Rapidinhas
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Voltem Capricorns! Não, não quero com isto rebaixar esta estreia que renasce das cinzas da banda londrina mais fixe de sempre, mas mesmo sabendo que se sente aquilo que o trio pretendia obter com o debut, também posso afirmar que o mesmo é algo maçador. Não o deixem de ouvir e de formarem a vossa opinião, mas oferece pouco para a expectativa que tinha.
Ps: Nathan Perrier = um dos melhores bateristas que já vi ao vivo.
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Como referi há uns tempos, a Important é uma daquelas editoras que exige atenção ao seu catálogo. Em 2009 já nos trouxe discos interessantes e este Psychic Summer dos CAVE de Chicago não é excepção, é mais que isso até. Neo-Krautrock para fãs dos Can até aos Stereolab, psicadelismo a alta velocidade mas com cinto de segurança. Melhor registo da banda até à data e com tudo para irem longe.
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Parte 2 da minha última obsessão. Membros de Mogwai, Electric Wizard, etc num projecto único com música única (não é preciso ser original para ser distinta). Imaginem os Godspeed You Black Emperor e os Pink Floyd a tocarem baladas intemporais durante uma madrugada chuvosa. Soa a sonho, a mito, mas não está muito longe da realidade. Excelente combinação de instrumentos (o tema com o acordeão arrasa!!), parecem uma orquestra. Temas lindos e arrepiantes, som perfeito… um dos melhores álbuns deste ano e será o melhor álbum de sempre dos Crippled Black Phoenix. Vamos vê-los ao vivo?
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Por esta altura, fãs de Pelican e afins já ouviram tudo o que há para ouvir no que diz respeito ao instru-metal, mas quando algo é bom as etiquetas passam para segundo plano e o que interessa é carregar no play. Os Sad Breakfast vêm do México e bombam q.b. para que uma oportunidade lhes seja dada. Como querem dar a conhecer o seu som, eles próprios fazem questão de partilharem o seu primeiro álbum. Saquem aqui: http://www.sadbreakfast.com/
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Um álbum de sopros, só saxofones e clarinetes. Um álbum de sopros, um álbum de diálogos que nos provoca na sua busca de estabilidade entre os três instrumentos. E não, nunca consegue, o clímax é mesmo esse. Senhores e senhoras, Peter Brötzmann, Mats Gustafson e Ken Vandermark. Free jazz de alto nível!
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Fãs de Guapo: talvez isto interesse pois Kavus Torabi (guitarrista) fez parte destes Monsoon Bassoon. Vou nas primeiras audições, a qualidade do rip pode não ser a melhor mas até agora não vi razões para o grande alarido que se lê assim que se googla. A própria crítica parece ter sido unânime, até o NME!!. Talvez seja um grower, vou insistir.
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Voltando a pegar no nome de Mats Gustafson, os The Thing são mais um projecto deste sueco desta vez acompanhado pelos escandinavos Paal Nillssen-Love na bateria e Ingebrigt Haaker Flaten no contrabaixo (Nota: assim que se começa a explorar a carreira destes músicos descobrimos que todos eles têm n de projectos entre eles e nenhum é dispensável). Iniciaram este trio como homenagem a Don Cherry, mas entretanto evoluíram para algo mais puxadote/ pesadote. Basicamente são uma banda que tanto toca originais como reinterpretações dos Yeah Yeah Yeahs, White Stripes ou Lightning Bolt. Sim, leram bem, e isto é só para simplificar. Neste Bag It! encontramos covers de nomes pouco sonantes (The Ex, por exemplo) e mais alguns originais (metade metade), mas não só é o melhor do trio como é tão bom como o explosivo Carboniferous dos Zu. Ah, e quando ouvimos a primeira pancada na tarola descobrimos imediatamente que o álbum foi gravado por Steve Albini (o tal que não gosta(va) de jazz). Enfim, isto é jazz mas não como estamos habituados. Experimentem. Aliás, lamento se não o fizerem.
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Não sou o maior fã de Tortoise, mas reconheço a sua importância, sobretudo no pós-rock dos noventas e na influência de bandas como os Battles (não confundir com o “pós” intrumental). Este novo álbum, cinco anos após It’s All Around You, poucas vezes rodou mas por aqui já se sente que não haverão muitas mais audições. Entretém-me, aprecio o groovy e todo o dinamismo das canções, mas…. há qualquer coisa a falhar.
Ah, é assim que se pronuncia o nome: Tortoise