31 março, 2009

Earth é hoje e está esgotado

Chegou um dos dias mais esperados do ano, os Earth tocam esta noite no Porto num concerto organizado pela Amplificasom e a Lovers & Lollypops (mais uma bela noite em conjunto). Felizmente para nós e infelizmente para quem não comprou, o concerto está esgotado. Não digo que logo não haja uma ou outra desistência ou um ou outro bilhete a mais, mas é certo que teremos casa cheia para receber a banda d' O mestre Dylan Carlson.

Pioneiro do drone-doom como o conhecemos hoje, influência determinante no nascimento deste espectro e na formação de bandas como os SunnO))), amigo de Kurt Cobain (foi Dylan que vendeu a espingarda a Kurt, mal ele sabia que...), Dylan Carlson é uma daquelas personalidades que deixam marcas na música. Vénia. Em palco estará muito bem acompoanhado por Steve Moore, Adrienne Davies e Don Mcgreevy.

Horários (nem sempre depende de nós, mas é isto que vamos tentar):
Portas/ reservas 21h30
Jorge Coelho 22h/ 22h30
Earth 23h

Até logo no concerto do ano =)

30 março, 2009

No blog com... Vuk Valcic

A Rock-A-Rolla é cada vez mais uma das revistas mais credíveis e cativantes daquilo que identificamos como underground. Do pós-metal ao avant-garde passando pela electrónica fodida e o free-jazz, a Rolla e as suas vinte mil cópias mensais já conquistaram o seu espaço. Mas, uma revista destas não se faz sozinha, uma revista destas precisa de um cérebro por trás. Vuk Valcic é o Editor da cada vez melhor Rock-A-Rolla e apesar de revista lhe consumir "300% do seu tempo", ele lá nos respondeu às perguntas do costume.

O que roda no teu leitor de cds/ mp3?
Currently on heavy rotation: Faith No More - everything; Isis 'Wavering Radiant', Zu 'Carboniferous'

Último álbum que compraste?
I don't remember :)

Último concerto?
Omar Rodriguez Lopez

Último filme que viste?
RockNRolla !

Livro na tua mesinha de cabeceira?
Rock-A-Rolla! Haha

SFTU: também falta um mês

SWR XII: falta um mês

Especial Amplificasom c/ Year of no Light e Grey Daturas dia 1 de Maio \m/

27 março, 2009

A Storm of Light: oferta de cds

Temos originais para vos dar do álbum de estreia - And We Wept the Black Ocean Within - da nova banda de Josh Graham (Neurosis). Para isso, só basta convencerem 8 amigos vossos a irem ao nosso concerto do próximo dia 4 de Abril. Resumindo, há cdzinho do bom para quem fizer 8 reservas.
A promoção também serve para quem já reservou o seu bilhete e, como é óbvio, é limitada. Estamos à espera!!

Messer Chups em Portugal

Os Messer Chups já estão em Portugal e vão partir a louça com o seu Trashy Sci-Fi Horror Surf-Rock. Banda sonora ideal para um filme b porno de vampiros surfistas no velho oeste, este duo russo é responsável por essa indescritível mixórdia musical num grau de bizarrice só possível numa colisão entre Ed Wood, The Cramps, um Theremin e vodka contaminada. Eis as datas:
27/03 @ Armazém do Chá, Porto HOJE!!!
28/03 @ Cabaret Maxime, Lisboa
30/03 @ Central Pub, Bragança

Earth: últimos bilhetes à venda

Últimos bilhetes:
Reservas Amplificasom/ Lovers & Lollypops: ESGOTADO
Lost Underground: ESGOTADO
Louie Louie: ESGOTADO
Jojo's: 6
Matéria Prima: 9
Piranha: 8
Para quem ainda não comprou, aproveitem o fim-de-semana!!!

Mestres no Porto

Esquerda: Stephen O'Malley @ Culturgest 11/04
Direita: Dylan Carlson (Earth) @ Passos Manuel 31/03

Perrine: quem não foi também pode ouvir

perrine en morceaux

transmissão em diferido do concerto no Café au Lait

Sábado - 28/03 - 20h00 - Rádio Zero

http://www.radiozero.pt/ouvir/

Kongh: novo álbum

O novo álbum do espectacular trio sueco que a Amplificasom se encontra a marcar a próxima tour sai um dia antes do concerto portuense, 15 de Maio. A obra-prima (duvidam? eu não) vai-se chamar "Shadows of the Shapeless", terá cinco temas num total de 57 minutos. Artwork em cima, duas amostras aqui: http://www.myspace.com/kongh

Descubram as diferenças


26 março, 2009

Rock-A-Rolla 19 já chegou


ROCK-A-ROLLA 19

Isis! Mono! Nadja! Fennesz! Black Dice! Cobalt! Editions Mego! The Kilimanjaro Darkjazz Ensemble! Wolves In The Throne Room! Stinking Lizaveta! Crippled Black Phoenix!

Mais de 100 reviews, incluindo o último e possivelmente o melhor álbum de Sunn O))): Monoliths & Dimensions.

Ao vivo: SunnO))), Animal Collective, Parts & Labor, Pain Jerk & Emeralds!

E MUITO MUITO MAIS!!!!

A Rock-A-Rolla é uma revista Inglesa dedicada ao avant-rock, metal, noise, sonoridades experimentais e a todos os artistas que estejam de algum modo a estimular o mundo da música e a demolir fronteiras. É uma revista abrangente, que reúne uma excelente secção de notícias, artigos sobre música, entrevista e resenhas a discos e filmes, assim como nos faz chegar o que de mais excitante se passa nos palcos de Inglaterra e um pouco por todo o globo. Numa edição bi-mensal, totalmente a cores e com aspecto de coleccionáveis, a Rock-A-Rolla tem vindo a assegurar distribuição num número cada vez maior de países (Canadá, EUA, Japão, Austrália, e vários países da Europa). Em pouco mais de ano tornou-se numa das publicações mais faladas e elogiadas por todos aqueles que se interessam por música e seguem a sua evolução, tendo já adquirido estatuto de culto. Khanate, Justin Broadrick, Melvins, Mike Patton, Sunn0)) + Boris e Dillinger Escape Plan foram alguns dos artistas escolhidos para capa da Rock-A-Rolla, pelo que podemos esperar novas escolhas impares e muitas surpresas fascinantes… A Rock-a-rolla tem distribuição exclusiva em Portugal via Amplificasom.

Preço: 5€ (concertos Amplificasom); 6€ via CTT Azul

Nachtmystium cancelam tour europeia

Quem virá com Jarboe dia 16 de Junho? Atirem palpites e espreitem o blog, dentro de dias damos novidades.

Perrine @ Café au Lait 22/03/2009 (fotos)







25 março, 2009

E o Crack the Skye?


Agora que já por aí anda uma versão completa e com qualidade decente, qual é a vossa opinião sobre crack the skye?
Eu, como não gostei mesmo nada da primeira versão que leakou (brigado ichi mas...), fui-me actualizando com as opiniões que iam surgindo na net. Opiniões que, como normalmente acontece, se dividiam. Agora que já consegui "arranjar" a boa versão do disco, e depois de o ter ouvido algumas vezes desde o início da semana, compreendo que os que não acharam piada a este disco devem ser os mesmos que já não gostaram do Blood Mountain. A sonoridade continua a ser tão instantaneamente identificável com Mastodon que não há como não gostar. Para quem ainda vive no tempo do Remission não há nada a fazer. Os Mastodon já não estão tão caóticos nem brutais, amadureceram e estão mais moderados, estão uns senhores bichos do rock. Mas atenção que isso não lhes retira a capacidade de cavalgar sobre ritmos imprevisíveis, nem a força insuperável de alguns riffs, controlam é melhor a musicalidade, conjugando ritmo, melodia e a harmonia com um cheiro heavy old-school, factores que compreensivelmente podem desagradar a alguns. E as vozes amansadas e docinhas? Também é capaz de não agradar a todos... Azar. Me likes. Criaram aqui alguns dos temas mais cathcy e sing-a-long, mas é indesmentivel que continuam poderosos e criativos como o raio, continuam pesados e devidamente versáteis, a The Czar e a The last baron, são épicos prog do catano! Continuam a justificar a máxima, Mastodon Rocks \m/

/\RTE

"Mind the Drift" em Abril

O novo dos Big Business já tem artwork, data, artwork e tema novo para nos deliciarmos:
1. Found Art
3. Cats, Mice
4. I Got It Online
5. The Drift
6. The Ayes Have It
7. Cold Lunch
8. Theme From Big Business II

Querem mimos da Hydra? Basta serem parecidos com um deles...

Um dia em Madrid com os Cult of Luna

"Hey, então tudo bem?
Finalmente tive algum tempo pra te contar como foi. Ainda bem que resolvi perguntar-te como era da viagem para lá...foi barato demais para aquilo que vi. Cult of Luna é algo de outro mundo. Ao sair do aeroporto foi fácil, o metro não tem mesmo nada que saber. Bem, lá cheguei à Sala Live que é muito porreira e o gajo tinha lá o meu nome na listinha graças a ti. Aquilo estava à pinha por isso não devia mesmo haver mais bilhetes. Cheguei lá e estava o Klas, o vocalista de Cult of Luna, a vender as t-shirts...eu comprei uma preta com a capa do álbum! Os Moho começaram às 21h30 e apesar de já ter ouvido algumas coisas deles não tava nada à espera de serem tão bons ao vivo. Surpreendeu-me muito mesmo, o baterista é muito bom e deram um bom concerto de 45 minutos com muita pujança. O público manifestou-se a favor. Lá para as 22h50 os Cult of Luna entram em palco. A entrada ficou um bocado àquem das expectativas porque eles começaram com a And With Her Came The Birds. A música é fofinha mas para ser ouvida com calma no Ipod...não num concerto. Mas pronto, correu bem até. O que vi depois disso foi a Sala Live ir abaixo! Uma setlist de sonho. Owlwood foi a segunda e que música. O Johannes a puxar pela voz...o Klas ficava sentado ao lado do palco, numas escadas, enquanto não era a vez dele de berrar. Seguiu-se a Following Betulas que foi igualmente fantástica, Dim para acalmar um bocado os ânimos...depois a Adrift e a Eternal Kingdom. Juro que se o concerto acabasse aqui já me dava por satisfeito porque foi muito intenso mas o melhor estava para vir. Depois de uma instrumental (Osterbotten acho) começaram os acordes da Leave Me Here. Passei-me! Em Coimbra não tinham tocado essa que para mim está no top 5 de músicas deles. Foi fantástico, um dos momentos da noite mesmo. Entretanto pararam um bocado, lá afinaram as guitarras mais uma vez e ouvia-se a Finland. Não estava a contar porque pensava que ia ser a última música e não poderia ser aquela. Foi igualmente incrível, é difícil actuar da maneira que eles o fazem...vê-se que estão a dar o máximo e que adoram aquilo que tocam. Com o acabar da Finland a banda saiu de palco e já estava a dar em doido...Então e a Ghost Trail??? Lá me fizeram o gostinho e subiram novamente o palco para tocar uma das melhores músicas que já ouvi até hoje. Não dá para dizer uma palavra que defina bem o quanto gostei deste final de concerto...foi arrasador...a parte final da música foi de um poder que me fez passar assim um flash dos melhores momentos do concertos. Sem pensar muito posso dizer que foi o melhor concerto que já vi até hoje e já vou a shows há muitos anos e vou a muitos até. Foi um sonho, superaram tudo aquilo que esperava ver e eu já esperava muita coisa. O mais desagradável foi o que aconteceu depois...ir dormir para o chão do aeroporto, mas fiquei a lembrar-me do grande concertão que vi e rapidamente chegaram as 11h da manhã e lá fui eu embarcar no avião para vir para o Porto. Queria agradecer-te mais uma vez pela ajuda, não sabia que ficava assim tão barato ir a Madrid e nem estava a pensar aparecer. Já sabia disto da Ryanair e das viagens low cost mas estava com um bocado de receio embora quando falei contigo disseste as coisas de forma tão normal que vi que ia correr tudo bem eheh. É mesmo muito fácil andar por Madrid...andei a pé por grande parte da cidade e vi que não havia nada para ter medo. Foi muito giro, espero repetir quando puder financeiramente e quando houver bandas agradáveis para ver. Bem, agora vou ver se ouço o novo de Mastodon que soube agora que já está pela net :P .
Obrigado e um abraço!
Victor Lima"

24 março, 2009

Earth no Porto: falta uma semana!!!!

Formados originalmente em 1990, inspirados por Black Sabbath e de inspiração para Sunn O))), os Earth são fruto da tenacidade de Dylan Carlson e ocupam um espaço muito próprio no panorama musical, evidenciando-se como artesãos no alongamento do som, singulares na forma como o desnudam e o fazem reverberar lentamente em ondas que se repetem com derivações esparsas e minimais, e que são capazes de se elevarem a narrativas visuais. De cariz marcadamente rock, são reconhecidos como pioneiros do drone doom, mas a riqueza da simplicidade esconde elementos folk, psicadélicos, blues, jazz e até gospel. A segunda encarnação está a ser uma benção, e com Hex; or Printing in the Infernal Method em 2005 e The Bees Made Honey in the Lion's Skull no ano passado, demonstraram que estão melhores que nunca e a viver a fase mais inspirada de sempre.

Tibet aqui ao lado

Quem? Current 93 + special guests (James Blackshaw e Andrew Liles)
Quando? 16 e 17 de Maio
Onde? Salón Teatro, Santiago de Compostela
Quanto? 20€ a 25€
Porque não posso ir? Dia 16 há Kongh no Porto...

23 março, 2009

Wavering Radiant: o tópico dos desabafos

Vejo alguns de vocês a transmitirem aquilo que sentem e sentiram quando ouviram o novo dos Isis através da nossa shoutbox e, como também preciso de desabafar, fica aqui o tópico oficial para irmos falando sobre o disco.

No blog com... Stephen Kasner

Stephen Kasner é pintor, músico, fotógrafo, ilustrador, etc etc embora goste apenas de se definir como um artista seja em que área for, o que ele precisa é de criar. Já fez artwork para bandas como Sunn O))), por exemplo, mas eu vejo-o sobretudo como um pintor pois foi assim que descobri o seu trabalho e pelo qual cedo me apaixonei. Um dia destes terei um Kasner na parede, até lá fique-se com as perguntas do costume:

O que roda no teu leitor de cds/ mp3?
Paul Metzger, 'Three Improvisations On Modified Banjo'
Pink Floyd, 'Live at Pompeii'
The Mercury Program, 'All the Suits Began to Fall Off'
Leaf Hound, 'Growers of Mushroom'
James Plotkin/Tim Wyskida, 'Improvisations'
Gnaw, 'This Face'

Último álbum que compraste?
Nadja, 'Trembled'

Último concerto?
The Not So Good ol' Boys, Cleveland, Ohio

Último filme que viste?
2001: A Space Odyssey

Livro na tua mesinha de cabeceira?
'Gonzo: The Life of Hunter S. Thompson'
'The Devil's Notebook', Anton Szandor LaVey
'Polanski', by Roman Polanski

A família Brötzmann

Falarei deles, Peter (o pai saxofonista) e Caspar (o filho guitarrista), em breve. Serve este tópico apenas para dar a conhecer, a quem ainda não conhece, a música extraordinária de ambos. Comecem pelo Machine Gun de '68 para descobrirem a música do Brötzmann mais velho, e o Home de '95 para o mais novo. Digam algo, música é isto.

Larsen em Serralves

Os italianos Larsen, banda que já partilhou palcos com Neurosis ou Einstürzende Neubauten por exemplo, tocam em Serralves dia 13 de Maio às 22h. O concerto será baseado no novo álbum La Fever Lit e, tal como o álbum, terá a colaboração da diva do dub e do cabaret pós-punk Little Annie.

SOMA: bilhetes já estão à venda

Os bilhetes para a noite mágica de 11 de Abril já estão à venda desde a semana passada. Comprei os meus na Culturgest, mas pelos vistos também estão à venda em lojas como a Fnac.

Nachtmystium: tour europeia em risco?

Blake Judd, guitarrista e vocalista dos Nachtmystium (banda que vai andar em tour com Jarboe), partiu uma perna recentemente o que levou a banda a ter que cancelar toda a tour americana. Para já, ainda não recebemos qualquer informação oficial sobre a eventualidade de terem que vir a cancelar a presença no nosso concerto de 16 de Junho, mas...

20 março, 2009

Uma espécie de newsletter (para quem não lê os mails)

Olá malta do róque,

O gmail não anda lá muito bem para estes lados, mas vamos tentar:

O concerto dos míticos Earth está quase aí, é já desta terça a oito que nos voltamos a unir com os nossos amigos da Lovers para mais uma noite única e distinta, e por aqui já se contam os dias para (re)vermos a banda de Dylan Carlson. Como muitos de vocês já sabem, o concerto está praticamente esgotado, mas últimas informações garantem-nos que ainda há uma dezena de bilhetes distribuídos pela Matéria Prima, Jojo's e Piranha.

Por motivos que nos são alheios, os bilhetes para os concertos de A Storm of a Light e This Will Destroy You ainda não foram impressos. Não se desloquem às lojas, reservem-nos para o nosso mail com primeiro e último nome e número de telemóvel, o vosso lugar fica garantido pelo menor preço. Relembro que os A Storm of Light são a nova banda de Josh Graham dos Neurosis, Battle of Mice, ex Red Sparowes e vão dar um concerto fabuloso com videos e imagens projectados em toda a tela do Passos Manuel. Se esta noite correr bem em termos de afluência é mais um passo para daqui a uns tempos termos os próprios Neurosis por cá. Aqui fica a info detalhada de ambos os concertos:

A Storm of Light (us) + Catacombe (pt)
4 de Abril, Sábado
Passos Manuel, Porto
22h
8€ reserva
10€ no dia

This Will Destroy You (us) + Without Death Penalty (pt)
15 de Abril, Quarta
Passos Manuel, Porto
22h
8€ reserva
10€ no dia

Entretanto, para aqueles que não consultam o nosso blog com regularidade, o número 19 da Rock-A-Rolla está a chegar e, tendo em conta a quantidade de reservas que estamos a receber, vai esgotar mais dia menos dia. Este número coloca (finalmente) os Isis na capa e dá destaque aos Mono, Nadja, Fennesz, Wolves in the Throne Room, Black Dice, etc etc. A revista aos poucos tem alcançado o seu próprio espaço (nicho) no mercado e os elogios vêm de todos os lados. "The first and last word in modern music" afirmam eles, nós concordamos. Se ainda são daqueles que gostam de relaxar lendo em papel, se têm mente aberta para descobrir novos sons e se se consideram ecléticos no gosto musical (do pós-metal ao free-jazz passando pela electrónica minimalista etc etc) então experimentem.
A revista custa 5€ (concertos Amplificasom) e 6€ via CTT.

Para terminar, já sabem que confirmamos mais uma noite com a Lovers & Lollypops? É isso, a lenda Jarboe e os Nachmystium tocam a 16 de Junho no Passos Manuel. Apontem na agenda este e os seguintes que nós em breve damos notícias:

22/03 Perrine @ Café au Lait (c/ EDITMAKEMIX) // Entrada livre
31/03 Earth + Jorge Coelho @ Passos Manuel (c/ Lovers) // Últimos bilhetes à venda
04/04 A Storm of Light + Catacombe @ Passos Manuel (c/ SWR) // Reservas: amplificasom@gmail.com
15/04 This Will Destroy You + Without Death Penalty @ Passos Manuel // Reservas: amplificasom@gmail.com
01/05 Grey Daturas + Year of no Light @ SWR XII
02/05 Asva @ SWR II CANCELADO
07/05 Amplificasom recomenda: Mothlite @ Teatro Roberto Vidal, Vigo // Entrada livre
16/05 Kongh + TBC @ Fábrica de Som // Reservas: amplificasom@gmail.com
16/06 Jarboe + Nachmystium @ Passos Manuel (c/ Lovers) // + info em breve

Feito. Vemo-nos domingo no Café au Lait? Apareçam!!! A música da Perrine é sonhadora, está bom tempo, a entrada é livre e o Porto é ainda mais belo aos domingos à tarde. Venham beber um café e escutar a Perrine, ok?

Até lá então :)

Abreijos,
AMPLIFICASOM
--

Catacombe esta noite no barco

Nota para o fim-de-semana: The Bug cancelou a tour nacional

Bat For Lashes

Um artista ou um grupo com constante presença nos círculos indie e com nomeações para prémios de música britânicos assusta e intimida qualquer indivíduo mentalmente lúcido, mas devido a referências a nomes como Björk, Tori Amos ou Scott Walker, resolvi que estava na altura de perceber o que Natasha Khan anda a fazer. E a verdade é que, apesar de nem tudo me agradar plenamente neste conceptual Two Suns (2º álbum), a miúda que se denomina artisticamente de Bat For Lashes, criou algumas músicas verdadeiramente adoráveis. A forma etérea com que a sua voz desnudada inicia Glass, a primeira do álbum, demonstra como as composições são conduzidas pela qualidade das suas melodias vocais e desenvolvidas em arranjos minimais e subtis que lhes conferem uma aura dreamy. Mesmo os elementos mais plásticos como a caixa de ritmos irradiam vibrações místicas, ajudando também a conferir uma maior variedade sonora ao conjunto. Nesta Glass gosto particularmente da percussão que é a mais vibrante de todo o disco. Siren song, Good love, Two planets (a mais Bjorkiana), o single Daniel, e a assombrada The Big Sleep que conta com a colaboração do Scott Walker, são as outras músicas que mais me cativam.

19 março, 2009

Animal Hospital esta noite no Porto

Inserido na cada vez mais importante "Isto não é uma festa indie", Kevin Micka vem novamente ao Porto para apresentar o seu novo "Memory". Paisagens sonoras que podem agradar a todos os fãs de pós-rock, drones e afins, já partilhou palcos com House of Low Culture, por exemplo, e por aí se tem uma ideia.
Bilhetes a 5€, primeira banda às 23h.

Resto da tour nacional:
20/03 Lisboa
21/03 Leiria
22/03 Bragança

Perrine no Porto no próximo domingo

Planeiem o vosso domingo de forma a que às seis e meia da tarde estejam a tomar um cafézinho no Café au Lait (1 minuto dos Clérigos). O tempo está óptimo, a entrada é livre... venham ver e ouvir a Perrine, venham beber um sumo, venham fumar um cigarro, mas venham!!!!

18 março, 2009

Buried Inside - Spoils Of Failure [2009]

Gosto quando o impacto de um disco é imediato e me deixa impressionado logo à primeira audição, mas os álbuns que vão maturando e crescendo à medida que se multiplicam as audições acabam muitas vezes por ser até mais recompensadores.
Ao contrário do que aconteceu com o Chronoclast [2005], este não me atingiu à primeira. Quer dizer, eu gostei logo bastante do que ouvi mas não fiquei impressionado, não tanto quanto estou agora, depois de ter absorvido repetidamente a magnanimidade desta obra. Igualmente sólido e coerente em termos musicais, é um disco mais homogéneo em termos de tempos, não há variações abruptas, é a bateria que se exercita em espasmos mais hardcorianos, mas todo o corpo é uno, revoltado, angustiado, arrastado, com a inclinação melódica que lhes é reconhecida, capaz de irradiar uma esperança luminosa admirável. As vozes são mais berradas, com um alcance mais profundo, menos gritadas, fazendo simetria com a monolítica parede sónica erigida com a preciosa ajuda do Kurt Ballou. Aquilo que narram, pela amostra do conteúdo lírico da II e da V no myspace da banda, continua a ser pertinente, confrontacional, aparentando ser ainda mais elaborado e até algo abstracto, contribuindo para que Spoils Of Failure seja uma oferta completa e poderosa. Uma para os anais do ano.

Rolla 19 a caminho

5€ em concertos Amplificasom
6€ via CTT
Reservas: amplificasom @ gmail.com (sem espaços)

Wavering Radiant: já o tenho

É verdade, foi tipo prenda de aniversário de um amigo da Conspiracy. Tenho-o desde segunda-feira, mas ainda não o ouvi. Acho que a expectativa também faz parte do álbum (começamos por saber que a banda vai gravar, depois os títulos dos temas, o artwork, etc etc) e tenciono ouvi-lo pela primeira vez no fim-de-semana, é preciso o momento ideal para um disco destes. Um grande obrigado ao Joris e... à melhor banda de sempre.

No blog com... Stephen O'Malley

Quem me conhece sabe que é um dos músicos que mais admiro e quem lê o blog sabe que é um dos nomes mais mencionados por aqui. Neste momento, SOMA dispensa qualquer introdução sobre a sua carreira musical. "O’Malley é tido como uma das principais figuras da última década na afirmação estética do metal enquanto género de vanguarda e espaço artístico aberto à liberdade e expansão criativas". Nem mais...

O que roda no teu leitor de cds/ mp3?
Astral Social Club "Ocuplex" vhf #114

Último álbum que compraste?
Queen "II" and some early Pink Floyd CDs

Último filme que viste?
"Aguire der Zorn Gottes" on the big screen at the Pompideu. In GErman with french subs hahaha

Livro na tua mesinha de cabeceira?
"Journey to the End of the Night" Louis-Ferdinand Céline

Runhild entrevista Kasner

Mencionei ambos várias vezes, mas para quem não os conhece, critiquei o livro com as obras do Kasner aqui e o álbum da Gammelsaeter aqui. Segue agora uma entrevista entre os dois:

RG: The introduction to your personal profile on Wikipedia states: ”Stephen Kasner (born 1970) is a painter, illustrator, musician, photographer, graphic artist, and magician.”Which of the mentioned crafts do you regard as your major or preferred line of work? What choices or sacrifices did you make to develop and hone your major art form when you master so many?
SK: I don't really feel a differentiation between between any of these elements. All these forms are mediums utilized to accomplish many of the same goals. I do primarily consider myself a painter, first and foremost. Painting is the medium that I feel comes most naturally to me in my efforts to exorcise and transfer emotion and ideas.

RG: You master most trades in art – visuals and auditory. Is there a red line, a common denominator, for your expression in various mediums?
SK: Strange, odd, loving memory recall, including conscious experiences as well as lucid and sleep-induced dream states.

RG: Your art – paintings, photos and music – often decipher the expressions of nature, from frail beauty to dark horror. What emotional elements of nature inspire you?
SK: The entire Phenological order of nature inspires me, from resounding elements to the most delicate. The most succinct collision in nature that inspires me are moments of death and rebirth, and the activities in between.

RG: From nature, you seem to depict larger scenarios (universal collisions) or details (leaves, flowers) more often than the scaled perception most people have of the world (what we see in our field of vision or through the 50 mm lens: persons and things in their environment at a proportional size to ourselves). Considering the elements you choose to pull forth and depict, can you describe what your artistic perspective on the visual world is? And what elements of the visual world appeal most strongly to you?
SK: Most intensely, things which cannot be readily seen. I find most appealing things which are filtered through various lenses of dream and hallucination crossed with reality. I firmly believe in altered states of consciousness; I believe there is an infinite possible parallel-universal combinations beyond that which we consider our tangible, logical reality. Dream states are a perfect example of this thought. How many of us have had dreams whose sensations resonate much more intensely than our waking consciousness. Often, for me, I am able to recall minute details of dreams because of their sheer intensity. They are often like looking at life through a microscope, with sensations so magnificently enhanced. I liken intense hallucinogenic drug experiences to inspire the same type of magnification.

RG: Seeing your art, I often think of the cycles of life and death. Creation and destruction, rebirth. Could you tell more about your reflection on life cycles?
SK: These cycles are, after all, what we are made of, what the universe is composed of. I am often perplexed by tangible sensations of cycles. It is interesting to note that we can sense ourselves changing as we grow older. Sometimes this can be true on a day to day basis, if we pause long enough to allow awareness to seep in.

RG: Joy and horror. Light and darkness. Expansion and collapse. Your art often contain such pulsating, strong contrasts – and the results are stunning and beautiful. What, for you, is most beautiful about the contrasts of nature?
SK: I think it is astoundingly interesting to note that the wolf which can tear at an enemy out of fear or defense, or violently destroy for the sake of survival, is also equally capable of nurturing love. It protects its young with equal, yet opposite strength and demand. This contrast, I feel, can be applied to humans as well. We are all equally destructive yet protective and coveting. Sadly, this human instinct has become increasingly diluted with technology and fashion.

RG: The use of animals and botanical elements in your art speaks of an interest for nature, specifically for biology. I recognize features of species such as the Ibis (Threskiornis) and the Hummingbird (Trochilidae), and you have even depicted the birds along with their diet (nectar from the hibiscus flower). Your human shapes, with attention and detail to anatomical features, also speak of an interest for things biological. Do you have scientific training, or do you read biology and anatomy?
SK: Probably only marginally, or for reference. The closest thing I can attest to serious medical study is figure drawing and anatomical study of bones, muscles and their functions. I did spend time in school strictly studying these elements, and we did have to know and learn technical terminology of bones and muscle groups. Beyond that, in attempts to make connections within my work, I do research and seek out reference for certain things. Usually however, once I digest the information, I discard it from immediate consciousness, and let the memory or impression of the subject rise to the surface. My work is not intended to be a study on specifics within nature, but reflected connections of many things combined.

RG: You often paint birds. Particularly you have painted a study for a self portrait where a human body has a bird head – like Thoth, the Egyptian god with the head of the ibis bird. He was considered the heart and tongue of Ra as well as the means by which Ra's will was translated into speech. He has further been involved in arbitration, magic, writing, science, and the judging of the dead. I am sure there is no coincidence in your choice of symbols – what significance do birds and the man-bird shapes have for you?
SK: Nothing of such specific historical significance necessarily. And more perplexing, I really don't often know. These elements come to me often on an instinctual level, where it often takes a great deal of time and work to fully realize the meaning. I try to work as unconsciously as possible, so when these connections are made, the bird and human for example, I try not to question it or make any sensible corrections. I have painted several self-portraits that have no reference of, or specific representation of myself or what I appear outwardly. Many of these self-portraits were never intended initially to even be self-portraits, so to title them as such while I am working on them, or after the fact, can be a little mysterious even to myself. It does somehow make sense to me, obviously, or I wouldn't do it. These connections, like the bird and man, make sense to me on a spiritual, alchemical and occult level. They are magical workings more than they are paintings. The paint is only a means too exert some kind of mysticism, a lifelong magical work in progress.

RG: To create a painting – what steps do you go through, mentally and physically? Do you have an image of the finished result or motif in your minds eye when you stretch the canvas, or do you simply start and let the result reveal it self? Do you work at night, or in daylight? Do you work in silence or do you listen to music while you paint?
SK: These possibilities often change. I do rarely premeditate imagery, however. I rarely do sketches beforehand, unless the painting is intended to be for a specific purpose from the onset. Even then, if I do create sketches, I typically discard them, or simply do not reference them while I am in the painting process. It is more important that I have worked the idea out mentally, rather than to refer to a sketch specifically. Lately, my work schedule floats rather ridiculously. All time has been seeming to blur together- night and day- it has really become rather superfluous and unimportant. I tend to work extremely long hours, and when I am working on a large painting, or large series of paintings, I can work 20 hours straight for many days. It all depends on how the spirits are engaging. If things are good and the painting is flowing well, I work as long as I have to, until I know I must break from a piece or else cause some catastrophe.I do very often listen to music while I work. It helps to set a mood and mind frame for the emotions I am intending to work out.

RG: You have worked with musicians, creating cover art for music recordings. How do you transform the music to visual art? What element of the music is important for you to bring out? Do you discuss the meanings of the music with the musicians or get requests for themes, do you listen to the music to find the theme, or do you simply sense instinctually what is going to be right?
SK: I employ all of the above in varying degrees. Sometimes, I will have interaction with musicians about their work, other times I simply follow an emotional dialogue I am having with the music itself. Usually though, it takes ingredients of all these things to achieve the right balance and state of understanding the music enough to flow with confidence. Sometimes these elements work better than others, but if I am not attached to the music and its emotional components, I will have no interest in working with a particular band or musician, and simply won't collaborate. There must be a connection between the music and the artist. This is the sole purpose of the collaboration. If there is no symbiosis between my work and that which I am attempting to connect with, the attempt at conveying the spirit within will be moot.The core of how I actually transform the music into images is an almost Shamanistic principle. I certainly envelop myself within the music with repeated listening, allowing the center of the music's emotion to rise to the surface. For me, this occurs easily. I latch onto that and begin to see forms and images. From there it is sometimes like connecting the dots. Other times, it is a longer journey of trial and error, until the image or images I am creating resonate with the same emotional vibrations I sense from inside the music.

RG: You have had numerous solo exhibitions, published two books with your art, are soon to release a solo CD, and you sell paintings to collectors internationally – all this while being a young artist in your thirties. How did you accomplish so much in your adult years? What has been your drive to work so intensively and be so creative?
SK: Oddly, I often feel intensely behind in my goals! You put it very nicely, but when you are inside the growth, living with it on a daily basis, the sensation is that things happen very slowly. It is kind of like watching a child grow; the parents who raise the child do not notice the growth as intensely as the grandparent that sees the child less frequently. If you step back and look at the growth from a distance, it appears fantastic. From the inside, however, in perpetual examination of it, it seems less than phenomenal.I do work very long hours every day, usually seven days a week. I rarely take days off. If I relax too much, all I tend to think about is what I would be able to achieve if I got back to work. I have always had the sensation that life is grossly, horrifyingly short. I love life a great, tremendous deal, and am often concerned that I will not have enough time and youth and energy to execute all that I have challenged against myself. It is this love of life and aversion of death that is often the focus and dichotomy within my work.

Video para aqueles que estão a acordar agora e repararam que está um belo sol lá fora

17 março, 2009

Mothlite em Vigo!!!!!!!!

Não, infelizmente não vêm ao Porto, a Lisboa nem a outra cidade qualquer. Esta data é exclusiva e será a única na península. A Amplificasom influenciou e está aqui para vos orientar caso queiram ir.
É obrigatório!!!
Mothlite + TBC
Teatro Roberto Vidal Bolaño, Vigo
7 de Maio, Quinta
18h30 (17h30 em PT)
Entrada livre

No blog com... Alan Dubin

Conhecido por fazer parte dos defuntos Khanate, Alan Dubin é o vocalista com a voz mais distintamente torturada de sempre. Estável e bem sucedido na sua profissão como Editor de video (uma das razões para o fim dos Khan8), Dubin regressou este ano não só com o póstumo da sua eterna banda mas também com o seu novo projecto: Gnaw. Manda pinta este gajo e é altamente simpático. Aqui fica o costume:

O que roda no teu leitor de cds/ mp3?
CD Player: Jack Rose "Dr. Ragtime And His Pals"
Turntable: Cloven Hoof "Dominator"
Ipod: My Ipod is fuckin' broken but only vinyl is worth a shit anyway

Último álbum que compraste?
Procession "The Cult Of Disease" 12"

Último concerto?
Metalion (Canada) at The Charleston, Williamsburg, Brooklyn

Último filme que viste?
The Wrestler (and it was killer)

Livro na tua mesinha de cabeceira?
"Happy Endings" by Jim Norton

ASVA cancelado

É com uma enorme tristeza que vos digo que os Asva cancelaram a tour europeia. Sendo assim, o concerto em Barroselas já não vai acontecer e estamos tristes, muito tristes...

16 março, 2009

Rapidinhas...

Æthenor - Faking Gold and Murder [VHF 2009]
“FGM is a modern classical music trip”, assim se define o último trabalho da banda de Stephen O’Malley, Daniel O’Sullivan e Vincent de Roguin, aqui acompanhados por Alexander Tucker, o mestre David Tibet entre outros. Não sei o quê que eles tentaram criar, mas acabam sempre por nos transportar para uma outra dimensão. Gajos como eles criam música muito à frente do nosso tempo. Gente: ouçam estas merdas, é isto que nos leva em viagem, este tipo de música faz-nos crescer. Ah, e convido-vos a catalogarem este álbum. “What you have created I cannot uncreate”.
+: não soar a nenhuma outra banda, genuíno
-: esperar-se outra coisa tendo em conta o pedigree dos músicos

Ephel Duath - Through My Dog's Eyes [Earache 2009]
Trabalho mais acessível da banda, mas nem por isso deixa de ser muito bom. O conceito (e que outra banda senão eles para o explorarem?) baseia-se na composição através da perspectiva de um cão. Quanto ao som, esperem estruturas complexas que nos fazem tentar adivinhar o que vem a seguir, e quando o álbum começa a crescer então aí já não o largamos. Longe de ser um álbum para toda a gente, é sem dúvida um disco para mentes abertas.
+: a guitarra de Davide Tiso
-: a presença de Ben Weinman (Dillinger Escape Plan) não aquece nem arrefece

Fennesz – Black Sea [Touch 2008]
Fennesz é Fennesz, mas tenho com este Black Sea uma relação agridoce. Não me quero alongar muito, não quero registar uma opinião que certamente vai mudar assim que tiver mais disponibilidade para ele, o que é certo é que tal não acontece desde que saiu. Temas como Perfume for Winter e Grey Scale são Fennesz no auge da sua carreira, mas o que me está a faltar para me deixar novamente apaixonado?
+: os melhores temas são de outro mundo
-: não ter sido editado em 2009

Gnaw - This Face [Conspiracy 2009]
Besta grotesca, feia e porca, esta é a nova banda de Alan Dubin (ex Khanate). A única coisa bonita aqui é o digipack, o resto é noise branco e sujo que respira ares industriais arcaicos. Excelente! Esqueçam Khanate, o Dubin aqui até vai mais longe nos seus horrendos rituais vocais e, AMEM ou ODEIEM, mas tomem banho. Debut do ano!
+: surpreendetemente bom, fresco
-: as (inevitáveis) comparações com Khanate


Khanate – Clean Hands Go Foul [Hydra Head 2009]
Não me ia ficar pela outra “rapidinha”, este é um álbum de celebração e como tal teria que voltar a ele. Desta vez sugiro as palavras da nossa amiga Xana: link
+: album perfeito
-: ser o último

KTL – IV [Mego 2009]
Acredito imenso no timing com que se ouve/ descobrem certos discos, acredito mesmo. Lembro-me que o primeiro KTL me passou ao lado e hoje já não passo sem qualquer um dos quatro. Não me custa repetir que este é mais um projecto de Stephen O’Malley e Peter Rehberg, mas acredito que nesta altura já o conheçam de nome mesmo que nunca tenham ouvido.
Ao quarto, o primeiro sem ter sido escrito com a peça de teatro em mente, a dupla oferece-nos aquele que é o disco mais diversificado e devastador. A essência, para mim, está na disfuncionalidade dos riffs do SOMA, mas é na soma de todas as partes que os KTL ganham vida (Atsuo dos Boris também ajuda). Gosto da maneira como o Miguel Arsénio termina a crítica dele no Bodyspace: “IV exige mais da mente do que dos ouvidos.” Não podia estar mais de acordo…
+: Stephen O’Malley
-: a dúvida se haverá outro disco e o ênfase que a produção do Jim O’Rourke dá ao PITA

Mono - Hymn To The Immortal Wind [Conspiracy 2009]
Por esta altura já toda a gente ouviu, ouviu e ouviu o novo trabalho destes japoneses. Não há nada que me apeteça realçar a não ser o facto de admitir com um certo sorriso que, apesar de não estar entusiasmado até o ter começado a ouvir, os Mono voltaram outra vez a compor um grande disco. Não esperava algo tão bom…
+: a banda voltou a superar-se
-: pensar-se que o pós-rock instrumental tá gasto

Wolves In The Throne Room – Black Cascade [Southern Lord 2009]
Há umas semanas partilhei o que senti após a primeira audição e agora, umas dezenas depois, não há dúvida que este é mais um grande álbum dos WITTR. É verdade que perderam o efeito surpresa, mas continuam a escrever grandes e escuros temas na sua jornada épica de eco-black-metal. Randall Dunn (vénia) é o quarto elemento, nunca um disco de BM soou tão sujo e belo.
+: A produção de Randall Dunn
-: Saber que tão cedo não os vou ver outra vez

Zombi - Spirit Animal [Relapse 2009]
Não esperava um regresso tão genial como este depois do último Surface to Air. Space-rock, atiram-nos aos olhos, mas ouçam e façam a vossa própria interpretação. Continua muito cinemático, mas introduziram novos “por maiores” como a guitarra, por exemplo, e todo o disco emana uma nova atitude. Grandes temas, grande onda, gravem e “uploadem” aos amigos, esta é daquelas bandas que tem de vir cá mais cedo ou mais tarde.
+: do artwork ao quinto tema, tudo é demasiado bom -: pouco alarido à volta do disco

Zu - Carboniferous [Ipecac 2009]
Os Zu já cá vieram, mas está na alturinha de voltarem agora que este Carboniferous está fresco e a rodar, ao que parece, nos hi-fis/ ipods/ afins de toda a gente. Se em disco soa tão explosivo, ao vivo deve ser fenomenal. Metal-math-no wave-free noise-punk-jazz trio do caralho!!!!!!
+: momento ideal para a explosão
-: esperar que não lhes suba à cabeça