31 março, 2007

Bonnie "Prince" Billy & Faun Fables

É já na próxima quarta-feira no Theatro Circo em Braga.




Podem ouvir aqui:

Bonnie “Prince” Billie - Strange Form of Life www.auralfitness.com/2007/03/30/stu-and-the-void/


Bonnie "Prince" Billie - Cursed Sleep
withoutsound.com/2007/02/22/botb-top-10-bitchin-albums-part-3/




www.myspace.com/faunfables1

Dark Tranquillity - Fiction [2007]

Ao 8º álbum, o que é que se pode esperar dos Dark Tranquillity? Talvez "apenas" a mesma qualidade de sempre!
Co-fundadores do "Som de Gotemburgo", são uma das bandas mais consistentes que conheço, daquelas de se comprar o disco sem ter ouvido uma única nota. Eles trilham o seu próprio caminho e percorrem-no sozinhos. Com pequenas nuances que vão empregando entre cada disco, é certo e sabido que não nos vão surpreender com transformações radicais. Levando em consideração que a diminuição da rapidez, a maior predominância de elementos electrónicos e as vocalizações limpas utilizadas na transição do The Mind's I para o Projector não são transformações radicais mas meras progressões. É uma questão de aperfeiçoar a fórmula injectando por vezes elementos estranhos.
Os Dark Tranquillity mantiveram sempre a fasquia da qualidade bem elevada e Fiction não é excepção. O impacto até foi mais imediato do que com Character. As músicas vão-se diversificando entre uptempo e midtempo, são mais directas mas também são diversificadas. Faixas como Nothing To No One logo a abrir, Terminus (Where Death is Most Alive) e Focus Shift, são deliciosas cavalgadas melódicas, típicas dos velhos tempos, nada inovadoras mas extremamente poderosas e viciantes, aquelas harmonias nas guitarras... got to love it. Inside the Particle Storm tem variados andamentos, sendo muito atmosférica e simultaneamente caótica. Em Misery's Crown e The Mundane and the Magic temos o regresso das vocalizações limpas, desta vez com maior profundidade, numa onda mais, err, darkwave, principalmente na Misery's Crown, se bem que as vocalizações femininas em The Mundane and the Magic conferem-lhe uma aura gótica. Enquanto que os gritos de Stanne parecem-me mais ameaçadores, mais cortantes. Os Riffs têm a força habitual, são robustos, corpulentos, e mesmo em algumas das músicas mais rápidas os teclados e os componentes electrónicos contribuem com desempenhos principais continuando a ser um dos elementos distintivos da banda.
Agora vou esperar pelo cd para ler a história.
The Kings are back, long live the Kings!
O clip [bastante básico] de Focus shift, tema que serve de avanço ao álbum.

Dream Theater no Porto

Wed June 20th - Porto Coliseum - Porto, Portugal NEW!!
(DT Headlining show with opening band TBA)

Eu tinha comentado no post do SBSR que eles tinham o dia 28 livre... Afinal vêm a 20 :-)

30 março, 2007

A rodar...



Balboa + Rosetta - Split (2007)
Os Rosetta são uma banda de post-metal interessante. Não são das melhores, a voz por vezes irrita-me mas as duas faixas que emprestam a este split são porreiras. Já os Balboa são a banda mais horrível que ouvi nos últimos tempos. Conseguem enganar durante os primeiros riffs da primeira música mas depois…



Black Rebel Motorcycle Club - Baby 81 (2007)
Paredes de Coura, 19 de Agosto de 2004. Fui sobretudo para ver Mark Lanegan e saí de lá apaixonado por estes gajos. Que concertaço debaixo de chuva…
Depois do acústico Howl que demonstrou a flexibilidade destes tipos em fazer o que lhes dá na cabeça sem perder a qualidade, este Baby 81 é um regresso à veia mais roqueira do grupo. Talvez não seja tão bom como os dois primeiros, talvez. Talvez este álbum tenha duas ou três músicas a mais, talvez. Mas mesmo assim, o rock & roll está de volta. E alguém ainda se lembra daquele rock revival de 2000/2001? Pois, ao fim de 7 anos esta é a única banda capaz de rockar…



Boris & Merzbow - Walrus & Groon EP (2007)
Os Boris, provavelmente a minha banda japonesa preferida, são uns irrequietos. Acho que nem eles devem ter a noção do tamanho da discografia deles. Desta vez repetiram a colaboração com o também japonês Merzbow (o gajo que edita sempre o mesmo disco). O resultado é uma cover dos Beatles "I Am the Walrus" e uma barulhenta “Groon”. Coisa para fás, portanto. E a julgar pelo que já vi, o artwork é delicioso.








Electrelane – No Calls, No Shouts (2007)
A carreira destas meninas podia-se separar em A.A. (Antes de Axes) e D.A. (Depois de Axes) pois esse maravilhoso álbum foi um marco do ano de 2005. O primeiro D.A. não seria então tarefa fácil mas... Faltam uns riffs, falta-lhe algo de épico, algo mesmo marcante, tem uns coros a mais mas é um “grower” e quanto mais se ouve melhor. Prefiro-as mais experimentais e menos pop mas a verdade verdade é que eu não as consigo julgar álbum a álbum, gosto delas e pronto. Já vinham cá…


Neurosis - Given To The Rising (2007)
Pais e Senhores de um género que muito me agrada, os ENORMES Neurosis regressam com mais um EXCELENTE álbum. Poderoso, coeso, pesado… quase perfeito. Não esquecer a mão de Steve Albini, o mérito também é dele (ninguém grava baterias assim!!).
Jorge/ Pedro, fico à espera de uma review mais aprofundada e merecida \oo/

Rob Crow - Living well (2007)
Rob Crow andava numa fona entre os Pinback e os The Ladies e decidiu abrandar com este seu terceiro álbum a solo. Passou mais tempo em casa, foi pai e este Living Well é um reflexo de toda essa mudança. Bem disposto, riffs simpáticos, canções primaveris, esta nova edição da Temporary Residence está a ser uma surpresa muito agradável.

29 março, 2007

Botch - 061502 DVD+CD

Foi há 5 anos que os Botch decidiram dar por terminada a sua carreira, numa altura em que se afirmavam como líderes do qualquer que seja o nome que se atribua ao noisecore que praticavam. O derradeiro concerto, realizado em 6 de Junho de 2002 na terra natal de Seattle, foi gravado para a posteridade, e há muito tempo que se esperava por uma edição em DVD. No entanto, só no final do ano passado é que a HydraHead o deu à luz. Isto depois de também terem reeditado, alguns meses antes, Unifying Themes Redux, o cd com a colecção dos temas "raros".
A setlist é composta por 14 músicas que se dividem irmãmente pela história dos Botch. Interpretados com imensa energia, intensidade, emotividade e visceralidade. E nem seria necessário este ser o último concerto para isto ser verdade. Há muitos amigos presentes, há elementos de outras bandas, há agradecimentos, há suor, há sentido de humor, há destruição de instrumentos, há uma altura, em Man The Ramparts, em a confusão é tal, que um dos elementos da banda é arrastado para fora do palco como se de um intruso se tratasse!
A qualidade sonora é muito boa, e a imagem é quase tão espasmódica quanto o próprio som. Na montagem esforçaram-se para combinar as constantes mudanças de câmara e de plano, alternando propositadamente entre o granulado e o sujo. Além da faixa áudio do concerto, existe outra com o comentário dos elementos da banda à totalidade do concerto. Eu apenas ouvi algumas partes, mas deu para perceber que passam a maior parte do tempo a gozar consigo próprios sempre num ambiente muito descontraído e divertido.
Como extras temos o vídeo de Saint Matthew Returns To The Womb e outras 5 músicas de um concerto filmado num local que mais parece um escritório. A qualidade áudio e vídeo não é das melhores. A voz quase não se ouve, mas é curioso de ver as diferentes músicas filmadas de diferentes ângulos e a percepção que se tem dos diferentes instrumentos, sendo mais um bom testemunho da energia dos Botch. O invólucro de cartão é bem porreiro e é da autoria do inevitável Aaron Turner.
Falta aqui um documentário [queixo-me sempre do mesmo], mas não é isso que torna este DVD menos imprescindível para qualquer fã.

27 março, 2007

From the Sky - Like Crystal in a World of Glass [Sonic Devastation, 2007]

O post-rock instrumental é uma sonoridade em incrível expansão e, tal como em todas as trends, era uma questão de tempo até surgirem bandas medíocres.
Estes londrinos From the Sky podem ser um desses casos, depende da perspectiva de cada um. A fórmula está lá, todos os elementos de uns Explosions in the Sky, por exemplo, estão lá durante a meia hora do disco. Mas, estou a ficar sem paciência e enquanto o ouvia só dava por mim a bocejar. Se calhar estão a pagar por outros mas a verdade é que não trazem nada de novo e fresco à veia deste género.

Stereobate - Selling Out In The Silent Era [Distance Formula, 2001]

Eu ainda me lembro de andar no secundário e trocar k7s com alguns colegas de turma mas não sou propriamente "daquele tempo" pré-internet em que até havia clubes e zines com esse único intuito. Falo nisto porque queria ouvir/descobrir os Stereobate e a única forma que consegui foi uma cópia em cdr que me fez lembrar desses velhos tempos (Edu, se tiveres a ler isto, obrigado!). Os Stereobate, trio de brooklyn, cresceram ao som do post-rock e post-punk dos anos 90. As influências Slint, Sonic Youth, Unwound, Girls Agains Boys, Shipping News,etc fazem-se notar mas estão muito longe de serem uma cópia ou uma banda de covers. Estes Stereobate têm uma mensagem e, apesar de ser um álbum difícil de entrar, é sem dúvida muito interessante e recompensador.
É a minha vez de gravar, alguém quer?

Svarte Greiner: 2ª oportunidade

Para quem o perdeu na Fábrica de Som, logo tem uma excelente oportunidade de o ver antes da partida para Lisboa. O concerto será no Era Uma Vez no Porto, às 22h e a entrada é livre.
Relembro que este senhor - Erik K. Skodvin - é apenas uma das metades dos Deaf Center.

The Jesus and Mary Chain @ SBSR

28 Junho
Metallica
Mastodon
Stone Sour
Joe Satriani
Machine Head
3 de Julho
Arcade Fire
Bloc Party
Klaxons
Magic Numbers
The Gift
Bunnyranch
4 de Julho
The Jesus and Mary Chain
Maximo Park
The Rapture
LCD Soundsystem
Clap Your Hands Say Yeah
Linda Martini
5 de Julho
Interpol
Underworld
Scissor Sisters
X-Wife

23 março, 2007

Stars of the Lid - And Their Refinement of the Decline [2007]

André, por falar em ambiental e drone, tens a nova maratona dos mestres Stars of the Lid para ouvir.
São 120 minutos (!) de paisagens sonoras minimais que se espraiam lentamente entre melodias drone, serenas orquestrações de cordas e instrumentos de sopro, e samples que ecoam em surdina pela consciência dos sonhos. A banda sonora ideal para as etéreas aventuras na terra do Sr. Sandman. Tem uma aura hipnótica que advém da ténue variação nas harmonias. É belo e intemporal, mas uma sonoridade tão subtil como esta não é imediata. Este não é um disco fácil, não é para ouvir enquanto se conduz, é para se absorver, sentir e contemplar de olhos fechados, haja é tempo!

A rodar...

Aidan Baker - The Sea Swells a Bit (2006)
Desconhecia o trabalho deste Senhor até ouvir os Nadja. Procurei, investiguei e agora começo a ficar rendido com os seus álbuns a solo. Neste caso trata-se de três músicas com cerca de 20 minutos cada, e para dizer a verdade, ao fim da primeira já estamos completamente mergulhados no mundo de Aidan Baker. Perfeito.


Battles - Mirrored (2007)
Adorei os Eps mas este primeiro álbum não está a ser fácil e ainda não lhe dei tempo suficiente. No entanto, já deu para perceber que o trabalho do baterista é simplesmente notável.
Biffy Clyro - Saturday Superhouse Single (2007)
Acompanho os Biffy desde a adolescência. É daquelas bandas que se fosse hoje nem sequer ouviria mas como os descobri há muitos anos tenho sempre curiosidade em ouvir o que eles fazem. Este é mais um single com um refrão orelhudo muito ao estilo deles. Venha o álbum.Drawing Voices - Drawing Voices (2007)
Projecto interessante de Craig Dongoski com a colaboração exaustiva de Aaron Turner (Isis) que mais parece uma experiência científica. Descrevem online como "an approach to drawing and art making by using technology as a means to develop new models to produce art by" e é, sem dúvida, um desafio que nos leva a pensar no que é a música nos dias de hoje. Para mim, já é um dos melhores do ano. Earth - Hibernaculum (2007)
Eu já gostava deles, mas desde aquela noite na Casa da Música que me tornei fã. Este novo álbum consiste em três músicas antigas re-gravadas de uma perspectiva mais limpa e transparente e ainda a faixa "A Plague of Angels" que apenas constava num split de 12" com os Sunn 0))). Os Earth continuam na estrada de "Hex...", ou seja, mais precisos e concentrados mas aquele ambiente pesado e característico dos grandes pioneiros deste movimento continua presente. Este trabalho vem acompanhado com um dvd composto por material da última tour europeia gravado pelo Seldon Hunt. Sem dúvida, um disco para a colecção. Glenn Jones - Against Which the Sea Continually Beats (2007)
Glenn Jones (esse mesmo dos Culd de Sac) regressa com o seu segundo álbum a solo e é impossível não ficar deliciado. Pensem na escola Takoma, pensen John Fahey (eles foram amigos durante 25 anos), Robbie Basho, Jack Rose e dá para ter uma ideia do excelente que este disco é. Mais um para o carrinho de compras.Nadja - Base Fluid single (2007)
É possível sacar este single legalmente aqui:
http://www.basefluid.foreshadow.pl/
O que não é possível e permitido é deixar escapar esta banda dos nossos horizontes musicais. A primeira faixa - Base Fluid - fará parte do novo "Corrasion" que sairá em Maio pela Foreshadow e a segunda - Numb - é um inédito. Tudo farei para ver esta dupla Aidan Baker e Leah Buckareff no Porto. Veremos... The Evens - Get Evens (2006)
Ian Mackaye dispensa apresentações, certo? Com os Fugazi num hiatus indefinido, Ian juntou-se a Amy Farina e com ela fez faísca. Confesso que desconheço o primeiro álbum mas este é tão fresco, crú... a quimica entre eles parece ser tão intuitiva. Se calhar era disto que Ian estava a precisar: uma banda sem qualquer pressão, uma banda em que os próprios membros fazem tudo, uma banda em que nos concertos ele próprio tem que pedir às pessoas para se aproximarem. Não vem substituir os Fugazi (que afirmação desnecessária) mas é bom ter o Ian a fazer música, isso é.

22 março, 2007

STFU Porto @ Fábrica de Som

22 Março - CKZ (live) + NNY (madeira, live) + aenedra (live) + Svarte Greiner (norway, djset)
23 Março - Pygar (live) + ufoel(uk, live) + Svarte Greiner (norway, live) + Replycant (djset)
24 Março - e:4c (live) + violet (live) + Decybeats (live) + M. (djset)

Isis não vêm a Portugal

Fica aqui o aviso a todos os Isisdependentes que mais uma vez eles não passarão pelo nosso cantinho. A única data na península será no Primavera em Barcelona tal como em 2005.
Em breve serão anunciadas todas as datas europeias.

Shellac & Slint

O próximo álbum da banda de Steve Albini vai-se chamar "Excellent Italian Greyhound", terá 9 canções e sairá no dia 5 de Junho com o selo da Touch and Go. A contagem decrescente começa aqui ;)
Já os Slint estão a considerar a hipótese de gravar um novo álbum também pela Touch and Go e a acontecer seria o primeiro em 14 anos.
Relembro que ambas as bandas vão estar em Espanha no mês de Maio:
16/05 Shellac @ Kafé Antzokia, Bilbao
31/05 Slint @ Primavera Sound Festival, Barcelona

A nossa amiga CD-Wow

"Judge rules against cheap CD site
Online music store CD-Wow has been found in contempt of court for selling illegally imported cheap CDs in the UK.
The High Court in London ruled that the site's owners, Music Trading Online, were "in substantial breach" of a 2004 agreement to stop selling such albums.
Record companies complained that the site broke a deal not to buy cheap CDs in places like Hong Kong and re-sell them in the UK without permission.
CD-Wow said the judgement "spelled disaster for millions of music fans".
The company will be fined in July after an inquiry into how much it owes the record labels who complained of copyright infringement."


O resto aqui.

Why metal fans are brainier

A disproportionate number of bright students listen to metal. No wonder - it's difficult, erudite and still the voice of the outsider.
As Metallica once said, let it be written. It's not the students who love Radiohead that are likely to be the brainiest in their University but the kid down the hall with the Tool t-shirt and a fixation with the floor. A study published today reveals that a disproportionate number of members in the National Academy for Gifted and Talented Youth (a body of 120,000 students which represents the top 5% of academic achievement) list heavy metal - or "metal", as its devotees these days know it - as their favourite kind of music.

Continua aqui.

21 março, 2007

Hella vs The Locust

2 discos já editados este ano, de duas das bandas mais ... hummmmm ... coiso, que o panorama desconstrucional musical já conheceu, ou ainda há-de conhecer. Os Hella agora aumentados a quinteto, com um vocalista e tudo, apresentam composições que estão mais estruturadas que o habitual. Enquanto que os The Locust continuam a desbravar terreno em Neptuno com as suas frequências sónicas extra-sensoriais, no intuito de decifrar o código genético das plantações de agriões em Carcavelos de cima.

Melhor nome
HellaThe Locust
Melhor capa
Melhor título (álbum)
There's no 666 in Outer SpaceNew Erections
Melhor título (música)
Anarchists Just Wanna Have FunGod Wants Us All to Work in Factories
Melhor estilo (sonoro)
Math-rock avant-noise experimentalSpazz-noise prog-core punk
Melhor estilo (estiloso)
Melhor performance
Hella
The Locust

Eu Bou!

"Keeping in line with their non-conformist approach to music, West Yorkshire's Paradise Lost bring their forever evolving sound to KOKO. If these gothic metallers promise anything it's what you don't expect." O concerto é no dia 12 de Abril e vai ser gravado :) Eu Bou!

http://www.koko.uk.com/

Big Business - Here Come The Waterworks [2007]

Depois de no ano passado se terem somado aos 2 Melvins para revitalizarem a secção rítmica no último disco destes, os Big Business estão de regresso com o 2º álbum de originais e continuam a levar tudo à sua frente.
Aquilo que eles representam, ficou escrito no álbum de estreia, Head for the shallow. Que ninguém se equivoque sobre as pretensões destes senhores, eles não querem inventar nada! O que não implica que sejam monocórdicos, formulaicos ou copistas.
Os power duos são não espécie em vias de extinção, mas também não andam por aí aos magotes, e nem encontro algum que ande a fazer exactamente o mesmo - Os DFA'79 tinham uma inclinação mais pop e já passaram à história, os Om são bem mais droners stoners, enquanto que os Lightning Bolt são noisers insanos demais para serem copiados -. E, tal como esses notáveis da paridade instrumental, com "apenas" um baixo e uma bateria, e a ajuda da cantoria de Jared Warren que se assemelha a um cruzamento entre Lemmy e Jaz Coleman, conseguem elevar as ondas de intensidade a níveis com que formações com o dobro ou o triplo de elementos apenas conseguem sonhar.
Durante as primeiras 4 músicas a fúria é imparável, não em termos de agressividade, mas de pura energia e vibrações rock & raw. Os pedais de efeito fazem, por vezes, o baixo parecer uma guitarra e engordam o som, enquanto a bateria joga com constantes mutações rítmicas. Em Grounds for divorce é particularmente viciante. Os dois últimos temas são surpreendentemente longos e psicadélicos. Uma melancolia sludge que contrapõem na perfeição a cavalgada inicial.

20 março, 2007

Concerto no próximo sábado.

Matt Elliott
http://www.myspace.com/mattelliotandthethirdeye




Manyfingers
www.myspace.com/manyfingers




24 de Março
23 horas
O meu Mercedes é maior que o teu
Porto

Para lembrar! Eu vou estar lá.

Jeff Tweedy no Porto Canal

Gravado em Fevereiro de 2006, este "Sunken Treasure" consiste em 17 canções gravadas em cinco concertos a solo do vocalista dos Wilco.
Irá ser transmitido no Porto Canal nos seguintes dias:

22-03-2007 2:30
22-03-2007 15:00

24-03-2007 4:00
25-03-2007 0:30
29-03-2007 2:30

16 março, 2007

Logo

Os miúdos nunca mais deixarão sopa no prato


Khlyst - Chaos is my name

Lembrete para o verão

Origem: Languedoc-Roussillon France
Álbum de estreia: The Alcest full length "Souvenirs d'un autre monde" will be released in summer 2007
Editora: Prophecy Productions
Soa a: "Music from another world"
Site: http://www.alcest-music.com/
Ouvir: http://myspace.com/alcestmusic
Pela amostra, promete! E a capa é linda.

15 março, 2007

Pelican - City of Echoes [2007]

Portanto, isto não é difícil. Continuamos a ter os mesmos 4 pelicanos de Chicago, com as 2 guitarras, o baixo e a bateria, que continuam a orientar os seus desígnios sonoros pelo InstruMetal, e procuram alargar os tentáculos da sonoridade incorporada na matriz inicial para outros territórios adjacentes.
Desta vez optaram por retirar alguma da dimensão ambiental épica e expansiva que construíram em The Fire in Our Throats e na harmonia conjunta de Australasia, inclinando-se para uma abordagem mais despida e mais directa, e com temas mais curtos. Até o título do disco é menos poético e a capa menos paisagistica. De qualquer maneira o directo aqui não implica um retorno à forma monolítica com que me impressionaram no EP de estreia, nem implica ausência de melodias ambientais - oiça-se a excelente última música e propriamente intitulada A delicate sense of balance. Até podemos encontrar alguns paralelismos entre o tema título City of Echoes e a grandiosa March into the Sea.
O disco contem momentos bem pujantes como em Dead Between the Walls, em que os Riffs continuam a ditar a sua lei, só que estão noutra onda distorcional diferente da da intensidade sludge do inicio e a secção rítmica está bem mais à frente do que nessa altura, ouve-se perfeitamente o baixo a carburar. Digamos que no global tem um maior apelo Rock e um sentimento mais suburbano, mas continua a ser distinto, continua a ser Pelican, e continua a ser muito bom!
Ainda faltam 2 meses para o lançamento do disco. Vou ver se espero pela rodela para o voltar a ouvir, até porque no fórum da HH alguém afirmava que a versão que por aí anda não é a final.

Nadja - Thaumogenesis [Archive, 2007]

Que viajem…
Sento-me à janela, observo o mar e as nuvens. Desligo-me do oceano e concentro-me nas nuvens. Tanto as sinto suaves como derrepente as vejo a zangarem-se e a vociferarem trovões e relâmpagos. Desligo-me das nuvens e concentro-me no oceano. Vejo-o calmo como um espelho mas altivo, escuro, profundo e sedutor. É assim este álbum da dupla canadiana Aidan Baker e Leah Buckareff. Viagem única de 62 minutos entre as paisagens do drone, ambiente-doom e shoegazer-metal para fãs de Sunn 0))), Jesu, Growing e Fennesz. Destaque para o maravilhoso artwork do enorme Seldon Hunt e para a “mãozinha” de James Plotkin na masterização.
Belo, nadja mais.

Sonic Youth + White Stripes em Portugal

28 de Junho
Metallica
3 de Julho
Arcade Fire
The Magic Numbers
Klaxons
Bloc Party
Bunnyranch
The Gift
4 de Julho
Sonic Youth
The White Stripes
Maximo Park
LCD Soundsystem
5 de Julho
Interpol
Underworld
Scissor Sisters
EDIT: "A Música no Coração desmentiu a notícia colocada no site dos Maximo Park que adiantava a presença dos White Stripes e dos Sonic Youth a 4 de Julho no Festival Super Bock Super Rock. Uma responsável da promotora adiantou que chegaram a existir negociações com ambas as bandas que entretanto fracassaram. O desacordo teve a ver com datas, entre outros motivos."

14 março, 2007

Badgerlore - We Are All Hopeful Farmers, We Are All Scared Rabbits [Table of the Elements, 2007]

"Produzido por Tom Carter (Charalambides) ao lado de músicos como Rob Fisk (ex: Deerhoof, 7-Year Rabbit Cycle), Ben Chasny (Six Organs of Admittance, Comets on Fire) e Pete Swanson (Yellow Swans) este disco é um bom sedativo para cair no descanso e na paz que tantas vezes faz falta. Vocalizações húmidas, guitarras psicadélicas e atmosferas ácidas numa viagem sonora até onde a imaginação de cada qual conseguir chegar..."

in Dedos Bionicos

Riding Panico

Só agora tive a oportunidade de ouvir o EP dos Riding Panico e, mais uma vez, estou entusiasmado com uma banda portuguesa. Partilham elementos com os Men Eater e If Lucy Fell, selo de qualidade garantido. A descobrir aqui: http://www.myspace.com/ridingpanico
O futuro promete!!!

Para o Filipe

13 março, 2007

65daysofstatic

A single is a promotional tool aimed primarily at radio stations, the music press and television, as a means of raising the awareness of a band. It's not really aimed at the people who buy it, unless you’re the kind of band who sells so many you make a lot of money. It is an excuse to go on tour. 65daysofstatic don’t really need an excuse to go on tour, because we’ll be doing that for the rest of the year.
http://www.65daysofstatic.com/index3.html

"The Destruction of Small Ideas" será editado no fim de abril e aqui fica o novo single "Don't go down to Sorrow".

Broken Social Scene

no maravilhoso "Half Nelson":

12 março, 2007

Drawing Voices: preview

Honestly, can a music concept get more interesting than Drawing Voices? We doubt it. But beyond its theoretical aims, the music contained is also awesome: as organic as it is electronic; mellow and minimal at times; with moments of obvious volume-push abrasiveness. This self-titled release is an appropriate stepping stone for the Double-H Noise family. And since it’s a new year—we at Hydra Head Industries enjoy congratulating ourselves—let’s say that said imprint is responsible for groundbreaking releases by SUNN 0))), Agoraphobic Nosebleed, Merzbow, Everylovely Lightning Heart, Phanthomsmasher and many more.Of course, if that’s not enough to lure in our rabid fan base, the contributions of Aaron Turner to the disc’s sonic explorations ought to do the trick. His treated guitar textures might remind listeners of his guitarist-as-Magellan travels with House of Low Culture and The Lotus Eaters.
Track Listing:
01 Being Born Broken
02 Mask
03 Scattered Shavings
04 The Shrine of Wreckless Illumination
05 Being Born Broken II
06 A Choir Speaks

09 março, 2007

Amanhã em Braga


Heavy Metal in Baghdad


As 5 partes do documentário podem ser vistas aqui


E um trailer de Get Thrashed: The Story of Thrash Metal pode ser visto aqui.
"Get Thrashed: The Story of Thrash Metal had its world premiere at the 2006 Raindance Film Festival in London."

Resuminho

Giardini di Miro - Dividing Opinions (2007)
O sentido não será concerteza esse, mas o título deste disco é previsivelmente apropriado no que respeita à divisão de opiniões sobre o conteúdo musical. Talvez o mais acessível que os Italianos já fizeram e simultaneamente o menos homogéneo. Decididamente menos post-rock e mais dream pop slowcore com alguns acenos à indie britânica.
Num momento fazem uso de samples ao estilo de 65daysofstatic e de arranjos ascensores à GY!BE como é exemplo July's Stripes, para de seguida se jogarem de cabeça na indietronica em Spectral Womam a lembrar the Notwist e posteriormente, em Broken By, soarem a um cruzamento entre Interpol e os seus conterrâneos Klimt 1918.
Até gosto particularmente desta sequência e dos arranjos de cordas, mas no seu todo o disco não funciona na perfeição, longe disso. É penosamente razoável.



Mors Principium Est - Liberation = Termination (2007)
Desde 2003 a carburar a um ritmo de 1 álbum por cada 2 anos, os MPE não conseguem com este 3º surpreender nem subir a fasquia da qualidade.
Enquanto que Inhumanity e The Unborn transportavam uma energia e creatividade que conjugadas com uma velocidade estonteante e uma abrangente palete de influências, contribuíam para a expansão das fronteiras do Melodic Death Metal, Liberation = Termination opta por não expandir nada e jogar simplesmente pelo seguro e de forma previsível, abordando as músicas de uma maneira mais directa.
Os principais componentes continuam a soar da mesma forma, exceptuando a menor preponderância atribuída aos teclados e volta e meia pontificarem mais alguns elementos electrónicos que até apimentam a coisa. Isto tudo até podia ser positivo se as músicas fossem verdadeiramente boas, só que quando o disco termina a vontade de o voltar a ouvir não é muita.


Machine Head - The Blackening (2007)
Through the Ashes of Empires despertou os Machine Head do marasmo criativo de Supercharger. E The Blackening é a confirmação de que estes gajos ainda estão aí para as curvas. Acaba por ser um seguimento lógico e é o melhor disco desde a estreia em '94 com Burn My Eyes. E tal como em '94, criaram um álbum que pode ficar para a história como um marco no Metal Moderno de tendência Retro.
É terrivelmente consistente. É marcadamente Machine Head mas é mais Thrash e mais Progressivo! Não tem os hinos de BMY porque as músicas são mais técnicas e não estão tão centradas nos refrões. Metades delas são verdadeiramente épicas e rondam os 10 minutos de duração com um espírito progressivo em constante mutação e recriação. É um potente disco de guitarras. Os solos são muito bons. O primeiro de Wolves poderia estar no Kill 'Em All e ouvem-se alguns riffs que teriam lugar no Cowboys From Hell ou no Arise. Também continuam presentes os verdadeiros momentos chuga chuga weee à Machine Head (Halo). A produção é exemplar para este tipo de sonoridade e assegura o fulgor necessário a cada um dos intervenientes. Parabéns, Senhores.


Asunder - Works Will Come Undone (2006)
73 minutos divididos em 2 músicas que na realidade são 3 actos bem distintos, porque metade da 2ª faixa é uma experiência pelo negro vácuo drone à qual, provavelmente, não será alheio o Sr. pouco famoso produtor Billy Anderson.
Os Asunder são Americanos e este é o seu 2º álbum [e o meu primeiro contacto com a banda]. Parecem-me claramente inspirados pela escola Europeia de Doom/Death e Funeral Doom de uns Celestial Season, My Dying Bride e Skepticism. Algures no 2º tema também lembram os primórdios dos Paradise Lost.
Estes 73 minutos são mesmo a banda sonora dos condenados e requerem a atenção completa do ouvinte. As composições rastejam durante a maior parte do tempo num ritmo extremamente vagaroso e melancólico, mas o disco é bem mais variado do que seria de esperar. Os arranjos de violoncelo são calorosos e graciosos e moldam-se nos Riffs colossais, deixando as notas reverberar no 1º tema e sendo mais incisivo no início do 2º e nas partes menos sónicas.
Um dos melhores álbuns do género que ouvi nos últimos anos e que deve ser obrigatório para todos os aficionados do respectivo! Agora tenho que arranjar o anterior.


Rwake - Voices of Omens (2007)
Este disco não é de assimilação fácil. Enraizados no sul dos EUA, os Rwake transportam no seu Southern Sludge Doom intensamente retorcido e agreste influências dos conterrâneos EyeHateGod e Crowbar amalgamadas em alucinações progressivas na linha de Mastodon e assolação sónica análoga a Neurosis.
Carregadamente abrasivo e maior contribuidor para a deslocação das placas tectónicas, permite-se espaço para respirar em pequenos momentos de serenidade acústica e é extremamente subtil nas harmonias e generoso nas melodias, a notar na sequência Fire & flight e Leviticus.
A conjugação de toda a sujidade imersa no assalto hostil das guitarras, na variação dos berros desaustinados da dupla de vocalistas - ele e ela - vá-se lá descobrir quem é quem, e da bateria que se arrasta em diferentes direcções, fazem deste disco uma extraordinária e indispensável proposta que eleva os padrões criativos dos Rwake e transporta o ouvinte numa viagem alucinante. Ah, e é a estreia pela Relapse.


Casa da Música promete!!!

Mensalmente, o Clubbing demonstra ter vindo a criar o seu público com edições que abrangem as mais diversas vertentes dos ritmos contemporâneos e agregam performances, projecções e instalações sonoras. Em Abril, destacam-se as influências da música alemã, em Maio as do Brasil e em Junho o Primavera Sound, onde a Casa da Música surge associada a um dos principais festivais de música independente da Europa para apresentar as tendências mais underground da música electrónica, sem esquecer o rock e o pop.

08 março, 2007

Madcab

Nascemos em 2001 e durante 5 anos demos dezenas de concertos, andámos por ruas de sentido proibido e lá, no meio de tudo o resto, criámos o nosso som. Só depois deste amadurecimento decidimos que fariamos um álbum – só assim fazia sentido. Em 2006 gravámos e em 2007 cá está ele – Keeping Wounds Open. O álbum reflecte o nosso espírito rock mas com uma identidade sonora mais detalhada e coesa.

É possível sacá-lo aqui: http://www.keepingwoundsopen.com/
Entretanto aqui ficam as datas dos próximos concertos:
8 mar @Fnac Colombo Lisboa
10 mar @Censura Prévia c/ Men Eater Braga
28 mar @Music Box c/ Riding Pânico Lisboa
5 abr @IPJ Faro c/ Guernica Havoc - A confirmar Faro
16 jun @ Fábrica de Som Porto