30 setembro, 2006

Também quero sugerir!


The Album Leaf - Into the Blue Again (2006)
Jimmy LaValle a solo, desta vez sem a colaboração dos Sigur Rós, mas com o mesmo sabor outonal, ou será primaveril? O disco é Leve e intimo e talvez mais "quente" que o anterior.
A música é electrónica e orgânica. Pianos, sintetizadores, batidas programadas e bateria, guitarra acústica, violino, as composições são construídas em diversas camadas.
Falta uma música como Over the Pond porque também falta Birgisson, e aquelas onde ele canta não são das melhores, mas servem para fazer rumar o disco a outras paragens.

http://rapidshare.de/files/25616583/talitba.zip

29 setembro, 2006

Sugestões sonoras para o fim de semana

Murcof - Cosmos (2006):
http://www.filefactory.com/file/286c17/


Colleen - El les Boites à musique EP (2006):
http://rapidshare.de/files/34385372/cetles.zip

Lamb of God - Sacrament

Este é já o 4º disco destes rapazes da Virgina sob a designação Lamb of God.
Eles são uma das principais bandas de metal a sair das Américas nos últimos anos, e como tal são também dos principais responsáveis pela criação da etiqueta NWOAHM.
A estreia pela Major Epic - Ashes of the Wake - de 2004, foi considerado um dos melhores daquele ano por várias publicações da especialidade, mas, apesar de ser um bom disco e do som estar mais bem projectado graças a uma produção muito mais polida, lembro-me de não ter ficado completamente convencido, não sei se foi pelo facto de As the Palaces Burns ter sido um disco tão forte que fez com que AotW me soasse a mais do mesmo mas sem a capacidade de fazer de cada Riff algo memorável :-s
Bom, o que é certo é que Sacrament está a ter um impacto maior. O conteúdo do disco não é nenhuma surpresa, emana a mesma ferocidade e agressividade de forma implacável, só que desta vez com uma outra expansão a territórios melódicos e simultaneamente mais sombrios, como acontece em Again We Rise e Descending, duas das melhores faixas, com alguns efeitos e samples lá por trás.
Não é que vá mudar a opinião de alguém, quem não gosta de LoG continuará a não gostar, mas o que marca mesmo a diferença é o trabalho vocal bastante superior, menos estereotipado, com uma dinâmica e expressividade que incutem uma personalidade muito maior, mas que também é suportado pela produção, porque por variadas vezes ouvimos diferentes camadas que ajudam a "encher" o som.
Quanto à orquestra, o ritmo continua a ser regulado pela bateria de Chris Adler, com a precisão e poder habituais, que são já imagem de marca. As guitarras gémeas sempre ao ataque debitam mais leads e solos mas é no poder dos Riffs que continua a residir o groove da música. O baixo é mais audível do que em qualquer outro disco e ajuda ao tal "enchimento" do som.
Sacrament é um dos discos mais amigos do moshpit que foi/será editado este ano e os LoG são daquelas bandas que lamentavelmente ainda não pisaram território nacional.

To share or not to share

E assim vai a Blitz...

Ryanair: Novo destino......

Girona (Barcelona)
http://www.ryanair.com/site/PT/?culture=PT

Freaks and Geeks


Melhor série de sempre?

Fábrica de Som: Abertura oficial

http://www.myspace.com/quetzalsfeather


Fábrica de Som
Avenida Rodrigues de Freitas, 27, Porto
2,50 €

28 setembro, 2006

Amplifier - Insider (2006)

Lembro-me, quando o homónimo saiu em 2004, de ver criticas deste género:
"British rock doesn’t get much better than this"
"A brave new dawn of superhero music"

"Outstanding debut 9/10 "
"A delicious slab of mind shatteringly apocalyptic space rock 5/5"
" A polished, soaring rock epic 9/10 "
Foi das últimas vezes que comprei um álbum novo de uma banda nova sem o ouvir primeiro. E que bem que soube....
Os Amplifier estão de volta!! Dia 2 de Outubro, "Insider" com as suas 12 faixas é lançado nas lojas não pela Music for Nations como anteriormente, mas desta vez pela alemã SPV Records.
Roda por aqui há cerca de duas semanas e, tendo em conta que o EP "The Astronaut Dismantles Hal" não foi mais que um "estagnar" dos lados-b, sinto-me muito satisfeito com este ansiado regresso. Considero-o definitivamente um "grower". É preciso dar tempo para ele crescer e não é tão imeditato como o seu sucessor, mas está tudo lá: os riffs, o sotaque, a bateria perfeita, os efeitos, as letras complexas, os twists..... Alguém falou em Prog-Metal?
Espero que desta vez tenham a atenção que merecem. Nunca vi uma banda com tão boas críticas ser tão desconhecida, tão ignorada. Terá sido por causa da editora? Uma má estratégia de promoção? Que agora nada falhe porque se eles não ganham então quem fica a ganhar?
Um albúm e uma banda a descobrir...

27 setembro, 2006

BI: Kevin Shields

Nome: Kevin Shields
Idade: 43
Nacionalidade: Americana
Instrumento: Guitarra
Bandas: My Bloody Valentine, Experimental Audio Research
Outros: Depois de vários anos "desaparecido" surgiu em 2004 com quatro músicas para a banda sonora do "Lost in Translation" entre as quais a fabulosa "City Girl". Ultimamente tem feito remixes para bandas como The Go! Team ou Bow Wow Wow e pouco mais.

26 setembro, 2006

"Comprava só pela capa"

Fábrica de Som

Criada por músicos, para músicos.
A Fábrica de Som é um novo espaço de cultura alternativa. Foi criada para garantir um espaço e um serviço de excepção aos músicos, para tal, a Fabrica de Som está dotada de técnicos qualificados, excelentes instalações e equipamento de qualidade.

A Fábrica de Som encontra-se situada na Av. Rodrigues de Freitas, nº 23-27, Porto.
Localizada num antigo edifico agora restaurado, alberga três salas de ensaio, duas salas de captação, duas régies, uma zona para concertos, show cases e workshops, e um espaço para acolher exposições.

A programação deste espaço aposta na diversidade de estilos musicais dentro da área alternativa. Concertos e show cases terão lugar todos os fins de semanas (sextas e sábados) e vésperas de feriado. Os domingos à noite estão reservados para Jam Sessions.

Mensalmente a Fábrica de Som acolherá várias festas temáticas com vários dj´s convidados.

Nuno Maciel & Daniel Carvalho
Fábrica de Som

Fábrica de Som
Av.Rodrigues de Freitas 23-27 4300-456 Porto Portugal
(351) 93 420 25 72 (351) 96 764 42 04
fabricadsom@gmail.com

BI: Aaron Turner



Nome: Aaron Turner
Idade: 28

Nacionalidade: Americana
Bandas: Isis, House of Low Culture, Lotus Eaters
Instrumento: Guitarra, voz...
Outros: Dono da HydraHead Records, Designer do artwork de diversas bandas como os Pelican, entre outras.

Liars @ Porto-Rio 25/09/06



WE WE ARE THE ARMY YOU SEE THROUGH THE RED HAZE OF BLOOD
BLOOD BLOOD BLOOD BLOOD BLOOD BLOOD BLOOD BLOOD BLOOD BLOOD
BLOOD BLOOD BLOOD...

25 setembro, 2006

Disillusion - Gloria

E eu que pensava que este disco só poderia ser excelente...
Depois de vários anos de actividade em que editaram uma demo e 2 EPs, é em 2004 que o primeiro longa-duração vê a luz do dia, sendo que o processo de gravações terá demorado mais de meio ano! O que é certo é que o tempo consumido valeu bem pena. Back to Times of Splendor foi/é um disco extraordinário. Um disco épico, que nos afecta os sentidos, cheio de emotividade e paixão. Agrupado em temas longos com mudanças rítmicas constantes mas que nunca soam forçadas. Prog/doom/death/thrash-prog uma caldeirada muito bem misturada.
Estamos em 2006 e dentro de alguns dias será editado o 2º disco, Gloria. Infelizmente, parece que desta vez tiveram muito pouco tempo para pensar os temas. Ou isso, ou esta mudança de sonoridade foi uma coisa muito bem planeada e orquestrada, com o objectivo supremo de atingir algo que eu ainda não consegui descortinar! Compreenda-se que o disco não é horrível, nem sequer mau e talvez até corra o risco de se tornar razoável. O grande problema é não ter quase nada a ver com a grandiosidade de Back to Times of Splendor. É compreensível que as bandas queiram evoluir, mas para uma banda que com apenas um disco tinha criado uma identidade tão forte e própria, não seria arriscado continuar no mesmo trilho. Em Gloria, os temas são bem mais curtos e habitam num ambiente mais industrial e gótico (!?), com muitos arranjos orquestrais e electrónicos, apesar de ainda continuar a pairar uma veia prog e bastante experimentalismo. O que mais me surpreendeu pela negativa foi a insistência constante em vocalizações cheias de efeitos e muitas vezes num tom falado como se de um dialogo/monologo se tratasse que, tal como acontece com alguns dos elementos electrónicos, se apoderam em demasia das músicas e da sonoridade da banda (Don't go any further). Também há uns momentos sinfónicos à lá Therion em Aerophobic que é a música mais longa e acaba por ser a música com maior variação estilística e uma das melhores, a par com Dread it (desta gosto muito).
Estou a dar muitas oportunidades a este álbum, já o ouvi umas boas 10 vezes e confesso que já o consegui encaixar melhor, mas mesmo assim isto está muito longe de ser um disco indispensável.

Paulo Mota - Dez

"Dez, de Paulo Mota, conta a história de Rizu, um jovem músico em busca de si e dos outros. Ao longo do romance, Rizu ultrapassa as suas dificuldades no relacionamento com os outros, num percurso que o leva da insegurança e incerteza dos seus vinte anos até à maturidade dez anos depois. Pelo caminho são muitas as pessoas com quem se cruza. A camaradagem franca e desempoeirada com os amigos e os apelos do sexo oposto preenchem cada vez mais o imaginário e as investidas de Rizu, que surge no fim de Dez como alguém que saboreia a vida com argúcia e se move por entre os percalços do caminho com finura e prazer. É uma viagem a Londres, onde o músico vai dar um concerto, que abre os seus horizontes. Aí desperta em pleno para as suas inquietações e interesses. É um jovem educado, cujos interesses se repartem entre a arte e o mundo palpitante que o rodeia. O leitor sente-se cativado pelo fio de uma narrativa fluida e plena de espontaneidade, que prende pela simplicidade do estilo e pela abordagem directa aos problemas de sempre e de todos: a busca de entendimentos, o confronto com os outros, a luta pelo sucesso, a amizade, o amor."

Pronto a... ouvir

Antes que a SPA também se decida a implicar com as lojas de roupa, tenho a dizer que é sempre um prazer procurar umas malhas na Pull & Bear. Muse, Grandaddy, Devendra Banhart, Cocorosie, etc são exemplos do bom gosto musical desta cadeia de pronto-a-vestir.

E, sem querer fazer publicidade, tenho visto t-shirts dos The Smiths, Sex Pistols, Clash, Motorhead, Ramones, etc por cerca de 20 euros.....

Novo look


Caros bloguistas,

Como já devem ter reparado o banner mudou! Com isto pretendemos elevar-nos a um outro nível, personalizando este nosso ciber-espaço, que permite alienar-nos do caos da Sociedade contemporânea, que parece estar próxima da capacidade de entropia!

Pode ser que novos rumos se tracem, tudo em prole de amplificarmos a voz do "edgestream"

Bem hajam
Melancolia

22 setembro, 2006

Tool + Mastodon @Atlântico!!

Excelente notícia. Segundo a CNN do metal, os Mastodon serão a banda suporte dos Tool na próxima tour Europeia que passará pelo pavilhão atlântico no dia 5 de Novembro. O único senão é a afirmação "has reportedly been confirmed", mas vamos acreditar que assim será.
O Amplificasom irá, obviamente, cobrir o evento, e não prometemos desde já uma entrevista com ambas as bandas nem muitos menos uma gravação dos concertos.

Enquanto não chega o novo álbum


Rais parta que o disco tá difícil de "verter"! E já agora, alguém que os traga cá.

21 setembro, 2006

Sunn O))) & Boris - Altar

Sunn 0))) & Boris - "Altar"
release date: October 31st 2006 (mesmo a tempo do Halloween)
catalog #: sunn62

"The Altar album is NOT a split album. Altar is a collaboration album between sunn 0))) and boris that is a result of both bands conceptualizing, writing and recording the album together as one entity. Both groups have stepped outside their previous sounds and created a wholly unique album that stands on its own unique ground. There are elements of each groups trademark sound within the album but true to each groups progressive and experimental aspects, Altar moves into a completely new dimension. "

Que disco! Nova dimensão, sem dúvida. Até tem espaço para ser ambiental e melancólico. Mesmo que não gostem (muito) das bandas em questão, podem tentar ouvir isto. Mas também tenham medo, tenham muito medo.

Há aqui qualquer coisa.

Back to the Compras

Já há umas largas semanas que não ia fazer um digging de cds. Isto das compras online é viciante, conseguem-se arranjar verdadeiras pechinchas, mas não é tão estimulante como ir à lojinha e vasculhar nas pilhas dos usados. Por vezes também se torna frustrante porque não é fácil encontrar coisas interessantes e como tal há que dosear as idas.
Desta vez ainda trouxe:
Usados
Blood & Time - At the Foot of the Garden [Neurot 2003]
The Proposition OST - Nick Cave & Warren Ellis [Mute 2006]
Dragonforce - Inhuman Rampage [Sanctuary 2006]
Sigur Rós - Ba Ba/Ti Ki/Di Do EP [Geffen 2004]
Novo
Tenhi - Maaäet [Prophecy 2006]

20 setembro, 2006

Theatro Circo, Braga

A pessoa responsável por tantas idas a Famalicão mudou-se para Braga por isso é de esperar várias visitas a esta cidade nos próximos tempos. A primeira já parece estar agendada:
O compositor norte-americano John Zorn vai estrear a 4 de Dezembro em Portugal o trabalho «Moonchild». Braga foi uma das sete cidades europeias escolhidas para acolher a banda de Zorn, informa hoje o jornal Público.
John Zorn faz-se acompanhar em palco por Mike Patton (voz), Trevor Dunn (baixo) e Joey Baron (bateria), naquela que será a única actuação em Portugal da sua digressão europeia.O espectáculo insere-se no programa de reabertura do Theatro Circo. Sete anos após ter encerrado para obras, aquele espaço volta a abrir as portas a 27 de Outubro com um concerto de música clássica.

19 setembro, 2006

My Dying Bride - A Line of Deathless Kings

Já sei que será impossível algures no futuro surgir um disco dos My Dying Bride que me venha a soar tão bem e tão refrescante quanto o Turn Loose the Swans ou o The Angel and the Dark River. Esses álbuns foram demasiadamente importantes. São a banda da famosa trindade Britânica (completada por Paradise Lost e Anathema) que se mantêm mais fiel às suas origens. Só lamento o facto de nunca mais terem usado o violino :-Quem gosta de MDB já sabe moderadamente com o que é que que pode contar, afinal, são os Reis da coisa, e, obviamente que o disco não está mau, mas eu já ouvi isto algumas vezes e não posso afirmar que vai para o top5, o que, devido à qualidade desse top, também não implica nada de propriamente negativo :-s
É verdade que está a crescer à medida que vai rodando e rodando e rodando... Há quem diga que o Doom deve ser lento e depressivo, eles já por lá andaram, saíram e voltaram. Aqui voltam a fazer um disco mais românticó-lamechas e menos obscuro que o anterior.
A maior parte está numa toada e ritmo muito semelhante ao que elaboraram em Like Gods of the Sun. Não é um disco lento, e tem algumas leads deliciosas como em Loves Intolerable Pain logo a seguir a um dos poucos momentos de desespero "berrados", que vai desaguar numa parte falada de arrepiar a espinha.
O maior empecilho à absorção deste disco foi mesmo a sensação inicial de déjà vú que alguns Riffs me trouxeram, mas essa sensação foi-se dissipando conforme me fui familiarizando com os temas. As pouquíssimas vocalizações Death são compensadas por excelentes variações melódicas na voz do Aaron. O uso do teclado também é reduzido e quando aparece é empurrado lá para atrás, exceptuando na introdução de Thy Raven Wings onde carrega um minimalismo melancólico.
Para ir consumindo e descobrindo.

Em destaque para já:
To Remain Tombless
I Cannot Be Loved
The Raven Wings
Loves Intolerable Pain

Download

Edição a 9 de Outubro pela Peaceville

18 setembro, 2006

Isis & Aereogramme - In The Fishtank Vol.14


Fishtank session definition: 2 dias de tempo de estúdio; 2 bandas; 20-30 minutos material original composto em conjunto.

Esta colaboração resultou numa simbiose sem mácula que, para além de transmitir uma leveza surpreendente e deveras envolvente, demonstra toda a capacidade criativa de ambas as bandas, numa arriscada viagem ambiental. Sentimo-nos como que empurrados para uma dimensão superior de transcendência espiritual onde vagueamos sobre paisagens delicadas e singulares cortesia do movimento Art-rock intercontinental. Apesar desta aura ambiental que paira sobre todo o registo, a viagem é dividida em 3 tempos bem distintos mas que se complementam perfeitamente, culminando na serenidade de Stolen.
Não se pode afirmar que a sonoridade de uma banda se sobrepõe à da outra uma vez que a comunhão é perfeita, mas o disco é mais atmosférico e épico no sentido Aereogramme. Não chega a haver riffs poderosos, tirando no ritmo militarista da 2ª faixa que é a mais curta.
Imprescindível.

Land: http://rapidshare.de/files/30976882/Isis_And_Aereogramme_-_In_The_Fishtank_14.rar.html

Out @Konkurrent
Informação sobre todos aos volumes "In the fishtank":
http://www.konkurrent.nl/labels/fishtank.html

Left - I Could Stand in Here (2005)

Estreia deste projecto ambicioso de Takaakira "taka" Goto, guitarrista dos japoneses Mono.
Guitarras eléctricas, acústicas, pianos, entre outros dão-nos uma paisagem de sons bastante interessante, cinemática.
A descobrir...


http://www.megaupload.com/?d=P1XYB5OX

Faz um ano...


Crestfall Edit:
Que grande grande concerto! Som impecável e entrega total por parte dos músicos. Em disco já são o que são, mas ao vivo são de um poder trepidante e de uma intensidade avassaladora. Podiam cá voltar...

15 setembro, 2006

Guilhotina 2

Guiness
14 de Fevereiro
Shoegaze
Sire
Lost in Translation

Grails - Black Tar Prophecies Vols 1, 2 & 3

Estou burro com este disco!
O violinista e elemento fundador dos Grails desapareceu.
Depois da Tour Europeia, os restantes elementos da banda nunca mais conseguiram entrar em contacto com o homem. Segundo alguns rumores ele terá vendido o violino e vive agora na rua!
Aparentemente, esta perda resultou numa mudança radical na sonoridade da banda. A etiqueta post-rock que tinham afixada nos discos anteriores descolou e abriu espaço para novas abordagens numa palete muito mais ampla e arrojada.
Este álbum é terrivelmente sorumbático, sombrio e belo, coberto por uma densa bruma mística que deambula por cidades desertas ao sabor do vento trémulo e transporta elementos sludge, jazz, doom, psycha, folk, ... unidos com uma sensibilidade experimental extraordinária capaz de nos hipnotizar.
A produção lo-fi é muito orgânica, todos os instrumentos estão carregados de pó mas fazem sentir a sua presença, mesmo quando estão em surdina.

O melhor trabalho dos Grails, ponto

Out now @Important Records

Landloan:
http://rapidshare.de/files/33202266/grails_-_black_tar_prophecies_vols_1__2__3.rar.html

14 setembro, 2006

Planes Mistaken for Stars - Mercy

O novo disco está, neste momento, em máxima rotação.
Os aviões não falharam. Atestados de Rock, destilam energia e injectam adrenalina, conduzindo-nos a altos voos.
Ainda por cima este trabalho foi produzido por Matt Bayles (Mastodon, Isis), o que dá garantias de um bom enquadramento sonoro.
Não sei como os definir, a sonoridade deles tem um cunho bem próprio, principalmente desde o excelente Up in Then Guts de 2004, que os distanciou da cena emo/hardcore pela abordagem mais rock e mais variada das composições, mas as tags Heavy-rock/post-hardcore devem-lhes servir.
O Artwork é um bocado atípico, muito zombistico, nota-se perfeitamente que foi elaborado pelo mesmo tipo que faz as capas de Pig Destroyer!

To spit a sparrow (5ª faixa) é \oo/. Esta rouquidão whiskyeira tem uma pinta do caraças.

Pode-se ouvir o álbum completo em streaming aqui ou em alternativa
Landloan:
http://www.bestsharing.com/files/ms001119804/PMFS_M.rar.html

Out 3/10 via Abacus Recordings

Fevereiro 2007

13 setembro, 2006

Guilhotina musical

Seguindo a lógica da "Guilhotina" do programa "A Herança" da RTP que consiste em adivinhar a palavra através das pistas, aqui vai a primeira:

Fogo de Artifício
Texas
7 de Maio
Temporary Residence


Assinado: José Carlos Malato

12 setembro, 2006

Isis - In The Absence of Truth

A tarefa dos Isis nunca seria fácil.
A cada novo lançamento eles tentam alterar ligeiramente a fórmula e incorporar novos elementos, nunca estagnando, mas também nunca perdendo o contacto com as suas raízes.
Desde o épico Sludgecore de Celestial, mas principalmente desde o mais denso e simultaneamente mais ambiental Post-metal genre-defining de Oceanic que a banda tem estado debaixo do radar de grande parte da comunidade Rockiana.
Poder-se-á dizer que in the Absence of Truth é a sequência lógica de Panopticon. Mas, desta vez, o tempo que me tomou a digerir o disco foi maior.
Depois da primeira audição completa do álbum, o que mais me surpreendeu, foi a forma como as guitarras já não desenbocavam nos crescendos de intensidade de forma avassaladora criando a muralha de distorção compacta habitual. Não é que os crescendos não estejam lá ou que o disco não tenha partes tão intensas como anteriormente, acontece que, as guitarras não estão é colocadas tão "à frente" como acontecia nos discos anteriores. Ao invés, a bateria faz-se notar mais que nunca, "enchendo" muito mais o disco, com ritmos mais tribais (Firdous E Bareen) e geralmente em compassos mais acelerados (Not in Rivers, But in Drops).
O Aaron também canta muito mais e tem mais melodia na voz, enquanto que as guitarras vagueiam durante longos momentos sem distorção ou com outros efeitos menos "distorcidos", em Garden of Light até há umas insinuações Shoegaze.
No global, fica-se com a impressão de que eles resolveram absorver algumas ideias dos seus amigos post-rockianos, e, só depois de ouvir o disco diversas vezes, se compreende o quão bem lhe assentam essas ideias. Só é pena que lhe falte um bocado de Grandiosidade Riffal!

As melhores:
Not in Rivers, But in Drops
Dulcinea
Over Root and Thorn
Holy Tears

Lançamento a 31 de Outubro @Ipecac.

11 setembro, 2006

Próximo concerto

John Peel - Margrave of the Marshes

Infelizmente só dei conta da importância deste senhor quando faleceu. Vai fazer dois anos em Outubro. Se para mim este livro foi maravilhoso e até então não tinha uma "relação" próxima, para os fãs e os que seguiram a carreira de Peel é sem dúvida essencial.
Em "Margrave of the Marshes" consegue-se sentir em cada palavra a sua paixão pela música e o seu entusiasmo pela vida. O seu humor "seco" e contagioso, as suas histórias, as suas desilusões, está tudo aqui. Ou quase tudo. A 25 de Outubro de 2004 quando John Peel faleceu no Perú, deixou muito para contar. Podia-se pensar que o livro perderia parte do seu valor ou interesse. Mas não. Sheila (ou "Pig" tal como carinhosamente era tratada por Peel) deu conta do recado e terminou o livro com a ajuda do resto da família. Eu confesso que esta foi a parte que mais me deu prazer em ler. Talvez porque só aqui tive noção do Homem que ele era, do Homem que ele foi...

08 setembro, 2006

FDS: Tragedy - Nerve Damage


Como ementa para este fds, talvez para o sistema sonoro da viatura se a melancolia aguentar e deixar :-s (em alternativa continuará a rodar o novo ISIS), teremos o disco que marca o regresso de uma das mais famosas bandas do movimento Punk Hardcore deste milénio. Imbuída desde sempre no espírito DIY, este disco tem edição pela Tragedy Records, claro está.

http://rapidshare.de/files/20293153/Tragedy-Nerve_Damage-2006-FNT.rar.html

The Haunted - Sons de mudança?

Vou na 3ª audição do novo (próximo) disco - The Dead Eye - e ainda não interiorizei bem isto. Não é propriamente o que se poderia esperar de The Haunted, mas também não sei se, ou do que é que estava à espera, nem se será bom recebermos aquilo que estamos à espera. As surpresas podem ser boas, ou não :-s
Não é que as músicas sejam terrivelmente más, porque nem há aqui nada que me faça comichão nos ouvidos, só não contava com esta injecção de melodia e com o abrandamento geral da coisa :-s
Os ritmos frenéticos que são imagem de marca da banda encontram-se espalhados pelo disco, bem como os riffs thrashados (the prosecution, the shifter), mas não são presença tão constante, e há uma dinâmica diferente em quase todos os temas.
No entanto, a maior diferença parece-me mesmo nas vocalizações. As vociferações enraivecidas também se encontram por aqui, mas o Peter Dolving agora "canta" bem mais (the failure, the stain) e até canta bem!
Mais umas voltinhas e isto é capaz de crescer O_o.

Edição prevista para 31 de Outubro via Century Media.

Landloan: http://rapidshare.de/files/31846206/th-tde.rar

07 setembro, 2006

Red Sparowes did it again!


Finally As That Blazing Sun Shone Down Upon Us Did We Know That True Enemy Was The Voice Of Blind Idolatry; And Only Then Did We Begin To Think For Ourselves.

O conceito do álbum já foi aqui exposto pelo André num post anterior, e a única coisa que eu tenho para a dizer é: Fantástico.

Isto não é para ser descrito, é para ser ouvido. É como diz no título da 8ª faixa, pensem por vocês, julguem por vocês. E se nem se quiserem dar ao trabalho de o ouvir, azar o vosso.

Os instrumentos contam tudo. Sussurram, falam, gritam, expelem e transmitem uma enxurrada de sentimentos e emoções apocalípticas e redentoras. O disco até pode servir perfeitamente como música de background, mas é acima de tudo extremamente visual e absorvente se lhe dedicarmos toda a atenção.

Metalocalypse

Metal Cartoon?


Metalocalypse, originally titled Death Clock Metalocalypse and promoted as DethKlok Metalocalypse, is an animated television series on Adult Swim created by Brendon Small and Tommy Blacha. The show's first season consists of twenty eleven-minute episodes, the first of which premiered on the Adult Swim Fix on August 4, 2006, and on Adult Swim proper the following Sunday. The show is described as "Spinal Tap meets Scooby-Doo meets Norway."
Metalocalypse follows the exploits of a half-American/half-Scandinavian death metal band Dethklok. They enjoy a popularity level unheard of in reality.

@ http://en.wikipedia.org/wiki/Metalocalypse

Existem alguns episódios disponíveis nos torrents!

05 setembro, 2006

Twin Zero - The Tomb to Every Hope

Infelizmente estou de volta a este antro (A melancolia também deve estar aí a aparecer) e o nosso amplificador júnior foi OUTRA VEZ de férias! boa vida, carago!
Ao menos é um bom moço, depois de muita insistência lá me arranjou o novo Twin Zero para eu levar de férias.

Foi no início de 2005 que os Twin Zero editaram o seu (excelente) disco de estreia, Monolith. Esta espécie de super-grupo britânico (composto por membros de Earthtone9, Vex Red e Subvert), despertou-me curiosidade graças à presença do vocalista dos extintos Earthtone9. Sensivelmente 18 meses depois chega-nos o sucessor, The tomb of every hope, os tempos dos títulos imponentes de uma palavra apenas já era (Monolith, Oceanic, Leviathan :-s).
O disco começa de forma calma e minimal à imagem do que acontecera no anterior, mas de uma forma menos tribal, desenvolvendo uma tensão que culmina no descerrar das guitarras no começo da 2ª faixa. Em The tomb of every hope cada música é independente e pode existir por si só, mas apesar desta não ser uma viagem conceptual como acontecia no disco anterior, em que o tema principal estava dividido em várias faixas que constituíam diferentes partes mas funcionavam como um todo, as músicas parecem ter um fio condutor na melodia que as fazem fluir com extrema facilidade e "encurtam" a duração do álbum.
Neste segundo disco provam que tem já uma sonoridade bem própria e perfeitamente distrinçável dos demais e conseguem moldar as variações de intensidade de forma única. A maneira como jogam com essas variações, quer a nível instrumental quer a nível vocal, são o principal mérito dos Twin Zero. As diferentes vocalizações de Karl Middleton são ambas cativantes e familiares para quem conhece Earthtone9 e a muralha sónica intercalada com as partes atmosféricas provoca uma destruição controlada de tímpanos incautos no mesmo intervalo de tempo que lhes dá momentos de descanso etéreo.
Adeptos de Art Rock/Prog Metal Hardcore, aficionados por Aereogramme, Cult of Luna, Oceansize, Coheed & Cambria, Tool, Neurosis ou outros que tal, não percam isto!

A edição deste disco vem acompanhada de um segundo (precioso!) CD com 4 remisturas de temas do primeiro álbum.

http://www.sendspace.com/file/eht8hu

01 setembro, 2006

Os anos passam...

... mas a qualidade mantém-se. Adoro este álbum!!!