existem, desta vez temos dois vocalistas masculinos [inicialmente pensava que era apenas um gajo mega versátil :-s] e duas vocalistas femininas. Há vocalizações para todos os gostos. Os timbres distintos e a forma dinâmica como se revezam é extraordinária e contribui de forma decisiva para a qualidade do disco. O refrão de Trul (Na na na nanana na na) não é nenhum exemplo disso, mas é muito bom para sing-a-long :-)
Adicionando a isso as várias tonalidades do orgão e dos sintetizadores, algumas influências folk e orientais, algum 70s prog e uma despedida épica com Adulruna Redivivia, o mais longo e melhor tema do disco, temos os ingredientes suficientes para garantirem uma rotação regular e mais uma adição de qualidade na abrangente discografia dos Therion.

Frase do ano

"...se o que existe está bem feito, agrada-me, consegue-me tocar, faz-me sentir, porquê que eu não hei-de ignorar os clichés e deixar a música fluir? " Crestfall.

É esta a filosofia do Amplificasom.

Lou Barlow em grande

Novo EP a solo intitula-se "Mirror the Eye" e tal como "Emoh" foi gravado em sua casa. Eis o alinhamento:
Yawning Blue Messiah
Faith Defies the Night
You're a Goat
My Surrender
Mirror the Eye


Novo álbum "Beyond" dos Dinosaur Jr. sairá em Maio, terá 11 temas e contará com a formação origininal (Barlow, Mascis e Murph). Alinhamento:
Almost Ready
Crumble
Pick Me Up
Back to Your Heart
This Is All I Came To Do
Been There All the Time
It`s Me
We`re Not Alone
I Got Lost
Lightning Bulb
What If I Knew...
Para Maio está também previsto um DVD.

No fim de Fevereiro os Sebadoh voltarão à estrada. Nos States, claro. Vamos sonhar para que a tour venha para estes lados.

24 janeiro, 2007

Mais um concerto na agenda...

Amanhã é dia de grandes canções, Micah P. Hinson no Theatro Circo..... Mas em Fevereiro vai haver sons duros e o algodão para os ouvidos vai estar em promoção

The Hospitals + Veados Com Fome + 320 Monstros - 10 de Fevereiro - Censura Prévia, Braga.


http://www.myspace.com/hospitals
http://www.myspace.com/veadoscomfome
http://www.myspace.com/320monstros

E por falar em Rodan...

Two pieces of indie rock history are being summoned up from their archival homes this February via Rumur Releasing. Rumur recently announced plans to make Suki Hawley's two mid-90s underground films, Half-Cocked (1994) and Radiation (1996), available in a bundled DVD package.
According to Rumur, Half-Cocked is the tale of "a group of kids who steal a van full of music equipment and pretend to be a band in order to stay on the road." A lot of familiar faces show up along the way including Ian Svenonius, members of the Grifters and former Rodan players, Jason Noble, Tara Jane O'Neil, Jeff Mueller and Jon Cook. Music is provided by Unwound, Slant 6, Freakwater, Versus, Polvo, Smog, Helium and others.This will mark the first the film has been available since its original VHS release in 1997. The two films will also feature lots of bonus materials, including a making-of short about Half-Cocked and Radiation, music videos, slideshows and over two hours of extra music.

Tar - Over and Out [touch & go, 1995]

"Over and Out" mesmo!
Os Tar iniciaram a carreira em 1987 e ao quinto álbum fartaram-se da vida na estrada. Decidiram então que gravariam apenas mais um e depois iam procurar emprego e mulher. Estavamos em 1995. Post-Hardcore punk, Noise-Rock, etc são as etiquetas mais comuns mas qualquer fã de Shellac, Chavez, Unwound, Rodan ou Jesus Lizard vai acabar por gostar disto. O próprio Albini fez parte do processo da produção, descobre-se porquê logo à primeira audição.
Sem pressão e descontraídos, acabaram por criar o seu melhor testamento no underground de Chicago.

Voucher


Voucher de 1£ aqui.

23 janeiro, 2007

Gostava...

...de poder parar o tempo e ouvir e re-ouvir calmamente tudo aquilo que tenho na playlist:

Calla - Strength In Numbers (2007)
Jakob - Solace (2006)
The Ascent of Everest - How Lonely Sits the City (2006)
Maserati - Inventions for the New Season (2007)
Zozobra - Harmonic Tremors (2007)
Minsk - The Ritual Fires of Abandonment (2007)
Valley of the Giants - Valley of the Giants (2004)
Clap Your Hands Say Yeah - Some Loud Thunder (2007)
Amon Tobin - Foley Room (2007)
!!! - Myth Takes (2007)
Do Make Say Think - You, You're A History In Rust (2007)
Eluvium - Copia (2007)
Té - If That Is What Is Being Thought,.. (2006)
Gifts From Enola - Loyal Eyes Betrayed The Mind (2006)
Magyar Posse - Random Avenger (2006)
Del Rey - A Pyramid for the Living (2006)
Novembre - Materia (2006)
Russian Circles - Enter (2006)
These Monsters - These Monsters (2006)
North - Siberia EP (2006)

22 janeiro, 2007

2ª feira...

A propósito disto

19 janeiro, 2007

The Ascent of Everest - How Lonely Sits the City [2006]


The Ascent of Everest - How Lonely Sits the City!? Pelo nome da banda e título do disco ninguém diria que estamos perante uma entidade post-rock instrumental/experimental! Talvez a simplicidade da capa e o facto de as músicas terem mais de 10 minutos servisse de pista.
Oriundos do Tennessee, juntaram-se há menos de 2 anos e contam com 7 elementos na sua formação. Guitarras, baixo, bateria, violino, violoncelo, outros instrumentos de cordas, bateria, instrumentos de precursão e piano servem para produzir um barulho arrebatador.
A associação a GY!BE é inevitável e imediata, além das referências externas à música, há vários motivos para ela ocorrer: as secções de cordas, os crescendos vagarosamente construídos, a sinfonia sónica, o difuso discurso político em A Threnody (For the Victims of November Second) sobre uma ambiência sombria... Mas desprendam-se de preconceitos, mesmo que alguém veja este álbum apenas nessa perspectiva, não pode negar a qualidade destas composições ou estará a ser indolente. E afinal de contas as fronteiras do post-rock não estão delimitadas, o espectro sonoro pode ser identificável com exploradores passados, mas, apesar de não extravasarem para caminhos inexplorados, todos os fragmentos se encaixam na perfeição. Da aura sentimental dos arranjos isolados para o poder catártico da aglomeração em uníssono, todos os ruídos se notabilizam. Os instrumentos de cordas ecoam a sua beleza clássica nas partes delicadas mas também se tornam abrasivos quando a intensidade do momento assim o exige.
No último tema questionam-se e profetizam If I Could Move Mountains. Não há como evitar a ascensão. A mensagem dos tAoE é de esperança e a qualidade deste disco é uma certeza. Não é bom, é muito bom.

18 janeiro, 2007

A rodar...


Steve Von Till (vocals, acoustic guitar), Joe Goldring (electric guitar, drone guitar), Doug Adams (fiddle) e Desmond Shea (Hammond B-3 organ).

16 janeiro, 2007

AdS II: Amon Tobin - Foley Room

"The focus now has shifted from the source material altogether and placed squarely on the manipulation of sound regardless of it's origin. Armed with a sound engineer (Vid Cousins) and a collection of microphones he set out to find source material in pretty much everyplace possible. Robotics, animals, insects, musicians, utensils, motorbikes, and about a thousand other things that made interesting noises were all mic'ed and fashioned into the tracks that make up his new album 'Foley Room'. It should be noted that although the process was quite experimental that the record isn't an exercise in avant-garde music. Rather the end result is still pure Amon Tobin but pushed miles forward in sonics and melody due to the depth of source material. "

Enorme! Por algum motivo este gajo é um génio da manipulação. Foley Room não é o Permutation nem é o Chaos Theory, é um bocado de tudo e mais alguma coisa. Tem vida, é orgânico. Há títulos bem sugestivos como Kitchen Sink, Horsefish ou Big Furry Head [aqueles rugidos... :-s], mas há sempre muitos "segredos" escondidos a cintilar por entre as várias texturas. Refira-se a contribuição dos Kronos Quartet para a 1ª faixa [e 1º single] Bloodstone que apresenta uma estética bem cinematográfica e bem obscura.
Deve ser ouvido com phones mas serve qualquer propósito. Até o tenho amplificado nas colunas @work :-)

Stars of the Lid com álbum em Abril

Já passaram quase 6 anos desde o lançamento de The Tired Sounds of the Lid. O esperado regresso - Stars of the Lid and Their Refinement of the Decline - tem edição agendada para o dia 2 de Abril. Aqui fica um pequeno avanço Apreludes (In C Sharp Major)

15 janeiro, 2007

Akron/Family vão ao Theatro

04/23/2007 08:00 PM - teatro circo, Braga. No dia anterior tocam em Lisboa.

Mais um concerto a não perder. Têm a fama de serem particularmente memoráveis.

Álbum da semana


UM suspenso

Caros,
A publicação do UM foi suspensa.
A suspensão deve-se à ausência, neste momento, de soluções económicas que viabilizem a continuação da sua publicação nos moldes actuais.
Um jornal gratuito como o UM necessita de investimento publicitário para viver. A publicidade que têm visto nas nossas páginas não chega para que o jornal se sustente.
Uma decisão definitiva sobre o destino do UM depende das respostas de entidades que demonstraram interesse em aqui investir publicitariamente. Essas respostas deverão surgir a muito curto prazo.
Até já,
Jorge Manuel Lopes



http://www.umjornal.com/

Espero que tudo se resolva, tem sido um bom companheiro nos últimos meses.

12 janeiro, 2007

Jesu - Conqueror

As edições de Justin Broadrick seguem a um bom ritmo. Tendo dado por terminada a carreira de Godflesh em 2002, pegou no título na última faixa do último disco [Hymns] e deu início a um novo projecto assim denominado. Podia ser apenas mais um para juntar aos vários que, com mais ou menos actividade, lhe consumem tempo. E o mais um não deve ser entendido como termo prejurativo!Mas, a par do escape individual Final, Jesu é mesmo o colectivo mais importante na actualidade de Broadrick. Com esta encarnação temos vindo a ser presenteados com um EP num ano e um álbum no seguinte.
Silver chegou ao mercado por alturas da primavera do ano passado e veio demonstrar que eles eram capazes de evoluir dentro do seu próprio som e recriar as suas próprias fórmulas. Os 4 temas que compõem o EP, incutidos do espírito primaveril, vinham polvilhados com andamentos mais up-tempo e eram melodicamente mais suaves e refrescantes, mais esperançosos, mas também nunca perderam o rasto à densidade.
Confesso que não fiquei impressionado quando Conqueror rodou pela primeira vez, pareceu-me um bocado monótono, mas isso deveu-se certamente ao facto de não lhe estar a prestar a devida atenção. Agora estou completamente viciado e só posso dizer que este disco é mais! Mais up-tempo e mais melódico mas também mais Doom e mais melancólico, mantendo o drone, os efeitos, os arranjos shoegaze e a distorção. Propaga um balanceamento perfeito entre densidade e delicadeza. A excepção à regra da quantidade é no sentimento de opressão. Até a capa monocromática de cariz industrial tem bastante luminosidade.
O 1º tema, que dá o título ao álbum, segue no trilho de Silver, carregadinho com ingredientes melódicos. Os sintetizadores afastam as paisagens urbanas invocando o mar e o "cantar" das gaivotas [3:56] num ambiente complacente. Logo de seguida Old Year abranda o ritmo, seguindo compassadamente sobre várias camadas de distorção não propriamente pesadas mas densas. Mantendo a mesma cadencia mas arrastando uns riffs mais imponentes e pesadões temos Weightless & Horizontal, construído sobre uma estrutura ritualista e hipnótica que perdura por 10 minutos e é antecedido por Transfigure, o tema mais "acessível". Brighteyes e Stanlow são as mais melancólicas. A voz e os sintetizadores desempenham um papel fundamental. Brighteyes não oprime como Friends are Evil no 1º álbum, mas deixa-nos rendidos. E Stanlow é uma forma luminosa de fechar o disco.
JB bebe da fonte da criatividade ilimitada e não é preciso ter fé em Jesu para acreditar na qualidade deste álbum.
Edição Europeia a 19 de Fevereiro pela HydraHead.


Hydra Head 2007

É uma das nossas editoras favoritas. Eis os planos para o primeiro trimestre:

January 30th
Zozobra- "Harmonic Tremors" CD
Caleb Scofield (Cave In, Old Man Gloom)

February 6th
Clouds- "Legendary Demo" CD

February 20th
Jesu- "Conqueror" CD
A nossa review será "postada" ainda hoje

March 6th
Big Business- "Here Come the Waterworks" CD

March 20th
Drawing Voices- "s/t" CD
Novo projecto do mestre Aaron Turner

May 22nd
Pelican- "City of Echoes" CD

E ainda sem data mas a serem lançados no mesmo período:
Jesu- "Silver" LP
Daughters- "Hell Songs" LP
Pelican- "Pink Mammoth" 10"
Xasthur- "Subliminal Genocide" 2xLP
Lustmord- "Juggernaut" ltd CD

Para terminar, o projecto Khlyst de James Plotkin (Khanate, Phantomsmasher) e Runhild Gammelsæter (Sunn O))), Thorr's Hammer) já roda por aqui.

Porque passou ao lado de muita gente...

Este "You are the Conductor" é um EP de 2005 que vale a pena descobrir.
Entretanto, no myspace da banda já é possivel escutar uma das novas que fará parte de "The Four Threes": Caspian

11 janeiro, 2007

Pelican: novo álbum

" City of Echoes" sairá dia 22 de Maio pela inevitável Hydra Head. Entretanto ficam aqui os primeiros rascunhos do mesmo:
Rascunho1
Rascunho2
Rascunho3

10 janeiro, 2007

Festivais 2007

Vilar de Mouros - 20, 21 e de Julho
(Portoeventos)
Brian Wilson confirmado

Sudoeste - 2, 3, 4 e 5 de Agosto
(Música no Coração)

Paredes de Coura - 3ª semana de Agosto
(Ritmos)

Vai um joguinho?

Mastodon have just released the Blood Mountain game, where you can collect diamonds to get pieces of a key to gain entrance to Blood Mountain. Get your old-school video game jones on by clicking here.

Pain of Salvation - Scarsick

3 anos volvidos desde a aventura conceptual de contrastes que foi Be, eis que os Pai of Salvation nos apresentam a sua nova provocação na forma de Scarsick. Quem os conhece minimamente sabe que pode sempre esperar o inesperado, nunca é de contar com aparentes sequências lógicas. Parece-me é que muitas das pessoas que gostaram de Be ou até de qualquer outro dos trabalhos anteriores vão ficar mais surpreendidas do que habitualmente com a direcção [ou será desorientação?] que este disco apresenta.
As composições são bem mais directas e poderão por isso ser mais acessíveis, mas no todo perfazem um disco menos harmonioso, pois jogam em campeonatos diversos.
O sarcasmo e as letras subversivas sobre a rapaziada Americana e o capitalismo podem ser outro motivo para animosidade :-).
Há aqui coisas para levar diferentes pessoas a gostar ou odiar o disco pelas mesmas razões.
O Riff de Guitarra na Scarsick parece retirado de uma qualquer ideia de Rammstein. O semi rappar em Spitfall e o refrão mega catita. A Cribcaged é quase uma balada mas é também uma das músicas mais fortes "You're just People"! O disco sound de Disco Queen intercalado com ambiências Faith No More era Album of the Year e algumas vocalizações maradas deverá ser uma das músicas mais controversas e é uma das minhas favoritas. O solo Floydiano em Kingdom of Loss. Mrs Modern Mother Mary introduz uns compassos "estranhos" e começa com um Riff muito semelhante a Idiocracy. Os berros em Flame to the Moth que parecem do Phil Anselmo dos Pantera na This Love. E para terminar deixaram Enter Rain que é o tema mais épico (10 minutos). A única música que não consegui sintonizar foi a America!
Saúde-se a audácia dos homens por continuarem na deles.
Edição a 22.01.2007 via InsideOutMusic.

09 janeiro, 2007

Sparta - Threes (2006)

Penso que nesta altura do campeonato já não é preciso dizer que o fim dos At The Drive-In trouxe duas novas bandas: The Mars Volta e os Sparta. Creio que também não será preciso entrar em comparações. Mas, apesar de todo o histerismo (merecido) que sempre houve com os Volta nunca me desliguei da banda de Jim Ward. Essa foi a razão que me levou a espreitar este novo "Threes", agora numa nova editora e com um novo guitarrista. Sinceramente, foi uma desilusão. Não é que estivesse à espera de algo brilhante (eles nunca o foram) mas o que ouvi foi uma banda perdida em riffs que já foram tocados inúmeras vezes por inúmeras bandas. Atingi a saturação quando vi que eles pretendem copiar os U2 ou os Coldplay. Se querem brincar às imitações pelo menos podiam continuar com os Trail of Dead pois assim levam-me a crer que cada canção porreira (e confesso que até há um momento ou outro) é puro acidente, nada mais.

08 janeiro, 2007

À espera do pólen...

Para reviver, enquanto se espera (ansiosamente) pelo novo álbum, que tem lançamento previsto para a Primavera. Na fornalha está, igualmente, o documentário "Over the Madness" (filmado por Diran Noubar, que dirigiu o documentário "Armenia, A Country under Blockade").




Approaching a silence
A blur of subsidence

Time may heal all troubles, is that what I've found?
Joy entices all, until death's lonely shroud
But I know it's forever

Praying for a change

Our lives leading onwards
The essence is stronger

Memories of life drifting further away
I must doubt that where there's a will there's a way
But I know it's forever

Praying for a change

Life is all the pain we endeavour

Om - Conference of the Birds (2006)

Enquanto fazia a tal brincadeira da lista com os melhores de 2006, aproveitei para recuperar certos álbuns. Um deles foi este "Conference of the Birds" dos ex-Sleep Al Cisneros (baixo, voz) e Chris Hakius (bateria) que agora se denominam por Om. Tenho-o ouvido de uma forma obcessiva, quase religiosa, e como quando o álbum saíu este blog ainda não era nascido decidi deixar aqui uma palavrinha. "Om" é o mais importante símbolo religioso do Hinduísmo. Representa o universo, Deus, o início e o fim de tudo e por aí já se tem uma ideia da espiritualidade desta banda. Música para a mente, música para a alma. Ia dar algumas referências como Earth ou até Pink Floyd mas o melhor é mesmo espreitar: At Giza
Hipnótico.

03 janeiro, 2007

Magyar Posse - Random Avenger [2006]

Continuando com o rock instrumental e voltando ao ano de 2006.
Deparei-me com uma referência a este álbum na semana passada, andava eu a vaguear por listas de melhores do ano. É precisamente para permitir que indivíduos bisbilhoteiros descubram coisas destas que as listas devem ser feitas.
Não me recordo de ouvir falar nos Finlandeses Magyar Posse e este é já o 3º álbum de originais! Tenho que arranjar os outros porque se forem tão bons quanto este... Está-me a soar extraordinariamente bem. A música é verdadeiramente cinemática mas numa abordagem completamente diferente de EITS.
Certamente inspirados por compositores como Ennio Morricone e sonicamente familiarizados com o prog e pós-rock, evocam coisas como Sigur Rós, Zombi [Os sintetizadores no início da Sudden Death...], GY!BE, Brian Eno, e 70's prog mas incutindo ao aglomerado um cunho muito pessoal, com os temas mais compridos a serem verdadeiras montanhas-russas em espiral.
Os sintetizadores e o violino são elementos fundamentais para a modelação das várias ambiências mas as guitarras também são um dos elos condutores de quase todas as composições.
A música dos Magyar Posse é cósmica, densa, enérgica, melancólica e totalmente inspirada.

O vídeo do tema que abre o disco:

Novo colaborador: Peel



Explosions in the Sky - All of A Sudden, I Miss Everyone

É curioso ler algumas das opiniões que se vão escrevendo sobre este disco e por arrasto sobre a música dos EITS no geral. Aborrecimento e monotonia são palavras que surgem regularmente nos textos de quem não é capaz de encontrar substância nas vibrações produzidas por esta entidade sonora. Até compreendo, há muitas coisas pelas quais sinto o mesmo e outros poderão sentir o oposto. A percepção e interpretação de qualquer obra musical é naturalmente diferente para cada agente receptor. Lembro-me de em 2003 por alturas da edição do disco anterior, The Earth is Not a Cold Dead Place, ler opiniões muito semelhantes.
Felizmente para mim e, vá lá, também para os EITS que têm aqui um bom ouvinte, tédio nunca foi um sentimento que me tenha atingido a ouvir algum dos seus trabalhos.
Para já, All of a Sudden I Miss Everyone também ainda não me conseguiu aborrecer. É um disco enorme. Fui hipnotizado logo na primeira audição pelas inconfundiveis notas que continuam a vaguear e ressoar pelas pradarias texanas enchendo as agrestes paisagens, e desde então que o disco tem rodado incessantemente. Aliás, só me consegui desprender da 1ª música - The Birth and Death of The Day - depois de a ouvir umas 5 ou 6 vezes. Da ameaça inicial de detonação para os murmúrios crescentes das suaves melodias que vão aumentando a tensão até à explosão vibrante com o ribombar da bateria a marcar o ritmo para o assalto das guitarras que culmina no tranquilo ecoar dos fragmentos hipnóticos daí resultantes, de arrepiar.
O encadeamento musical continua a ser extremamente visual, tal como já tinha sido demonstrado pela incorporação na Banda Sonora de Friday Nigh Lights, mas o disco por si só pode ser uma verdadeira experiência cinematográfica tais são as faculdades contemplativas. Sentimo-nos obrigados a nos desprendermos da inércia devido ao fluxo de pensamentos e emoções que nos assaltam. O tema mais longo - It's Natural to Be Afraid [13:27] - conduz-nos numa verdadeira viagem que se inicia de noite por ambiências inóspitas onde o vento frio nos atinge de frente mas que se dirige lentamente em direcção à luz do amanhecer que acaba por nos envolver e aconchegar na sua plenitude.
A estrutura das composições pode ser semelhante mas permitem-se o alargamento a uma superfície instrumental maior. Isso percebe-se na importância atribuída ao piano em What do You Go Home To? e So Long, Lonesome. A produção também é muito orgânica e faz resplandecer o menor dos sons.
Intensamente brilhante.

O álbum será editado no dia 20 de Fevereiro e terá uma edição limitada com um segundo disco de remixes produzidas por entidades como Jesu, Eluvium e Four Tet.


Um recuerdo

Copiar Vinil


02 janeiro, 2007

"Uma das melhores do terceiro mundo"

"Os cartazes estão espalhados por toda a cidade. É impossível não reparar neles nas estações de metro e nas páginas inteiras de jornais a anunciar o concerto, amanhã, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, de alguns dos maiores nomes do hip hop internacional: 50 Cent, Sean Paul, Akon, Busta Rhymes. Mas o espectáculo não se realizará. Será adiado para 2 de Fevereiro."Vamos hoje mesmo emitir um comunicado", garantiu ontem ao DN Henrique Miguel, responsável pela Casa Blanca, produtora de espectáculos com sede em Luanda, Angola. "Amanhã teremos anúncios nos jornais com a nova data."O adiamento não é novidade para quem acompanha a indústria de espectáculos em Portugal. Por exemplo, Paulo Sardinha, promotor da Universal portuguesa, editora de 50 Cent, há muito que sabia que o músico de Get Rich or Die Tryin' não iria estar em Lisboa em Dezembro: "Temos a informação do management de 50 Cent de que ele não vai estar cá", garantiu ao DN. Não se percebe é como é que se anuncia um concerto sabendo que ele não se realizará.Já no dia 11 deste mês, a mesma produtora organizou um "grande" Festival de Hip Hop. "O Atlântico vai encher", assegurava na altura Henrique Miguel ao jornal Público. Mas não encheu. Foram vendidos apenas quatro mil bilhetes, dos quais 800 foram devolvidos quando, na noite do concerto, um anúncio à entrada do Pavilhão avisou que os dois cabeças-de-cartaz - Busta Rhymes e Sean Paul - não estariam presentes. "O Sean Paul perdeu o avião e o Busta foi preso no aeroporto de Nova Iorque por porte de arma. São coisas que acontecem em concertos em todo o mundo. Devolvemos o dinheiro a quem quis", assegurou ao DN Ciro Cruz, produtor dos espectáculos da Casa Blanca em Portugal.O concerto de dia 11 terá sido lamentável, testemunhou o crítico do Diário de Notícias, Davide Pinheiro, que no seu texto denunciou "um imenso vazio de música, público e organização". Apesar do fracasso, duas semanas depois há um novo evento de hip hop na agenda. Ciro Cruz, novamente produtor, esperava ontem "a qualquer momento" uma confirmação: "Tenho os hotéis reservados, as carrinhas a postos. Se eles vierem, está tudo pronto para os receber."Mais uma vez, não virão. A meio da tarde de ontem, Henrique Miguel, conhecido em Luanda como "Riquinho", confirmou ao DN o cancelamento do espectáculo "por questões de agenda": "50 Cent está em estúdio e esperava ficar livre até ao Natal mas afinal isso não aconteceu." Apesar da deficiente ligação telefónica , Henrique Miguel disse que não poderia ter desmarcado o concerto mais cedo e garantiu que todo o cartaz anunciado vai estar em Lisboa em Fevereiro (informação que o Pavilhão Atlântico não podia ontem confirmar). Os bilhetes já comprados serão válidos.A nova data não deixa descansado quem já desconfiava dos cartazes com fotografias de baixa qualidade (os artistas têm geralmente fotografias autorizadas para promoção) e de, pela segunda vez, os nomes dos principais músicos estarem mal escritos. Também deu nas vistas o facto de o site da Casa Blanca, "a maior companhia de espectáculos de África, uma das melhores do terceiro mundo" (www.casablanca.ebonet.net) não fazer qualquer referência ao evento e de o número de telefone que aparece nos cartazes (supostamente da promotora HLM) estar constantemente desligado. Será que, da próxima vez, 50 Cent, Busta Rhymes e Sean Paul vêm mesmo ao Atlântico? A ver vamos."
in DN.

10 x 10 = 2007

10 álbuns para 2007:
Neurosis
Shellac
Interpol
Fennesz
Pelican
Colleen
PJ Harvey
Electrelane
Colleen
Queens of the Stone Age


10 concertos para 2007:
Isis
Sonic Youth
Interpol
Neurosis
Boris
Shellac
Electrelane
Kevin Shields
Mark Lanegan a solo com uma guitarra
e o próximo organizado por nós seja ele qual for.