O imaginário de Fever Ray

Existem projectos musicais que marcam pela diferença a nível visual.
Alguns consideram este aspecto uma extensão da própria música, outros um complemento, existem também aqueles que não dão assim tanta importância a esta questão.
Um projecto que me chamou a atenção, quer pela música, quer pelo visual é o projecto a solo de Karin Dreijer Andersson dos The Knife, Fever Ray. Já com os The knife Karin Andersson apresentava elementos visuais a condizer com cada álbum.
Os vídeos, as fotografias, as mascaras, o guarda-roupa, os adereços são utilizados para expressar algo sobre a música, uma estética, um sentimento de maneira a que chame a atenção da própria música e não da pessoa atrás dela, segundo Karin "a música por si só consegue direccionar tudo o que precisas saber, porque a necessidade de saber sobre a pessoa que a criou? A música é muito maior que a pessoa".
A influência estética de Karin no seu primeiro álbum a solo é assumidamente nativa americana, algo que foi buscar a Dead Man de Jim Jarmusch e ao álbum "Anonymous" dos Tomahawk, pois esta influência também se estende à maneira de cantar, algumas músicas fazem lembrar por vezes cânticos nativo americanos.
A nível músical fez um álbum mais lento do que os anteriores com os The Knife, ela compara o ritmo lento ao ritmo do filme de Jarmusch.
Ao vivo o visual de Fever Ray é considerado um ritual, com um ambiente muito teatral, com Karin utilizando uma guarda-roupa nativo americano, mascaras africanas, a cara pintada, alguns candeeiros, pouca luz, fumo e alguns lasers, os músicos que a acompanham também se apresentam devidamente trajados.
Karin faz lembrar uma Björk mais nova, com sangue novo e um visual mais sério, teatral, intimista e no final escondido (Alguêm já viu a cara dela sem qualquer artificio?).
Vamos ver como será o segundo álbum de Fever Ray.

12) Pelican - What We All Come To Need [Southern Lord]
13) Buried Inside - Spoils of Failure [Relapse]
14) Jodis - Secret House [Hydra Head]
15) Animal Collective - Merriweather Post Pavilion [Domino]
16) Porcupine Tree - The Incident [Roadrunner]
17) Shrinebuilder - Shrinebuilder [Neurot]
18) Caspian - Tertia [The Mylene Sheath]
20) Russian Cirles - Geneva [Suicide Squeeze]



















Standards, o álbum em questão, é uma viagem jazzística conduzida pelo estilo inconfundível, explorador e enigmático de Derek. Os seus dedilhados são imprevisíveis, podemos ouvi-los várias vezes que a sensação do desconhecido é sempre a mesma. Sentimo-lo a respirar e a inovar entre os acordes, sentimos a “luta” entre o som e o silêncio (esteticamente as comparações com John Cage são correctas) atravessando o espaço ao longo do tempo.
Albert Ayler Trio - Spiritual Unity [ESP 1964]
Fushitsusha - Origin's Hesitation [PSF 2001]
Iancu Dumitrescu - Untitled (1983-1991) [Edition Modern 1991]
Rodrigo Amado, Kent Kessler, Paal Nilssen-Love - The Abstract Truth [European Echoes 2009]





















































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