27 fevereiro, 2007
Primavera em Barcelona
Wilco + Smashing Pumpkins + The Good, The Bad & The Queen + Patti Smith + Mike Patton & Fennesz + Bad Brains + Barry Adamson + Billy Bragg + Buzzcocks + Durruti Column + Girls vs. Boys + Spiritualized acoustic + Jonathan Richman + Melvins + Robyn Hitchcock & The Venus 3 + Slint + Built to Spill + Blond Redhead + Dirty Three + Explosions in the sky + Herman Dune + Kimya Dawson + Low + Modest Mouse + Múm + Ted Leo & The Pharmacists + Isis + Pelican + Comets on Fire + Brighblack Morning Light + Death Vessel + Oakley Hall + Grizzly Bear + Nathan Fake + Luomo + Bola + Dominik Eulberg + Los Planetas + Grupo de Expertos Solynieve + Lisabö + Mus + Standstill + Klaxons + The Long Blondes + Maxïmo Park + The Rakes + Spank Rock + Architecture in Helsinki + Diplo + Bonde do Role + Erol Akan + Dj Hell + Kid Koala
http://www.primaverasound.com/
Para quando um festival destes nos Jardins do Palácio?
http://www.primaverasound.com/
Para quando um festival destes nos Jardins do Palácio?
The Shins - Wincing the Night Away [Sub Pop, 2006]
Por alguma razão nunca prestei muita atenção a esta banda de Albuquerque, nem mesmo quando Natalie Portman afirmou no excelente Garden State "The Shins will change your life!". Por alguma razão também, decidi ouvir este novo álbum no passado fim-de-semana e... não tenho ouvido outra coisa, tem rodado compulsivamente. Que vicio de canções!!! E os arranjos… Ao tempo que não ouvia uns arranjos tão bons, tanto vocais como instrumentais. Posso estar errado mas os The Smiths soariam assim em 2007. E Mesmo que no próximo mês esteja cansado da voz de Mercer este é já o álbum indie-folk-pop-mais-qualquer-coisa do ano. Não estou a exagerar!! Venha a Primavera, venha o Verão e venha mas é Paredes de Coura. Não é que tivesse mudado a minha vida, não mudou, mas com álbuns destes tudo sabe melhor.
23 fevereiro, 2007
Progrunner?
A Roadrunner continua a insistir no aumento da percentagem da música em termos no seu catálogo. Enquanto se espera ansiosamente pelo novo álbum dos Nickelback, notícias com 15 dias continuam a surpreender.
Depois de Opeth e Porcupine Tree [e, já agora, do grande disco de Khoma no ano passado], chegou agora a vez de Dream Theater! As bandas do tridente responsável pelo ainda completamente obscuro ui-ui-isto-é-que-vai-ser-project juntam-se assim na mesma editora.
A aliança dos DT com a RR acontece depois de mais de 15 anos de relação com a Warner. Não sei se esta será a editora ideal, mas provavelmente terão bem mais promoção do que aquela que vinham tendo. O próximo álbum tem lançamento previsto para o mês de Junho.
A aliança dos DT com a RR acontece depois de mais de 15 anos de relação com a Warner. Não sei se esta será a editora ideal, mas provavelmente terão bem mais promoção do que aquela que vinham tendo. O próximo álbum tem lançamento previsto para o mês de Junho.
The Pirate Ship Quintet EP
The Pirate Ship Quintet – The Pirate Ship Quintet EP (Sound Devastation Records, 2007)
The Pirate Ship Quintet é o nome que serve como apresentação para este EP de estreia. O colectivo conta com oito elementos que se vão distribuindo por instrumentos como o violino, piano, guitarras, violoncelo.... a masterizar o disco esteve Magnus Lindberg dos Cult of Luna. Os primeiros sons trazem-nos Post-Rock instrumental, músicas em crescendo até atingirem níveis mais agressivos. As guitarras tocam-se gentilmente em prol de algo etéreo – jazz distante e minimal. Lembramo-nos do pendor orquestral e das micro-sinfonias dos Evpatoria Report.
The Pirate Ship Quintet é o nome que serve como apresentação para este EP de estreia. O colectivo conta com oito elementos que se vão distribuindo por instrumentos como o violino, piano, guitarras, violoncelo.... a masterizar o disco esteve Magnus Lindberg dos Cult of Luna. Os primeiros sons trazem-nos Post-Rock instrumental, músicas em crescendo até atingirem níveis mais agressivos. As guitarras tocam-se gentilmente em prol de algo etéreo – jazz distante e minimal. Lembramo-nos do pendor orquestral e das micro-sinfonias dos Evpatoria Report.
Quase ambiental mas quando os metais se soltam a distorção surge para segundos depois voltarem os dedilhados harmoniosos e arrastados - está tudo bem, menos o tumulto em nós, inquieto até nova explosão. Três músicas, duas delas acima dos 10 minutos, algumas influencias de grupos que movem montanhas com as suas longas composições, como os Godspeed You Black Emperor!, os seus parentes loucos The Silver mt. Zion Memorial Orchestra ou mesmo os Red Sparowes. A presença de instrumentos como o violino traz um ambiente mais emocional ou mesmo trágico ao já usual dentro do estilo. Piratas que se deitam acompanhados pelo silencio do mar onde jazem os corpos acabados de partir...
http://www.thepirateshipquintet.co.uk/
http://www.myspace.com/thepirateshipquintet
http://www.sounddevastation.co.uk/
http://www.thepirateshipquintet.co.uk/
http://www.myspace.com/thepirateshipquintet
http://www.sounddevastation.co.uk/
O Fantas chegou!
E eis que começa o festival do fantástico, que já vai na sua 27ª Edição. O Fantasporto decorre entre os dias 19 de Fevereiro e 4 de Março de 2007, nas duas salas do Rivoli - Teatro Municipal. O evento estende-se, ainda, no dia 24 de Fevereiro, à Casa da Música com os concertos PEDRO E O LOBO de SERGEI PROKOFIEV pela ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO com direcção musical de Mark Stephenson (inclui projecção do filme de Suzie Templeton)e da ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO com direcção musical de Mark Stephenson. A abertura oficial é em grande com o já muito galardoado "EL LABERINTO DEL FAUNO" (de Guillermo del Toro) e com o "SUICÍDIO ENCOMENDADO" (de Artur Serra Araújo). O programa deste ano contempla retrospectivas do cinema fantástico grego, russo, não esquecendo os lusitanos e os habitués "fantas". Este ano o bilhete está mais caro (4 euros), mas vale a pena aderir a este evento que faz pulsar a baixa do Porto. Para mais informações visitem o website http://www.fantasporto.online.pt
Festival de hip-hop - Capítulo 4
De acordo com a edição do Público, de hoje, a Polícia Judiciária (PJ) está a investigar o festival de hip-hop, que deveria ter decorrido ontem em Lisboa, por suspeita de lavagem de dinheiro. O evento já foi cancelado três vezes depois de a organização ter gasto milhares de euros em publicidade.O cartaz incluia os nomes de 50 Cent, Akon, Busta Rhymes, Boss AC,entre outros.
No mínimo hilariante!
22 fevereiro, 2007
Alguém se importa?
Para festejar os lançamentos do passado dia 19 de duas das nossas bandas preferidas:
1. The Birth and Death of the Day (Jesu Mix)
2. Welcome, Ghosts (Adem Mix)
3. It’s Natural To Be Afraid (The Paper Chase Mix)
4. What Do You Go Home To? (Mountains Mix)
5. Catastrophe and the Cure (Four Tet Mix)
6. So Long, Lonesome (Eluvium Mix)
01. Sundown 17:30
02. Sunrise 15:12
Calla - Strengh in Numbers [Beggars, 2007]
"Descobri" os Calla em Paredes de Coura num pôr-do-sol de agosto enquanto esperava pelas actuações dos Yeah Yeah Yeahs e da PJ Harvey. Gostei muito do que ouvi e daí até comprar os três álbuns foi um pequeno passo. Seguiu-se o "Collisions" em 2005 já com os Calla reduzidos a trio e na fase algures entre um suspiro e um berro, tornei a vê-los em 2006 e acabou de sair o seu quinto álbum, segundo pela Beggars.
Este "Strengh in Numbers" continua no mesmo caminho que o seu antecessor mas aparece, na minha opinião, demasiado cedo. As canções de "Collisions" ainda estão meio frescas e nota-se uma certa repetição de ideias. Não quer dizer que tal seja mau, não é, mas está longe de ser marcante ou arrepiante como os seus primeiros álbuns. Os fãs, como eu, vão adorar as novas treze embrulhadas na melancolia do costume mas se o ex.mo leitor não faz a mínima ideia de quem são estes nova-iorquinos eu sugiro que comece pelo imprescindível "Scavengers".
7,95€ na CDGO.com
Grande oferta de discos da Beggars, 4AD, Matador e XL a 7,95€ na Jojo's.
Devendra Banhart, Bardo Pondo, Biffy Clyro, Blonde Redhead, Cat Power, Calla, Chavez, Electrelane, 50 Foot Wave, Fall, Go-Betweens, PJ Harvey, Mark Lanegan, Luna, National, Mclusky, Scout Niblett, Oceansize, Organ, Pretty Girls Make Graves, Radio Dept., Sleater-Kinney, Tv On The Radio, Yo La Tengo, White Stripes e Unwound são alguns exemplos do que se pode lá encontrar. Vou às compras...
16 fevereiro, 2007
E ainda... um recuerdo
1999, pendurado na mesma árvore genealógica, the Chapman Stick man Sean Malone reúne alguns amigos - Sean Reinert (Cynic), John Myung (Dream Theater), Trey Gunn (King Crimson) e Ron Jarzombek (Watchtower) - e desenvolve um prodigioso conjunto de composições instrumentais de rock atmosférico fusão jazz progressivo espacial. Sereno, imprevisível, gracioso, vasto, preenchido, exótico. Imprescindível. E a maneira como o disco termina com a preciosidade "escondida" na forma de Grace...
Aeon Spoke
Relacionado com a familia Aghora, temos o primeiro avanço para o álbum de estreia da nova banda dos ex-Cynic Paul Masvidal e Sean Reinert. Não tem mesmo nada a ver com Cynic como já se sabia, mas por esta amostra até é capaz de vir por aí algo interessante. Entretanto, uma reunião dos Cynic é esperada também para este ano.
Aghora - Formless [2006]
Foram precisos 6 anos para os Aghora nos brindarem com o 2º álbum. O único elemento que sobra da formação original e da formação que gravou o 1º álbum é o seu mentor, Santiago Dobles. Sean Reinert é apenas convidado e dá duas perninhas e dois bracinhos em metade das músicas.
Então e a química que existia no seio da banda ter-se-á desvanecido? Qual química? Isso seria verdadeiramente importante? Os Aghora são o filho de Santiago. As ideias e as composições são do homem.
A secção rítmica já não conta com a colaboração de Sean Malone e com isso o baixo sofre de menor preponderância e não manifesta o mesmo groove marado, ou, visto de outra perspectiva, não é tão extravagante e se calhar até se mescla melhor com os restantes instrumentos. Eu prefiro a versão Sean Malone. A irmã de Santiago tem uma voz bem distinta e esquisita que por vezes aparentava estar deslocada. É difícil de digerir. Diana Serra é mais melódica e versátil e a meu ver enquadra-se melhor com a música. Santiago continua a ser um animal e a fazer de tudo com a guitarra. O homem deve ser um metaleiro dos 4 costados mas tem sensibilidade para tocar qualquer coisa, não se limita ao showoff e nem os solos soam a tecnicismo parolo.
O tema que dá título ao álbum além de ser o mais logo [+12min], é, a meu ver, o melhor, e representa na perfeição toda a ginástica técnica a que os Aghora se propõem. Não há nada de verdadeiramente novo em termos de exploração de diferentes territórios sobre aquilo que foi elaborado no 1º disco, mas também o som já era bem característico e nem encontro outra banda que se passeie pelos mesmos trilhos sonoros. Continuam-se a ouvir e a sentir algumas vibrações orientais quer a nível instrumental quer vocal. Há constantes mudanças rítmicas, breaks meshuggahisticos e declives atmosféricos, diferentes tonalidades nos instrumentos e as partes pesadas parecem-me mais pesadas, mais intensas. Curioso o cameo do mesmo Riff em Atmas Heave e a instrumental Dime [homenagem a Dimebag Darrel?].
Formless não é perfeito, mas contem 70 minutos do melhor metal progressivo (?) que tenho ouvido.
Formless não é perfeito, mas contem 70 minutos do melhor metal progressivo (?) que tenho ouvido.
13 fevereiro, 2007
Alive Festival: Rascunho
Dia 8
Pearl Jam (confirmado)
Linkin Park (confirmado)
Sonic Youth
My Chemical Romance
Dia 9
Smashing Pumpkins (confirmado)
Muse
The Hives ou Kaiser Chiefs
Stone Sour
Dia 10
Beastie Boys (confirmado)
Beatsteaks
The Kooks
Da weasel (confirmado)
Pearl Jam (confirmado)
Linkin Park (confirmado)
Sonic Youth
My Chemical Romance
Dia 9
Smashing Pumpkins (confirmado)
Muse
The Hives ou Kaiser Chiefs
Stone Sour
Dia 10
Beastie Boys (confirmado)
Beatsteaks
The Kooks
Da weasel (confirmado)
12 fevereiro, 2007
Para começar a semana... com calma
Eluvium - Copia
A saga ambiental de Matthew Cooper prossegue.
Desta vez despojou-se dos elementos drone de distorção sónica para adoptar uma orientação clássica com instrumentalizações de sopro, cordas e piano/órgão/teclados. E os títulos são bem indicativos dessa orientação, Prelude For Time Feelers, Requiem on Frankfort Ave, (Intermission)...
Há 2 discos atrás, com o minimal An Accidental Memory in the Case of Death, compôs peças exclusivamente para piano e as aspirações clássicas aqui apresentadas podem afigurar-se como algo desmesurado, mas no fundo são até menos texturadas do que em Talk Amongst the Trees. Nota-se a paixão pelo minimal e simultaneamente a intenção de lhe incutir profundidade. Música Bonita, elegante e cinemática.
E agora vou voltar para o trabalho e deixar isto a tocar. Afinal, não há nenhum problema em a música ambiente ser usada como música ambiente, tirando os comentários dos colegas.
E agora vou voltar para o trabalho e deixar isto a tocar. Afinal, não há nenhum problema em a música ambiente ser usada como música ambiente, tirando os comentários dos colegas.
11 fevereiro, 2007
Once We Were – Contra
Once We Were – Contra (Tenderversion Recordins, 2006)
Recentemente descobri esta banda Sueca que lançou o disco de estreia em finais de 2006. A aposta tem o nome de “Contra”, trata-se de um disco duplo e cada parte foi gravada em períodos diferentes - a verdade é que mergulhei neste disco e ele mergulhou
em mim. A música leva-nos para uma dança imaginária onde estamos sozinhos e apaixonados. Os passos movem-se em circulos harmoniosos permitindo-nos contemplar tudo o que nos rodeia... ouvem-se dedilhados de guitarra que se cruzam em crescendo, Post-rock, ondas de melodia, um corpo musical que ora nos puxa ora nos empurra – surgem fragmentos acústicos e alguns pormenores ambientais. Explosions in the Sky, Toe, Samuel Jackson Five e muitas outras bandas podem
servir de referencia para a sonoridade dos Once We Were, tudo bandas que, talvez como esta, pelo menos uma vez “mudaram” a nossa vida.
http://www.oncewewere.net/
http://www.myspace.com/oncewewere
09 fevereiro, 2007
08 fevereiro, 2007
Blackfield, Porcupine Tree e ...
Steven Wilson não é gajo para se sentar no sofá a coçar a micose, pelo menos não durante tempo suficiente para causar ferida :-s
Por esta altura já é capaz de haver algum material composto pelo ui-ui-isto-é-que-vai-ser-project Wilson/Akerfeldt/Portnoy. Em Abril será editado o novo álbum dos Porcupine Tree - Fear of a Blank Planet - e em simultâneo com a edição do disco arrancará uma tour pela Europa. Antes disso, já no próximo dia 12, teremos no mercado o 2º trabalho dos Blackfield (projecto com o amigo Israelita Aviv Geffen) inspiradamente intitulado II e para o promover estão agendados até meio de Março uma série de concertos na Europa e nos EUA.
Dos ... espera-se por novidades, de Fear of a Blank Planet ainda nem a capa se viu e II tem rodado intermitentemente. É um disco relativamente semelhante ao 1º em termos de composição, no entanto, do S/T gostei imenso e este (ainda) está longe de me conseguir cativar da mesma maneira. Tem uma sensibilidade pop mais acentuada, em que piano assume maior preponderância e regularmente vai sendo acompanhado por algumas orquestrações de cordas. Continua a ser extremamente melancólico e atmosférico e é até preenchido por algumas músicas muito boas como Christenings, Epidemic e End of the World. Acontece que, quando o disco termina, não consigo deixar de pensar - Só isto? Será que alguma coisa me escapou? Acaba por ser um bocado monótono e insosso, falta-lhe algo e nem sei bem o quê, talvez electricidade... E o estranho, é que apesar disto, o álbum tem a força suficiente para me fazer voltar a carregar em play. Aqui fica um pequeno trailer.
Dos ... espera-se por novidades, de Fear of a Blank Planet ainda nem a capa se viu e II tem rodado intermitentemente. É um disco relativamente semelhante ao 1º em termos de composição, no entanto, do S/T gostei imenso e este (ainda) está longe de me conseguir cativar da mesma maneira. Tem uma sensibilidade pop mais acentuada, em que piano assume maior preponderância e regularmente vai sendo acompanhado por algumas orquestrações de cordas. Continua a ser extremamente melancólico e atmosférico e é até preenchido por algumas músicas muito boas como Christenings, Epidemic e End of the World. Acontece que, quando o disco termina, não consigo deixar de pensar - Só isto? Será que alguma coisa me escapou? Acaba por ser um bocado monótono e insosso, falta-lhe algo e nem sei bem o quê, talvez electricidade... E o estranho, é que apesar disto, o álbum tem a força suficiente para me fazer voltar a carregar em play. Aqui fica um pequeno trailer.
Jakob - Solace [Midium, 2006]
A Nova Zelândia não exporta muita música, pelo menos que eu esteja a par, mas engane-se quem pensar que não há mais para além dos The Datsuns e D4. Os Jakob vêm de lá e com eles o terceiro álbum editado pela Midium.
Geograficamente falando, o facto de estarem tão longe impede uma maior e merecida exposição. É verdade que já conseguiram partilhar palcos europeus e norte-americanos com bandas do mesmo espectro musical como Mono ou Pelican, mas ainda assim continuam a ser um segredo até para os aficionados do género. Por outro lado, acredito que isso faça com que directa ou indirectamente sejam inspirados pelas suas origens tal como, por exemplo, os Sigur Rós o são. Posso estar errado mas noutro lado qualquer dificilmente soariam assim. “Solace” é, sem dúvida, um belo refúgio para esta e outras tardes cinzentas mas acima de tudo um álbum obrigatório na nossa colecção a partir do dia 12 de Março.
Dead Combo @ Eurosonic
A Antena 3 vai transmitir em directo o concerto dos Dead Combo no festival holandês a partir das 21h. 100.4 aqui no Porto ou então ouvir online amanhã através do site da rádio.
Matéria Prima em Saldos
Pedir lista para info@materiaprima.pt e depois é só fazer as contas:
Na compra de 1 a 3 discos - Desconto 20%
Na compra de 4 a 6 discos - Desconto 30%
Na compra de 7 a 9 discos - Desconto 40%
Compra superior a 9 discos - Desconto 50%
07 fevereiro, 2007
Blues com o Público
Martin Scorsese lançou o desafio: narrar a história dos blues. Clint Eastwood, Wim Wenders, Mike Figgis, Richard Pearce, Charles Burnett e Marc Levin não hesitaram em aceitá-lo. O resultado foi The Blues, sete filmes impressionistas que testemunham a paixão dos seus realizadores pelos blues, pelos seus intérpretes e pelas suas histórias. Para celebrar os blues, Scorcese reuniu ainda algumas das lendas do género num concerto, cuja gravação constitui o oitavo DVD da colecção que o PÚBLICO agora edita.
Todas as terças-feiras por 7,95€: http://coleccoes.publico.pt/the%20blues
Imperdível!!!
the Octave Museum + ZOZOBRA
Com os Cave In num hiatos indefinido, é normal ver os seus membros noutros projectos a explorar ideias e talentos.
Stephen Brodsky, líder, aparece aqui com mais uma aventura: os the Octave Museum. É um tipo com uma certa fama no underground norte-americano, até já foi membro dos Converge, mas isso não o incomoda nem faz com que deixe de gravar aquilo que lhe apetece. Juntamente com Johnny Northrup (baixo) e Kevin Shurtleff (bateria) criou boas e melódicas canções com um certo apelo ao pop. É definitivamente um excelente disco, um som para toda a gente desde os fãs ao público "descolado", mas é também um belo soco na barriga para todos os melómanos da Hydra Head.
Já Caleb Scofield foi buscar o nome a uma das músicas de outro projecto que tem com Santos Montana (bateria), os Old Man Gloom. Este "Harmonic Tremors" descreve bem as 10 músicas que o compõe: por vezes consegue ser tão pesado como um terramoto mas ao mesmo tempo é acessível e atmosférico. Aqui já é possível encontrar algumas referências aos Cave In (e até OMG) mas duvido que estes algum dia tenham criado algo tão bom quanto este álbum (digo duvido pois não conheço toda a sua discografia).
Estão construídas as bases para que no futuro isto seja mais do que um projecto, merece, e escusado será dizer que é mais uma edição Hydra Head. Selo de qualidade nisto se faz favor!
06 fevereiro, 2007
Agenda
AGENDA AMPLIFICASOM 2010
Fevereiro
5 Löbo + Katabatic @ Fábrica de Som, Porto
9 LICHENS + CASUMI @ PLANO B, PORTO
Março
10 MONO @ SERRALVES, PORTO
Fevereiro
5 Löbo + Katabatic @ Fábrica de Som, Porto
9 LICHENS + CASUMI @ PLANO B, PORTO
Março
10 MONO @ SERRALVES, PORTO
14 Russian Circles @ Musicbox, Lisboa (Prime)
16 RUSSIAN CIRCLES + BLACK BOMBAIM @ PLANO B, PORTO (c/ I Am Rock)
24 gd2d @ Insólito, Braga (I Am Rock)
Abril
Abril
7 Michel Henritzi + Shin'ichi Isohata @ ANRRIQUE, Porto
8 Michel Henritzi + Shin'ichi Isohata @ Domus, Bragança
8 Immanu El @ Insólito, Braga (I am Rock)
10 KYLESA + DARK CASTLE @ PORTO-RIO, PORTO
19 Mouth of the Architect @ Rocksound, Barcelona
20 Mouth of the Architect @ Ritmos y Compás, Madrid
21 Mouth of the Architect @ Musicbox, Lisboa (Prime)
22 MOUTH OF THE ARCHITECT @ PORTO-RIO, PORTO
29 Battlefields + Manatees @ SWR, Braga CANCELADO
19 Mouth of the Architect @ Rocksound, Barcelona
20 Mouth of the Architect @ Ritmos y Compás, Madrid
21 Mouth of the Architect @ Musicbox, Lisboa (Prime)
22 MOUTH OF THE ARCHITECT @ PORTO-RIO, PORTO
29 Battlefields + Manatees @ SWR, Braga CANCELADO
Maio
1 CELESTE @ SWR, BARROSELAS (AMPLIFICASOM SPECIAL)
2 ZENI GEVA @ SWR, BARROSELAS (AMPLIFICASOM SPECIAL)
2 ZENI GEVA @ SWR, BARROSELAS (AMPLIFICASOM SPECIAL)
2 KK NULL @ SWR, BARROSELAS (AMPLIFICASOM SPECIAL)
4 Altar of Plagues @ Palm, Bilbao
5 Altar of Plagues @ Savoy, Gijón
6 ALTAR OF PLAGUES + JORGE SILVA lê DAGERMAN@ FÁBRICA DE SOM, PORTO
7 Altar of Plagues @ Domus, Bragança (Dedos Bionicos)
8 Altar of Plagues @ Ritmos y Compás, Madrid
11 YAKUZA @ FÁBRICA DE SOM, PORTO CANCELADO
19 ALUK TODOLO + EUGENE ROBINSON (Oxbow)@ FÁBRICA DE SOM, PORTO
24 Shellac + Mission of Burma @ ZdB, Lisboa
25 SHELLAC + MISSION OF BURMA@ SERRALVES, PORTO (c/ Mouco)
26 Shellac + Mission of Burma @ Sala Mondo, Vigo
29 One Starving Day @ Insólito, Braga
Junho
11 Bypass @ Palco Secundário festas de Sto António, Vale de Cambra
26 Barry Weisblat + David Maranha + Manuel Mota + Margarida Garcia @ Passos Manuel
Julho
17 Phill Niblock + Katherine Liberovskaya @ Festival Sinsal, Vigo
Setembro
13 PART CHIMP @ MERCEDES
Outubro
8 Khuda @ Musicbox, Lisboa
9 Khuda @ Museu, Braga
10 Khuda @ Domus, Bragança
15 Alfredo Costa Monteiro + Tim Olive @ Festival Trama, Porto
19 MASTER MUSICIANS OF BUKKAKE @ PASSOS MANUEL
Novembro
2 EAGLE TWIN + POMBAGIRA @ PORTO-RIO, PORTO
4 SUN ARAW @ PASSOS MANUEL, PORTO
Legenda
CONCERTOS PROMOVIDOS PELA AMPLIFICASOM
concertos agenciados pela amplificasom
CONCERTOS PROMOVIDOS PELA AMPLIFICASOM
concertos agenciados pela amplificasom
05 fevereiro, 2007
EITS no Conan
"In perhaps the unlikeliest news in our lives so far, we just found out that we will be playing on "Late Night with Conan O'Brien" on February 20th (the day the album is released). We don't know who the featured guests will be yet. Anyway, we think we have figured out a way to play one of our songs in the short amount of allotted time, but wish us luck."
Estranho.... mas ainda bem. Que música tocarão? Uma de 7 minutos num programa destes? De qualquer maneira é bom sinal. Lá para Março deve passar na Radical mas com certeza poderá ser vista mais cedo no Tube.
02 fevereiro, 2007
Dead Combo + Howe Gelb
Dead Combo + Howe Gelb
31 de Janeiro - Theatro Circo
Braga
Os Dead Combo possuem um imaginário muito rico, os westerns, Ennio Morricone, mas sobretudo uma paixão pela cultura portuguesa, por um Portugal “enterrado”, embrenhado em nós. Em palco Tó Trips e Pedro Gonçalves criam um ambiente imune ao tamanho da sala que os rodeia, imaginei-os a entrarem no filme “Les Triplettes de Belleville”... “A Menina Dança”, “Rodada”, “O Assobio (Canção do Avô)” – música dedicada a Vasco Santana e ao seu assobio no filme “Pátio das Cantigas” – discorreram ainda vários temas do disco “Vol. II Quando a Alma não é Pequena”, entre outros. Blues, Fado eléctrico, Rock prestes a explodir mas em respeito para com a alma fúnebre, festa em andamento triste. Houveram ainda versões, Queens of the Stone Age num restaurante chinês e um Tom Waits em puro desvario. Vários duelos com guitarra, contra-baixo, piano etc.... em que o único a sair morto foi o público porque todos nós temos almas pequenas perante a música dos Dead Combo. De seguida foi o regresso de Howe Gelb a Portugal, desta vez sem nenhum músico a acompanhar. O palco “despido” acolheu aquele que fez carreira nos Giant Sand e tem vindo a deixar um legado a solo com alguns discos brilhantes. “’Sno Angel Like You” do ano passado foi a melhor lareira para o meu inverno, Blues quentes, as raízes da América num só homem. No concerto Gelb usou maioritariamente o piano para os temas alegres, um bar de cowboys que é preciso animar, usou o seu excelente humor para conquistar um público já desarmado. Na guitarra carregou o sonho de Neil Young, os dedos de Fahey e a dor de Robert Johnson. As várias músicas, em que incluiu uma homenagem a PJ Harvey, foram despidas à sua maior beleza, havendo espaço para alguns improvisos. Howe Gelb provavelmente está destinado a ser adorado daqui a muito tempo, mas durante o seu concerto certamente muita gente ficou rendida assim como ficou esquecido o dia de inverno que se escondia lá fora....
Sulaco - Tearing Through the Roots [2006]
Foi apenas há umas 3 semanas que tomei conhecimento da existência deste álbum já editado durante o mês Agosto do ano passado. Em 2003 os Sulaco estreavam-se pela Relapse com um EP homónimo bem interessante que na altura até comprei a um preço muito decente. Daí para cá nunca mais tinha ouvido falar da banda, até que uma pesquisa na lista de um user no pássaro azul resultou nesta agradável surpresa. No topo da árvore genealógica criacional do líder dos Sulaco, Erik Burke, encontramos os Lethargy, banda em que também colaboravam Brann Dailor e Bill Kelliher que mais tarde se juntariam aos Today is the Day e posteriormente aos Mastodon.
Os Sulaco não são os Mastodon, mas parte das fundações que suportam as ondas sonoras aqui presentes não andam longe do inspirado vortex dos Mastodon por alturas do Remission numa versão mais "suja". A ferocidade latente nas composições inclina-se mais para um híbrido Death/Grind extremamente técnico mas estende-se sem preconceitos por diferentes formas de agressividade progressiva de uma maneira muito orgânica. Não que a variedade entre cada tema seja muita, no entanto, as enérgicas contorções da bateria e a complexidade dos riffs combinam numa turbulência rítmica constante de partes rápidas em Blast beats para lentas passagens de um groove contagiante. A 1ª faixa do disco ainda arranca de uma maneira relativamente genérica mas até ao fim são-lhe injectadas mais mudanças do que num carro de Fórmula 1 durante um GP. Vocalmente não é o monstro das bolachas que nos assalta os tímpanos mas uma rispidez algures entre Chuck Schuldiner, Phil Anselmo e Derek Green que complementa perfeitamente a insanidade instrumental.
Uma produção crua e alguns salpicos de electrónica sinistra [Summon the Hammer] ajudam a completar o ramalhete.
The End - Elementary
Do EP para o 1º álbum os The End elaboraram uma progressão natural e compreensível, com um refinamento daquilo que já era mathcore caótico inspirado em The Dillinger Escape Plan e Converge elevado a outros extremos e com uma complexidade e personalidade mais vincadas.
A mudança ocorrida entre o 1º e este 2º disco é difícil de ser descrita como uma evolução uma vez que eles resolveram redefinir por completo a sonoridade e estrutura das composições.
A primeira impressão com que fiquei do disco não foi muito positiva tal a surpresa que me entorpeceu os sentidos. A intensidade e brutalidade anteriores existem noutro nível e em muito menor grau sendo em parte substituídas por melodia e subtileza. As guitarras conseguem ser abrasivas e delicadas e o baixo evidencia-se mais que nunca. Há um muito maior ênfase nas vocalizações que desta vez são consistentemente cantadas [tirando as partes em que se assemelha ao tipo de Linkin Park :-s] e regularmente berradas mas perfeitamente perceptíveis. No entanto, apesar desta veia mais melódica, a atmosfera que envolve o disco não é festiva, é geralmente sombria e envolta em estruturas que não sendo caóticas retêm alguma da complexidade e imprevisibilidade anteriores como se pode comprovar em Awake ou na diferente frieza ambiental do vácuo musical que transpira dos ruídos misteriosos de A fell wind.
Uma vez absorvido o choque inicial e assimiladas as transformações, o rock infiltrou-se-me nas veias e bombou à força toda. Podem-se encontrar referências a Tool [Throwing Stones], Isis e Oceansize [the Moth and I], Coheed & Cambria, Deftones... Uma proposta polémica ou irreverente, depende da perspectiva, e que apesar de não ser perfeita já me convenceu.